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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

08 Fev, 2016

Fui ao cinema.

Na semana passada fui ao cinema.

          até aqui nada de novo

Repito. E acrescento: ver um filme MUITO MAL classificado pela critica.

          o que também não sendo novo, chama a atenção para o seguinte facto

Estou farta de ser empurrada para coisas intelectuais, inteligentes, oh-tão-mas-tão-boas, incontornáveis, e em que

 

não, a menina não tem só um vestido vermelho... tem um vestido vermelho porque a mãe, quando era pequena foi com o tio ao zoo, e entre os macacos e os golfinhos ele puxou-a para dentro da casa de banho, molestou-a, e para suportar o trauma, ela centrou-se numa frase escrita na porta do cubículo, "a Marta tem as mamas grandes". Escrita a vermelho. E agora a mãe da menina veste-a de vermelho de cada vez que vão ao zoo porque sente que a está a proteger de qualquer mal que esteja à espreita

 

isto sem qualquer explicação, tipo chega-lá-sozinha/o. Junta os pontos. Viste a cena da violação, viste a frase na porta, agora conclui.

Ui, que às vezes dá vontade de gritar 

nao.gif

 e que só-quero-ver-um-filme-sem-usar-os-miolos-ok?

regression.png

 

E pronto, um filme com más criticas é garantia de distração.

 

Não é?

 

Regression, de Alejandro Amenábar (Mar adentro) é um excelente trabalho. Trás-nos um Ethan Hawke que já não via há muito, e uma Emma Watson... bem, acho que a vou ter de ver um ror de vezes a fazer bons papeis para esquecer este desempenho. Que é a única falha obvia no filme, um verdadeiro erro de casting.

 

Alejandro conseguiu fazer uma coisa que valorizo: eu não sou facilmente assustável. Tirando o clássico pulo na cadeira, não saio de um filme a, por exemplo, precisar de dormir de luz acesa, seja ele qual for.

No entanto, no intervalo (que teve o timing perfeito, por acaso, puro acaso...) quando fui ao lavabo, o ruído do fecho do cubículo, quando o manuseei, levantou-me os pelos da nuca. 

 

É OBRA...

 

Depois na segunda parte, desconstrói-se o enredo que remeteu para o paranormal, e quando saímos do cinema, já não olhamos por cima do ombro.

Gostei do filme. Gostaria muito de ver este filme com... sei lá, com a Noomi Rapace, ou com a Saoroise Ronan... assim de repente é de quem me lembro... e a Mia Wasikowska, que seria talvez quem eu escolheria para o papel.

Ou seja, agradeço a sério aos criticos: os filmes a que torcem o nariz surpreendem-me sempre pela positiva.

De resto, faltam-me ver três dos filmes candidatos à estatueta dourada. Por isso, esta semana vou dar corda aos miolos... ou não ;)