Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

15 Out, 2017

Amanhã

Amanhã, 16 de Outubro, o meu pai faria 86 anos, mas desde há 5 anos que não está aqui; faleceu quando faltavam precisamente quarenta dias para completar 82. Chamou-me ao quarto, abraçou-me e morreu dentro do abraço.   Não chorei a sua morte; fiz TUDO- e enfantizo bem a palavra - para que ele estivesse feliz. E essa foi a única explicação encontrada para o mesmo não sentir dores aqui em casa, quando no hospital tinha tantas. Mesmo depois de amputar a perna não precisou de (...)
...como não era hábito festejares os outros, o de aniversário, o Natal, e a entrada do ano, mesmo quando calhava estarmos juntos. Não era a tua praia, e eu respeitava, nós respeitávamos. No entanto, agora olho para trás e digo-te: fazia um ramalhete com todos esses dias pré destinados no calendário, em que os marketeers deste mundo nos dizem que são especiais por-isso-vá,-ide-comprar-qualquer-coisa, agarrava em ti e passava todos eles contigo               assim, mesmo (...)
06 Set, 2015

E vão dois.

Hoje completaram-se dois anos sobre a tua partida. Há vinte e quatro meses a esta parte, mais própriamente por volta das 18:30h, davas-me o último abraço, abraço em que ficaste.  E depois a vida seguiu o seu caminho, e somaram-se aos anteriores três anos infernais, mais estes dois nada fáceis, mas a vida seguiu por eles, em slaloms mais ou menos apertados, em loops com intervalos mais espaçados, ou inexistentes, mas continuou. Hoje posso dizer-te que não sinto a tua falta, e (...)
Aí no final do arco-íris, não acredito que tenham calendários, pelo que deves sentir um sopro morno no lugar do coração quando me lembro de ti. O que quer dizer que sentes todos os dias, e hoje, 19 de Março não é diferente. Porque mesmo que não dê por isso, estás sempre comigo. Lembro-me da tua gargalhada, do teu sorriso, das nossas zangas épicas, que duravam o tempo da discussão e estava tudo bem em seguida, mas que deixavam quem ouvia sem pinga de sangue (muito barulhentos (...)
Olha, garanto que já não me levanto a meio da noite do conforto da minha cama para espiar pela fresta da porta do teu quarto, zelar que estejas pacificamente a dormir. Nem me levanto do sofá, ou me dirijo de outro canto da casa ate à mesma divisão em que te encontras para verificar se a tua respiração é regular e garante um sono profundo e tranquilo. Já não acordo de noite à espera de ouvir-te a chamar-me do quarto ao lado. A musica já pode tocar mais alto durante o dia, pois (...)