17 Out, 2015
13 manias de quem lê como respira
Eu, leitora me confesso...
- Entre papel e digital, não faço diferença - até certo ponto. Há livros que não teria a ocupar lugar nas prateleiras, como há livros que nunca compraria sem que fossem em papel. No entanto, existem aqueles que não é possível comprar em papel - de todo! - e que estão no ereader.
- As minhas estantes estão povoadas com paixões que li, livros por ler, e continuam a receber habitantes novos. Não tenho juízo nem remédio...
- Os livros que cá moram dividem-se em paixões (lidos e aprovados), em agradáveis (são em menor número, mas existem), e em por ler (sujeitos a ser despachados ao fim de dois capítulos, que não faço fretes).
- Manias, ui tantas: comprar trilogias sem sequer conhecer o autor e não começar a ler sem ter os volumes todos. [à espera, neste momento: 'O Jogo+Vibração+A Bolha', do Anders de la Motte, 'A Rapariga Corvo+Fome de Fogo+As Instruções da Pitonisa' de Erik Axl Sund, e (aposto nesta) 'Deixa Lá+Más Novas+Alguma Esperança+Leite Materno+Por fim', de Edward St Aubyn]. Qualquer 'conjunto' comprado nestas condições contém um risco elevado de despacho, mas o que é a vida sem correr riscos?
- Ler, só na cama. O que não quer dizer só à noite.
- E estar quase a adormecer e querer continuar a ler, e descobrir estratégias, a saber: a) ir à casa de banho b) descobrir qualquer coisa para ir trincando; c) ir outra vez à casa de banho; d) ir bebendo água para garantir sucessivas viagens...
- Ler até cair porque a) o livro é mesmo bom; b) o livro é realmente mesmo bom; c) caramba, quero começar outro!
- Pedir às pessoas para, nos aniversários e natais, não me oferecerem livros porque o mais provável é já os ter (ou pelo menos, ter lido os dois primeiros capítulos e pimba), e que ao invés disso, me agraciarem com cartões presente Fnac - que juro à minha pessoa que vou gastar noutra coisa que não livros - ah.ah.ah.ah.ah.
- As pessoas especiais começarem a fazer caças ao tesouro nessas ocasiões, e tentarem descobrir algum que eu não tenha e, muito importante, não vá parar à quinta repartição. E conseguirem!!!!
- Comprar porque ouvi falar, torcer o nariz e render-me incondicionalmente. Este ano foi 'Perguntem a Sarah Gross', memorável.
- Ir pelo instinto e ficar colada ao livro : 'A última noite em Tremore Beach' é um excelente exemplo.
- Comprar pelo autor. Tipo coleção de cromos... tenho quase todos do Lobo Antunes e nem li, ainda, metade. Murakami, idem. Stieg Lärsson, raio do homem que lhe deu para morrer, o único sueco que li até hoje que escrevia bem... Gillian Flynn, que nunca mais lança um quarto livro! E no Verão, Elizabeth Adler, esferovite pura, mas com uma capacidade de nos transportar para os locais onde se desenvolve a narrativa de uma forma tão viva... e Dorothy Koomson porque sim. E só em francês, por favor (e em formato de bolso) Guillaume Musso. E em qualquer altura do ano, pop mais pop haverá mas gosto tanto, Mary Higgins Clark, que é aquela autora (acho que todos temos um autor assim), que não me deixa pousar o livro antes de chegar à contracapa.
- Nunca, mas nunca comprar, nem ler, autores demonizados pela minha pessoa, a saber: Margarida Rebelo Pinto, Danielle Steel, Nicholas Sparks... isso e livros 'olha-a-desgraça-que-me-aconteceu': já perdi tempo com pelo menos três e chegou (Não digas nada à mamã, Quando o papá voltar, Por trás das grades). Pura perda de tempo, mas às vezes o intelecto faz greve.
Se só tenho estes 13 vícios de leitura?
Ah.
Ah.
Ah.
Ah......