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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Não sei se vos acontece com frequência ou não, mas a mim, às vezes devagarinho, outras vezes se chofre, umas vezes em letras pequenas, outras num billboard de Picadilly Circus, ou de Times Square, aparece-me a frase

'Esta não é quem eu era para ser'

e essa frase dói. Dói como o raio. Ainda não percebi se o meu corpo o faz de propósito, mas eu ando assim bem dispostita, e a levar a vidinha tão bem quanto possível e de repente

'Esta não é quem eu era para ser'

e fico triste e vazia, e a sentir-me com as voltas trocadas, o chão foge e eu lembro-me de que tive sonhos e esperanças e que acreditei que as coisas iam ser... e agora dou por mim tantas vezes a não acreditar em nada. E sinto-me culpada porque

'Esta não é quem eu era para ser'

é responsabilidade minha, se não sou o que deveria ter sido, podia ser outra coisa que não deixaria de ser também alguém que não era para ser, para passar a ser outra, mas que hipoteticamente não me deixaria preso na garganta este pássaro de asas gigantescas, abertas, aflito para sair, que me deixa quase sem ar, mas que por muito que eu abra a boca, não sai de lá.

Às tantas cansa-se, e sossega, mete-se num cantinho, e cabeça debaixo das asas fechadas, e deixa-me também recuperar o fôlego e contar-me histórias em que sou uma mulher satisfeita 'QB' com a vida que lhe foi acontecendo, e deixa-me esboçar um sorriso, e fechar os olhos quando estou ao sol. E enquanto não acorda eu tento esquecer que

'Esta não é quem eu era para ser'

seja lá isso, "quem eu era para ser", o que for. Se é que tal coisa existe, porque ninguém é o que quer que seja de antemão. A vida faz-se, constrói-se, e eu terei feito as melhores omeletas do mundo com os ovos que me couberam. E olhando para trás, para os passos dados e o caminho percorrido, parece-me bem, assim a frio, que

'ESTA É A ÚNICA QUE EU PODERIA SER'

Só não me consigo desculpar, perdoar, entender, ter perdido o acesso a sonhar...

{Tenho um longo caminho a percorrer, a olhar para dentro. 

Assim, dona Fátima Bento, não vamos lá. Ou por outra, até vamos mas esse pássaro vai continuar a arranhar a tua garganta com as pontas das asas de cada vez que acordar...
Já vai sendo tempo de fazer as pazes com quem so
u de facto, e com o que me trouxe aqui}

10 Mar, 2014

Momentos do c@r@...

Sabes aqueles dias em que de repente tens a sensação de acordar e isto ser um pesadelo?

Sabes aqueles dias em que está tudo igual mas te parece que está tudo no sítio errado?

Sabes aqueles dias em que queres, SÓ QUERES que não.

E esse NÃO é tanta coisa.

Neste momento estou num dia desses.

Por isso, fui.

O titulo diz tudo. Pediram-me para mostrar as minhas 'fantásticas pizzas, culpa do Jamie que me pegou o 'bichinho' de as fazer - no inicio até fazia a massa, mas o meu processador tinha de se esforçar excessivamente, e eu passei a comprar a massa pré-feita. Experimentei todas: Pingo Doce, Lidl e Continente (não exactamente por esta ordem); decidi-me - com direito a exclusividade - pela do Continente, é a mais elástica, e já que tenho sempre de a 'reestender' que a forma é maior que o circulo, e faço-o a rodá-la na mão como se a fosse estender no varal com molas. E ela não abre fissuras.

Bom,  mas comecemos. Este sábado fiz duas:

Uma com bacon em pedaços, milho (os cogumelos acabaram por não ser adicionados), e outra com camarão e delicias do mar.

Para fazer o molho de tomate-base, cortei umas folhas de manjericão e piquei-as (neste caso no copo da picadora, onde juntei logo a polpa e um pouco de água (o equivalente a mais ou menos três colheres de sopa...), e activei a coisa: ao mesmo tempo que picava, misturava. Prontinho para espalhar na massa.

Aqui chegada, é altura de começar a colocar o recheio. Como só tenho uma forma de pizza - e veio de Londres, a  sacana - tenho de procurar na Ikea, que de resto não encontro à venda perfurada e neste tamanho* em lugar nenhum (se alguém souber onde posso comprar, digam, agradeço). Comecei pela de bacon: dispus o bacon uniformemente, e depois, por cima, o milho. Finalmente, o queijo. E zuca, forno!

Depois desta sair do forno, voltei a 'estender a massa', cobri o fundo da forma, pus o molho, e por cima dispus as gambas (previamente descongeladas), as delicias cortadas em palitos fininhos, cobri com  queijo, e hop, forno!

Bom, o aspecto inteiras, não posso mostrar, que o sous-chef da casa atirou-se a elas e cortou-a antes de eu conseguir dizer 'esparaíqueutenhodefotografar!'
Por isso fiquem com uma ideia das mesmas nas fatias que foram parar ao meu prato...
Camarão (dir)                                     Bacon, (esq)
Os truques
Não estavam à espera que estas lindas e deliciosas coisinhas não tivessem assim nenhum truque, pois não? Pois que basicamente têm UM: a massa para ficar cozida por baixo tem de, como se vê na foto da primeira pizza no forno, ficar encostada ao fundo do forno pré aquecido a 220º, nessa temperatura, durante 5 minutos, apenas com a resistência de baixo ligada (usem o nariz, às vezes pode ser um nadinha menos, se vos começar a cheirar a torrado, está na hora de baixar para 180º, ligar as duas resistências e subi-la para o meio do forno - onde está a pizza de camarão na foto do forno da mesma, e onde se vê que o queijo já começou a derreter).
Portanto:
- Aquecer o forno a 220º, só com a resistência de baixo ligada;
- Colocar a forma da pizza encostada ao fundo durante 5 min.
- Diminuir a temperatura para 180º, passar para a dupla resistência, e elevar o tabuleiro para o centro do forno onde fica dez minutos;
- Ligar o gratinador, aumentar de novo a temperatura para 220º e ficar a olhar para avaliar o gratinado. Pode pôr o counter para tocar ao fim de 5 min para evitar desastres, mas será, de certeza, menos.
Quem tem forno a gás, vai ter de fazer tudo a olhómetro. Calma que é só na primeira vez, a partir daí, ficam a conseguir calcular tempos e podem andar com o trrrim no bolso, se for caso disso.
É só, é simples, e é mais saudável... 
NOTA 1: Podem variar os ingredientes à vossa vontade. A imaginação não deve conhecer limites!
NOTA 2: quanto ao manjericão, quem não tiver em casa, plantado, pode comprar um molho (coisa de um euro no continente, mais ou menos), picá-lo todo adicionando-o a uma garrafa pequena (i.e., normal) de polpa. Usar 1/4, mais ou menos, para cada pizza e guardar o resto no frigorifico (aguenta o mesmo tempo que a polpa simples depois de aberta). Podem usá-lo na próxima vez que fizerem pizza, mas também dá um excelente molho para pasta.
*Maior que a média e menor que a familiar da telepizza

Pois que a coisa se repete e ninguém aprende. E sim, eu ando numa que até parece que abriu a época de caça aos jornalistas e (ainda mais) aos 'especialistas' que recebem para emitir opiniões completamente desprovida de do mínimo rigor. E isso é inadmissível quando temos a verdade na ponta dos dedos, como é o caso hoje em dia, bastando para tal googlar, wikipedar, e seguir os URL's que são sugeridos. Em escassos minutos temos material para corroborar opiniões ou desenvolver temas. A-C-E-R-T-A-D-A-M-E-N-T-E.

Li aqui que na Sic Mulher, no programa Mais Mulher a Ana Rita Clara teve como convidado, um sociólogo, com o qual abordou a temática do positivismo.

Foi aqui que as minhas orelha se espetaram e o meu sobrolho se franziu. Ainda mais porque, como no post que menciono é referido, as dicas do mesmo abordam mais concretamente (quando muito) a psicologia positiva, ou, acredito que mais efetivamente (eu não consegui encontrar o programa, presumo que fosse uma repetição de há algum tempo) o otimismo.

Ora vamos lá a ver: o positivismo e o otimismo NÃO SÃO a mesma coisa.

NÃO TÊM nada a ver. De todo.

Para quem quiser saber um bocadinho melhor as diferenças, aqui fala-se de positivismo, e aqui, de otimismo. Quem se der ao trabalho de espreitar os url's, que ligam ambos à wikipédia (e depois podem passear-se por outros, por forma a corroborar a informação), verá que é um absurdo falar de optimismo, com dicas de auto-ajuda, chamando-lhe positivismo. Passo a citar:

(...) o Positivismo é uma doutrina filosóficasociológica e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial - processos que tiveram como grande marco a Revolução Francesa (1789-1799).(...) Em linhas gerais, ele propõe à existência humana valores completamente humanos, afastando radicalmente a teologia e a metafísica (embora incorporando-as em uma filosofia da história). Assim, o Positivismo associa uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma ética humana radical(...)"

Portanto, nada a ver.

Já para uma abordagem mais credível dos mottos que promovem o pensamento positivo e pululam nas redes sociais e na blogosfera, podemos ir por aqui, pela psicologia positiva, que é a forma que mais provas dá da sua fidedignidade através de inúmeros estudos feitos.

Leituras sugeridas (psicologia positiva):

Positivamente, Helena A. Marujo e Catarina Rivero

Em busca da perfeição, Tal Ben Shahar

Aprenda a ser feliz, Tal Ben Shahar

Seja devido à crise, seja um fenómeno cíclico, como poderão garantir alguns sociólogos que se debrucem sobre o assunto, a verdade é que entraram na moda uma serie de coisas que parecem novidade, mas na verdade não o são.

O minimalismo, a frugalidade, o retorno ao natural e biológico, o elogio do olhar para dentro e à volta, devagar, apreciando cada pequena coisa que nos vai enriquecer o dia... lamento, mas até aqui, nada de novo.

Estamos todos e todas muito IN, a invadir os nossos murais em tudo quanto é rede social com imagens, comentários e conselhos, lemos avidamente livros de gurus que fazem o elogio do reencontro destes valores, em louvor do  física e psiquicamente saudável.

Particularmente, nestas situações, quando a onda que se forma começa a ficar desmesuradamente grande, começo a recuar em direção à areia, deixo-a rebentar e espero até a espuma me refrescar os pés. Nessa altura reparo no que ficou, e é então que penso, decido, formo opinião.

Vão-me dizer que tem a ver com ter vivido muito (uma forma simpática de dizer que sou mais velha de que vocês), e isso me ter feito 'prevenida'. Se calhar. Tudo o que é embandeirar em arco, e passível de algum tipo de fundamentalismo, ainda que moderado, me sidera

- é que fundamentalismo, nem de esferovite...

Por isso a ideia do veganismo me atrofia, mais a macrobiótica, o crudivorismo... não me venham vender um assim é que é: não existe um assim é que é.

Não existem verdades absolutas

- e essa é a única verdade absoluta que acedo aceitar.

Mas gosto. Gosto de aprender sobre vegetarianismo, cozinha macrobiótica, e faço a minha perninha no crudivorismo quando ingiro saladas e frutos.

Depois de aprender, tiro um bocadinho daqui, outro dali, e construo a minha parede, que é assim uma coisa em constante mutação.

Agora,

não me venham vender fórmulas.

Porque eu nem sequer aceito que existam 'respostas certas', quanto mais que me venham responder a perguntas que nem me passou pela cabeça fazer...

Olha, garanto que já não me levanto a meio da noite do conforto da minha cama para espiar pela fresta da porta do teu quarto, zelar que estejas pacificamente a dormir. Nem me levanto do sofá, ou me dirijo de outro canto da casa ate à mesma divisão em que te encontras para verificar se a tua respiração é regular e garante um sono profundo e tranquilo. Já não acordo de noite à espera de ouvir-te a chamar-me do quarto ao lado. A musica já pode tocar mais alto durante o dia, pois não tenho de antecipar nenhum murmúrio. 

Já não vou ao teu quarto, junto da tua cama, perguntar se queres alguma coisa: no seu lugar está agora uma enorme secretária, e na parede onde encostava a cadeira em que me sentava para te fazer festinhas com os dedos enrolados em toalhitas húmidas para refrescar (filha eu estou velhote, dá-me miminhos... mas tens as mãos tão quentes!), estão agora duas estantes recheadas com os meus tesouros...

Há precisamente seis meses atrás, chamaste-me e pediste água. Deite, mas não conseguiste engolir. Quiseste dizer qualquer coisa, mas a água na boca não deixou, por isso rodaste o teu corpo para mim, elevaste o braço e prendeste-me num abraço. E ficaste, assim, nos meus braços.

Ainda te sinto.

E eu, que não acredito em nada,

ou melhor, acredito em muito pouco

dei comigo aqui há tempos no cemitério, sentada na beirada daquele ainda monte de terra debaixo do qual está caixa onde te deitaram. 

E eu, que não acredito em nada

ou melhor, acredito em muito pouco

sei que vou voltar ali mais vezes, me vou sentar na beirada e vou pensar as longas conversas que teria contigo se ainda aqui estivesses, vou lembrar as inúmeras histórias que me contaste, vou rir como das tantas vezes que rimos (até ao fim, a última vez que me lembro de uma valente paródia foi na véspera do último abraço... só nós dois, como gostávamos tanto...)

E eu, que não acredito em nada

ou melhor, acredito em muito pouco

sei que vou voltar ali enquanto for gente, de quando em vez, só porque sim.

Porque se existir um arco íris, ali é, de certeza, o seu início.

(... eu depois conto-te, pai ...)

Amo-te ainda é um tabu. Até o gosto muito, tanto de ti, o adoro-te, que são, não digo 'primos pobres', mas os 'facilitadores' da coisa às vezes ficam atravessados em muitas gargantas.

Apesar de todas as alterações que se têm operado nas relações amorosas, este é um tema incontornável: elas querem ouvir, eles não gostam de dizer, elas amuam. Ou viceversa.

A verdade é que nem sempre é o cão que abana a a cauda,

às vezes é a cauda que abana o cão

Os homens (desculpem a generalização, porque o facto também se aplica no genero feminino), quando amam, dão. 

Dão-SE.

E isso é notório durante o acto sexual - um homem apaixonado põe o prazer da companheira à frente do seu, é envolvente, entrega-se. O PROBLEMA é que um egocêntrico faz, na forma, a mesmíssima coisa... o prazer do outro é um comprovativo de que consegue o que se propõe, e a entrega e envolvimento tem a ver não tanto com o outro, como consigo mesmo, de uma forma narcisista. 

Solução? Soluções simples não existem, desistam dessa ideia. O tempo ajuda, o conhecer o outro o suficiente para conseguir lê-lo, ler nas entrelinhas e nas entrelinhas das entrelinhas. E depois, é aquela chave que se aplica a tudo: estar atento aos pequenos nadas, não de lupa na mão à procura do que quer que seja, mas a viver cada momento. Com tranquilidade, serenidade. Autoconfiança.

A seu tempo, as coisas encaixam no sitio certo, e o fundo do tetris começa a fazer linha atrás de linha. E torna-se tudo claro.

A ansiedade do 'o que é que ele sente', é, na verdade, um não assunto, um ruído criado tantas vezes para não perguntar 'o que é que eu sinto por ele', já que, por herança social, há tanta gente que acha que TEM DE HAVER AMOR. 

E às vezes, quando finalmente ele passa a mensagem, ela chega à conclusão, que não era bem aquilo... e o outro fica à espera de um 'eu também' que engasga - e não sai.

Nessas alturas, digo eu, ela não se importava de fazer um rewind e deixar - só - deixar acontecer...

(e mais uma vez digo, ela OU ele, que isso aqui não interessa nada...)

Agradeci ao sapo hoje de manhã, no Facebook, os recortes de ontem, que me deixaram super contente.

Há um bocadinho, abro a pagina principal do sapo, olho de relance para o contador e quase me dá uma coisinha má...vou à procura da causa da (benvinda) invasão do estaminé... e descubro {#emotions_dlg.amazed}

Eu não 'tou em mim. Juro que me custa acreditar...

Só me ocorre dizer OBRIGADO.
Muitas, MUITAS VEZES!

Eu juro que não quero ser má lingua. Eu prometi a mim própria que ia contornar a negatividade, mas é pá... não gozem com o pessoal...

Estou neste mometo a ver o 'Passadeira Vermelha' de ontem da Sic Caras, com o incontornável tema dos Óscares.

Painel de 'especialistas': ninguém (ou quase ninguém) viu tudo, e alguns não viram nada a não ser a roupa (lá estamos nós...); o alegado perito de cinema,

- é pá quem tem warp que veja o programa, MESMO -

É inacreditável. A única pessoa que sabe do que está a falar é a Ana Garcia Martins - aka a Pipoca Mais Doce. De resto, caramba, tudo ao lado! Até a única que está lá BEM se engana no numero de vezes que a sua atriz favorita foi nomeada até hoje, no numero de tweets da selfie...

(tirem-me deste filme - muito, muito a serio...)

Não há hipotese.

O canal tem espectadores. O programa há-de ter share, digo eu. O publico merece respeito, mais de que aquela atriz que levava um vestido verde brilhante, não me lembro agora do nome...

Umas palavrinhas simples:

TRABALHOS DE CASA.

PAPEL, se não têm tablets.

PESQUISA

- caramba, nem é preciso ser jornalista.

Irra!!!!

Olhem, é assim: eu nunca tinha visto a SIC Caras. E pelo que me é mostrado, não voltarei a ver.

Lamento, tio Balsemão, mas fútil mas não tanto.

(Não! Até o Rui Tendinha, que É especialista
diz que o filme que ganhou o Óscar de melhor filme foi o
'7 anos Escravo'!
... Socorro!)
(e encerro aqui o tema óscares, ok? Já chega)