Ordinary People, just like you and me
A cerimónia da entrega dos Óscares deste ano foi uma 'premiere'. A Samsung, ou a Ellen, ou a Samsung & a Ellen conseguiram fazer uma coisa fabulosa: mataram-nos os momentos mortos de todas as noites dos Óscares, aqueles em que quase adormecemos - ou adormecemos mesmo - e envolveram-nos freneticamente no processo.
A sefie-mais-falada-retweetada-e-viral-de-TODOS-OS-TEMPOS fez todos os que viram a transmissão pendurarem-se nas redes sociais - ok, ganhou o Twitter! - a postar, instagramar, feedar, retweetar, blogar não só A foto como todos outros momentos e fotos. Demos por nós a ver um Brad Pitt que até parecia que não tinha um smoking vestido a fazer uma coisa que parece-mesmo-que-faz-todos-os-dias (será de ter uma familia grande?) a distribuir pratos e a ajudar a servir pizza e - finalmente - a comer uma fatia, e com bastante vontade. Ontem pudemos sentir não só que fazemos parte da mesma comunidade global daqueles senhores que se 'digladiavam' pelas estatuetas, como verificar que antes de mais SÃO pessoas de carne e osso. Se isso desmistifica, também aproxima, e nos dias que correm 'de aldeia global' (passo o cliché), perceber que o sangue que lhes corre nas veias é da cor do nosso, e que os gestos que nós fazemos são universais é uma imensa vitória.
Acho que só se vai ter noção da dimensão do que foi conseguido esta noite dentro de algum tempo... caíram barreiras. E a Samsung pode ter encaixado um lucro para lá de brutal, mas o achievement alcançado 'num estalar de dedos' não tem, de todo, preço.
Eu já disse isto noutra ocasião, mas ontem fez-se história.
E eu estava lá para ver, mesmo sem sair do meu sofá.