Pois que Sir Elton John e amigos pedem boicote à casa Dolce & Gabanna. Pois que sim, e os outros de resposta no 'Corriere della Sera' chamam-lhe fascista, e yada, yada, yada - ou melhor, cat$hing, cat$hing, cat$hing.
Então anda tudo a dormir, a cabecinha só serve para usar uns penteados jeitosos e pouco mais (uns chapéus, talvez?)
Na revista 'Panorama', o ex-casal na vida e par de facto nos negócios, defende a familia tradicional, condenando tudo o que foge a isso, metendo fertilização in vitro, barrigas de aluguer e tutti, e tutti no mesmo pacote, enfia num saco - de papel! - com o logo D&G, e andor.
O inglês passa-se, então os meus filhos não são meus filhos?, fica de cabelos em pé, e dispara a sugestão do boicote.
Ó pessoas, segurem os caváis, e vamos lá fazer um apanhado de factos e perceber que nada disto tem perninhas para andar (e que na volta o ex casal italiano e o casal britânico estão fartinhos de rir de volta de umas taças de 'Cristal' e de umas linhas de coca...)
Tema(s) da(s) última(s) coleção da maison D&G:
La Famiglia Tradizionale
Sabeis vós, que empestais as redes socias de hate coments sobre o assunto, de aplausos e apupos, o volum€ da casa D&G? Se há coisas com as quais não se brinca, uma delas é definitivamente o sacrossanto dinheiro.
Verdade ou nem por isso, as afirmações dos dois sócios presta-se ao croquis. E a retaliação do cavaleiro de Sua Majestade só engrossa a cacha - e a caixa! - no principio de 'falem mal mas falem', enquanto rolam (mais) uns milhões valentes porta dentro.
Resumindo e baralhando, nesta época em que a informação voa, e em que é facílimo criar uma noticia de um não assunto, e de criar tempestades com o deslizar de um dedo sobre o teclado ou o visor de um qualquer aparelho ligado à rede, quase sempre o que parece e o que é são duas coisas dispares. Às vezes até estão emparelhadas, mas nem existe já necessidade disso, do fácil que é manobrar, esticar, encolher e espalhar - sendo o lado negativo que, depois de sacudir a almofada de penas aberta a favor do vento, é impossível voltar a juntar as mesmas e recolocá-las dentro da fronha
(mas sem dramas que é para isso que servem os mestres do marketing)
E agora vamos fazer contas: então onde é que fica o 'Charlismo' em meio a tudo isto? Liberdade de expressão, somos todos tão livres de pensamentos e ações, e de passar de uns aos outros, ao que parece desde que não se fale do verde da MINHA relva, muito menos que se compare a tonalidade desta com a do(s) vizinho(s), senão aqui d'El Rei, acabou o espírito democrático, e quem manda nesta democracia sou eu.
Repito, isto vindo de quem andou a reivindicar o direito de se autodenominar Charlie, mesmo sem perceber - como se pode ver - o que isso implicava de facto.
Eu por mim, continua a manter o 'je suis' aí ao lado, já que, mesmo com um ou dois sapitos a mais ou a menos, defendo o principio em causa.
Os italianos continuam a somar e a seguir, que este não é um Gallianogate - e mesmo esse já está atrás da maison Margiella, que no mundo da moda a palavra de ordem é o efémero, e não apenas nos trapos, e os zigotes-do-boicote bem podem engrossar a lista dos que se esqueceram que a liberdade é um principio fundamental, mesmo quando (ab)usado em favor do engrossamento da conta bancária de quem empola polémicas.
- já agora, se quiserem, aproveitem e cliquem na foto para verem o desfile de Outono Inverno dos meninos.