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Porque Eu Posso

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso

... e 'mái nada!

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Aqueles sinais que se penduram nas maçanetas das portas, filhos, netos dos "Do Not Disturb" sabem? E que agora dizem o que calha.

Não.

Um sinal em neon, pisca-pisca em cores berrantes, menos Las Vegas e mais Route 66, motel de beira da estrada '(no)vacancy' num curto circuito sonoro.

Isso.

Hoje este blogue tem isso aos meus olhos, e a indicação é "keep away", e mantém-te longe o mais possivel, não escrevas, nem sequer penses junto do pc.

Acho que todos temos dias assim, em que passar para palavras o que sentimos é tão arriscado que as teclas bem poderiam dar uma pequena descarga eletrica que nos deixasse as falanges dormentes.

Uma vez que tal não acontece, vou continuar a visualisar o sinal de neon. Do meu tamanho.

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A idade tem destas coisas: não nego a relevância da revolução, de todo, e sei a importância que esta teve na vida de todos nós. Se alguém alegar o contrário, temos sermão a sair-me boca fora. 

Mas daí a levantar o punho fechado e gritar '25 de abril sempre!" (como a senhora que estava ao meu lado, num fervor a condizer com o volume, que me ia deixando surda), vai uma enoooorme distância.

Vamos lá a ver: aprendi que não é quem fala mais alto que tem razão, a mais das vezes é o contrário. As lutas mais eficazes a uma (1) pessoa, são as que se fazem na sombra quase sem dar a cara... citando Jesus no 'Novo Testamento' da Bíblia, vai e não contes a ninguém, ou é como quem diz, toma lá e não digas que vais daqui - é mais ou menos isso.

Por isso não entro facilmente em grandes ajuntamentos, nem embandeiro em arco com facilidade. O que não quer dizer que seja asséptica, e que me mantenha numa redoma à parte, ok?

Sexta-feira, 24 de Abril, aqui no meu Seixal tão vivo, a data foi marcada em duas fases e gerações: Paulo de Carvalho, até à meia noite (a peu prés) e Buraka Som Sistema, logo depois do fogo de artificio. E com tudo isto umas farturas, que também fazem parte da festa.

Grande parte de vós saberá - e quem não sabe, fica já a saber - que considero 'E depois do adeus' uma das cantigas portuguesas mais bonitas. Quer o cansaço, que o Paulo alegue já estar farto de a cantar, e desabafe a meio do show, Eu sei quem sou e o que faço aqui, mas é mais logo, ok? E foi. Trocou-nos as voltas e quando saquei do telemóvel  já tinha começado. Deixo aqui o vídeo que me foi possível, que dá uma pequena ideia de como foi.

Ah, e

25 de Abril sempre!

mas assim, baixinho, está bem?

O principio é mais ou menos este: ao fim de semana, cá em casa, vêem-se dois filmes. Para sábado selecionamos qualquer coisa mais densa, às vezes com entrelinhas (outras nem por isso - e é nessas alturas que enfiamos o barrete, mas é incontornável), e ao domingo à noite optamos entre uma comédia romântica ou uma comédia, tout court. E desta última vez coube a vez a Mortdecai, comJohnny Depp e Gwyneth Paltrow, entre outros.

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Ora a expetativa era ver o actor assumir aquele personagem que lhe é intrínseco, pelo menos do meu ponto de vista, e que é tão-mas-tão Jack Sparrow. Até o Mad Hatter da Alice in wonderland tinha 80% de Jack Sparrow! E o Tonto de The Lone Ranger também 'vai por ali', embora seja uma personagem mais trabalhada.

Aquilo com que nos deparámos no domingo foi com um Depp que partiu de uma tela em branco e construiu um personagem novo, não cedendo ao facilitismo de repetir jeitos e trejeitos usados, abusados e comprovados em peliculas anteriores. Muito, muito bom para massajar os orgãos internos, pelas gargalhadas dadas, Mortdecai merece mesmo ser visto - e até o confuso sotaque britânico do personagem ajuda à composição. Não esperava gostar tanto, porque, na verdade, sendo Johnny Depp um dos meus atores du coeur, já andava cansada de o ver patinar na maionaise com os mesmos flips, mortais e quejandos repetidos uma e outra vez.

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Depp prova, mais uma vez - Sweeney Todd continua a ser um excelente exemplo, e talvez a minha película preferida - que se pode reinventar quando quiser, e dar à luz personagens inesquecíveis.

Para ver agora, antes que o Sparrow nos volte a encher o grande écran... como Sparrow, claro.

Isto porque esta semana é a loucura, um entra e sai sem inicio nem fim, e seria impossível tentar controlar o que quer que fosse, para o melhor e o pior. Vou dar dois exemplos: ontem estive com um iogurte liquido, três cafés e um 'bom-bocado' até às 20h, hora a que jantei. Hoje, em jejum até almoçar - dois cafés, um em casa e outro na fnac não contam, pois não? - e na volta só almocei porque logo de seguida fui dar os últimos retoques na tatuagem, e se chegasse lá em défice alimentar, batiam-me.

Portanto, segunda feira começo. 

Mas como não estive a dormir, já 'adiantei serviço'...

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(faltam aqui as vitaminas e os cafés)

Total?

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Podem verificar que existem vários elementos em promoção, mas há sempre promoções, ainda que seja preciso 'andar atrás delas'...

Partiremos do principio que será necessário proceder à substituição de bens perecíveis, mas tendo em conta que os preços se mantém até segunda, inclusive, não haverão alterações quanto ao total acima.

Por isso, adicionando os sete cafés (0,375x7=€2,63) e as vitaminas (€1,49), ficamos com um total de £22,39, pelo que ainda posso fazer algum ajuste que considere necessário.

A ver vamos então...

Escrevi o titulo antes do post, tendo à partida a certeza que este top não vai versar livros, mas autores. É indissociável a fusão entre ambos - excetuando casos especiais, não coloco um livro nos meu top sem conhecer o autor através de outras obras. Não consigo - o génio de uma obra pode tão só e apenas esconder a bestialidade da seguinte; às vezes as coisas 'calham bem', e uma boa mão não faz um bom jogador.

Ainda assim, vou tentar fazer uma pequeníssima lista com cinco títulos...

 

- O jogo do Anjo, Carlos Ruiz Zafón.

 

Calhou ter sido por este titulo que travei conhecimento com o autor e com 'o cemitério dos livros esquecidos'. Zafón, para mim, é aquele autor - e acredito que todos nós temos um 'aquele autor' - que me dá vontade de reler em momentos particulares, em que preciso do colo das palavras. Em que não quero surpresas, quero percorrer as mesmas ruas da mesma Barcelona, e cruzar-me com os mesmos personagens. Existe sempre uma esquina que me passou despercebida, um murmúrio que não ouvi, um brilho no olhar que me escapou, e surpreendentemente é possível reler Zafón sem que a sensação de déja vu se acomode ao nosso lado.

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- Quarto livro de crónicas, António Lobo Antunes.

 

Admito, é quase vergonhoso que, de um autor que venero como ALA, coloque um livrito de crónicas, como ele se referiria a ele, no top. Mas é quase que uma forma de o pôr (Lobo Antunes) na lista de uma forma fácil: o quarto, é o livro de crónicas que releio quando me apetece um rebuçado com princípio meio e fim, legível num curto espaço de tempo, que me deixe um sorriso nos lábios, e  não me obrigue ao exercício - pelo qual me pelo, mas nem sempre - de mergulhar em apneia até perder o fôlego, e gerir as dores que o âmago das suas obras me provocam. Correção: que a viagem que as suas obras obrigam ao fundo de mim, a remexer coisas que repousam no meu oblívio, desencadeiam. Por isso, opto pela provocação de colocar o mais leve, mais fácil, mais agradável dos titulos no meu top, mais não seja para contrariar quem afirma, sem espaço para contradições, que 'quem gosta de ler as crónicas de LA, lê-as na Visão'. Acrescento eu: não só mas também. E relê-las, não? Será que se gastam, são descartáveis ou terão prazo de validade?

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- O Historiador, de Elizabeth Kostova.

 

Autora nada prolifica, escreveu esta obra, à qual se seguiu, dez anos volvidos, O ladrão de cisnes, que não conseguiu aproximar-se do seu primeiro titulo. Gosto de histórias que me fazem viajar, e este é um livro que me levou pela mão a conhecer os países bálticos, com uma escrita de tal forma viva, que paginas houveram em que consegui sentir o cheiro do café com leite que os personagens tomavam. O tema é um clássico que, sem cair em lugares comuns, conta a busca do túmulo de Vlad Dracul, o empalador, mas poderia ser outra história, que contada daquela forma, estaria aqui, a meio da lista dos meus favoritos.

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- Lugares escuros, Gillian Flynn.

 

A escrita desta senhora atordoa-me - e isto é um Elogio, assim com maiúscula e tudo. Em Em parte incerta, ela mostra-se mestra no seu estilo, segura e precisa como um x-acto. Em Lugares escuros, obra anterior, baralha e torna a dar naquele estilo desconcertante em que o que parece não o é nunca, e o que antecipamos não acontece. Com 'Sharp Objects' na mesa de cabeceira para iniciar, escolho este titulo mais para fugir à escolha mais óbvia de Gone girl. Gillian Flynn merece um lugar cativo neste meu top. Promete. Muito.

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- O Psicanalista, de Jon Katzenbach

 

Aqui no domínio da literatura dita pop, leio todo o Katzenbach que me passa pelas mãos. Há os adptados ao cinema, os com direitos comprados para o efeito, e este é, tanto quanto sei, o único titulo traduzido para português. E um livro que me levou até Vila Franca quando deveria ter saído na gare do Oriente, merece este destaque. Com paginas que se nos colam aos dedos e que só largamos quando acaba. Narrativa fluida e viciante, só consegui imaginar, em adaptação ao cinema, Anthony Hopkins no papel principal.

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Deixo aqui uma menção honrosa para Mary Higgins Clark, a única autora - neste caso de policiais/thrillers - que me leva a, por sistema, começar e acabar um livro num prazo máximo de 24 horas. É um começar sem largar. Prazer no seu estado mais puro.

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Há uns dias atrás dei com isto no meu feed do instagram:

Ora daqui a descarregar a app foi um pulinho. E tenho a dizer que estou completamente in love com esta aplicação. É fundamentalmente uma especie de instagram temático, que consiste em completar micro ações que demoram um ou dois minutos, melhoram o nosso dia e nos fazem sorrir. É tão, mas tão Jamie! E muito happy days, que vem sendo o meu mote desde há uns tempos a esta parte.

Para experimentar é seguir o que ele diz no video: ir à google play,e descarregar gratuitamente. E depois ir preenchendo os desafios do dia, da semana - ou não, se não estiverem para aí virados. A app chama-se YOU, e o site está aqui, ó!

Divirtam-se. A mim tem-me caído que nem ginjas. Procurem-me, fatimab.

Até lá, e não se esqueçam, façam os dias mais bonitos.

(Goop, aqui e aqui)

Eu como pouco,isto é, pequenas quantidades. Mas - e é neste mas que começa o busílis da questão - como caro. Superalimentos, alimentos ricos em proteína, frutos do bosque, the works. Não sigo modas, como porque as propriedades dos mesmos me convêm. Como carne, aí uma vez por semana ou duas, peixe só quando o rei faz anos, ovos - graças aos céus e ao colesterol baixo, é onde me vingo quando o corpo pede proteína. De resto - mais uma coisa que, infelizmente, aumenta o valor do talão de compras - como muita fruta. E é aqui que entram os adorados frutos vermelhos, mirtilos, framboesas, amoras, que nesta altura do ano misturo com morangos, pelo que rendem um nadinha mais por um pouco menos. Com ESTA alimentação, €27/semana, nem para rir dá.

Mas vamos a ver se seria possível, tendo em conta os meus hábitos e sem contrariar as minhas preferências...

Pequeno almoço: iogurte natural com uma ou duas colheres de sopa de müesli, e dois ou três morangos cortados em pequenos pedaços por cima.

Meio da manhã: 5 bolachas maria, e um iogurte natural

Almoço: omoleta com uma fatia de pão de sementes, acompanhada de limonada e como sobremesa, um copinho de gelatina. 

Lanche da tarde: uma banana.

Jantar: sopa. Uma laranja grande.

Lanche da noite: um copo de leite de soja, duas bolachas maria.

Pelas minhas contas isto daria, grosso modo €24 por semana, incluindo 7 ristrettos (nespresso), bebidos em casa - aliás como é costume.

Possível, é. Saudável? Podem argumentar que faltaria a carne e o peixe, o que é verdade, mas assimcumássim, raramente como; a proteína fica assegurada pelos ovos, e estou permanentemente em carência de ómega3, pelo que deveria recorrer a um complemento alimentar, coisa que não faço. Tomo um multivitamínico, que não conseguiria comprar dentro do orçamento mas que poderia  trocar por pastilhas efervescentes multivitaminadas (Lidl) que, por €1,49/10, aparentemente poderia encaixar no orçamento... 

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E eis que decido, assim de sopetão: a partir de amanhã testo a teoria e vou dando notícias aqui.

[Mas só o faço uma semana!...]

Desafio dos €27:

 - aceite :)

De há uns tempos para cá os meus dias perdem-se entre a escrita (sim, já ando a escrever 'a sério') e as mileumacoisas que faço todos os dias, e de que nem me apercebo bem. Ou não apercebia.

Talvez eu faça uma gestão de tempo mediocre, até dou isso 'de barato'. Mas vou levar o pikeno à escola pelo menos uma vez por dia, e daí passo a manhã OU de volta do 'acorda, anda', OU levo-o e aproveito a viagem, para ir ao hipermercado, e às vezes, parar para tomar um café num local agradável. Uma vez por semana, tenho um dia ocupado, na outra banda (nessa), e aproveito para fazer compras: ele é um jenesaisquoi para o filho ou para o pai... e não nego que, de boleia, trago um para mim também - quoiqu'ilsoit. Primark, Fnac, H&M Chiado... por ali. Às vezes Nespresso.

E nisto, matei mais um coelho.

Depois há Setúbal e a psi do pikeno, um dia por mês, a dentista e os elásticos, outra, e falta sempre qualquer coisa para os jantares de sábado, adoráveis jantares a três - mais uma ida ao hiper.

Mania nova: lavar o carro. Qualquer dia gasto-lhe a pintura.

Reunião nova: advogado. Infelizmente não muitas, ainda, chove-mas-não-molha rástaparta qu'isto não anda. 

De quando em vez tiro uma tarde e vou ao cinema - yes - e esqueço-me das outras coisas que tenho que fazer - máquinas de roupa e loiça, estende-apanha, carrega-descarrega... e as refeições!... a decisão de fazer o quê, quando, e o diabo a sete... fartinha até aos ossos, mas vai-se levando.

Em meio isto tudo ainda há espaço para carateres, escritos e lidos, livros e imprensa diversa. E televisão - sic notícias e três ou quatro series  - e (mais) cinema. 

Digamos que a gestão de tempo será defeciente mas é muita coisa para pouco dia, descontando as seis ou sete horas que durmo, não sobra muito para... bem para o que quer que seja, implaneável porque as minhas voltas são trocadas volta-não-volta, não só mas também.

Não me queixo: fazemos escolhas todo o tempo, e esta é a minha.

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