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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

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Ontem coloquei no instagram a foto do livro que ando a ler. O Stephen King diz que o leu numa noite, tal como a Reese Whiterspoon, entre mais uns largos milhares que contribuíram para o recorde de dois milhões de livros vendidos em três meses.

Pois que sou uma desgraça: comecei-o mesmo, mesmo no momento errado, e ando a lê-lo. Não o leio: ando a lê-lo. Ah, e é tão bom como sopram? Bom, comparam Paula Hawkins a Gillian Flynn, e eu venero a segunda pelo que dou um passo atrás... mas sim, é bom. Se se lê de um sopro? Lê. Os primeiros capítulos são MESMO introdutórios, e depois, como um comboio, vai acelerando e às tantas não o queremos largar

{pronto, está, bem, menos eu...}

 

Mas no meu caso não é NÃO QUERER largar: é não conseguir continuar. À conta dos stresses - sim, já tenho um problema novo! Não resolvi nenhum dos outros, mais já se lhes juntou mais um! - a medicação para relaxar e dormir põe-me K.O, na melhor das hipóteses, ao fim de dois capítulos. Argh.

Daqui a pouco vou ao médico - problema novo oblige - e vou levá-lo comigo. Ráismapartam se hoje não leio um bocado mais! Chiça!

Quinta feira passada li na Sábado uma entrevista com Raphael Montes, jovem escritor brasileiro que nos é apresentado como 'the next best thing' na escrita de policiais

(aconselho que procurem a entrevista, eu honestamente já googlei e fiquei praticamente na mesma...)

Bom, mas lida a entrevista, fiquei curiosa. Primeiro porque há muito que não leio escritores brasileiros, e depois porque me estava a apetecer um policial. Acto continuo, no dia seguinte esbarrei com o livro na Fnac. Li o primeiro capitulo na sexta, e acabei o livro no domingo - e acreditem, eu não ando voraz na leitura.

O livro começa devagar, sem nos agarrar pelos colarinhos, mas deixa um je ne sais quoi no ar que nos faz voltar a ele. E com o desenrolar, não nos dá grandes tréguas: não nos cola às páginas, mas exerce uma atração na medida certa de nos fazer tirar umas fatias ao dia e informar a família, vou ler um bocadinho.

É-me difícil expôr uma impressão sobre um livro sem me debruçar sobre o autor, outras obras, e, embora este seja o segundo livro do autor, penso que é o primeiro editado em Portugal, pelo que não tenho hipótese de analisá-lo da forma que gosto de fazer. Só posso mesmo falar desta obra: gostei. 

Não tenho qualquer direito de dizer que falta a Raphael Montes 'um bocadinho assim' para se qualificar como um escritor com maiúscula, porque não conheço a sua escrita o suficiente. Este livro agradou-me na medida que é leve, de acordo com a estação em que entramos, tem uma abordagem original, e, apesar das prometidas reações viscerais ao personagem principal, a verdade é que não as senti. Partimos do principio (isto não é propriamente um spoil, já que é um dado óbvio logo no primeiro ou segundo capítulos), que Teo é um psicopata, o que ele vai confirmando aqui e ali ao longo da narrativa. Mas no final não é tão claro que ele seja de facto um VERDADEIRO psicopata. Tãopouco que não seja.

A última frase do livro, não criando exatamente um final em aberto, deixa-nos a pensar se aquela é uma pequena frincha que se poderá abrir. E talvez nesse momento surja um fino raio de genialidade que ilumine o nome do autor.

Espero os próximos para formar uma opinião mais concisa.

De qualquer forma, aconselho, para os dias quentes que se aproximam.

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