Primeiro: o Harry Potter faz 35 anos. Ou faria. Não me perguntem - que não me apeteceu abrir e ler nenhuma das notícias, e quantas mais surgem, menos me apetece - mas PRESUMO que estejam a falar da personagem. O Radcliff ainda não é rapaz para ter trinta anos digo eu. Mas isso confirma-se já aqui... nope, só lá para 2019. Portanto é mesmo a personagem. E o que eu gosto do universo Harry Potter! Estou como o senhor aí de baixo:
Segundo assunto do dia:
Ontem estreou 'O pátio das Cantigas'. E é que nem é preciso dizer mais nada, para onde nos viramos, está um lembrete, uma história, um destaque... certo.
Eu gostava quero ir ver o filme, de preferência durante as férias - ó senhores da NOS, a segunda via do cartão AINDA demora muito? Já lá vão pelo menos duas semanas... - portanto, a ver se vai tudo (continuar) a esgotar salas nas primeiras duas semanas, que na terceira eu quero ver o filme com algum espaço, se não for um incómodo muito grande. Eu até vou às primeiras sessões...
Portanto, estes são os destaques do último dia de agosto JULHO!
Pois que esta minha análise já vem tarde, dizem vocês? E se vos contar que não me sinto capaz de a fazer sem voltar a ver o filme?
Depois daquela odisseia que aqui contei na primeira parte, quando começou o filme eu já estava mesmo cansada. À excitação (sim, que eu sou pior que os putos) de finalmente estar a ver um filme que aguardei durante um ror de tempo, juntou-se aquela imensa e desconfortável espera, pelo que, acho que quando o filme começou havia um ligeiro décalage entre a vista e o cérebro... eu via e o cérebro só registava depois... bem, 'verdade ou consequência', o facto é que, quando entrei em casa, a primeira coisa que disse foi " o filme é muito giro, mas os minions resultam mais em curtas de que em longas".
O que acabei por concluir, depois de matutar no assunto, é de que o filme torna-se vertiginoso, os gags sucedem-se, e nós, que ficámos acostumados a spots de 5 ou 10 minutos, temos dificuldade em assimilar 91 seguidos.
E no fundo, no fundo, a historieta, que até é engraçada e tudo, é a última coisa que interessa, nós queremos é vê-los a fazer disparates a falar naquela língua que assenta no francês como uma luva, com umas palavras de português e outras de inglês a despontarem, mas com sotaque. Os pequenitos não desiludem.
O final é aquela coisa que nos deixa com um sorriso nos lábios porque, é pá, faz sentido. Tooodo o sentido.
Se gostei? A-D-O-R-E-I.
Mas juro, tenho de ver outra vez, para desfrutar MESMO do filme.
Este ano o que está nas bocas do mundo, e que toda a gente está a fazer, e as revistas aconselham a "porque não?" fazer, a detox tecnológica, os hoteizinhos, as pousadazinhas e os locais sem rede, essa coisa - que virou um belo mercado, pelo menos este ano - não vou fazer assim sem mais. Mas só vou fazer o que me apetecer, quando me aprouver. Nomeadamente no que diz respeito à actualização das minhas contas nas redes sociais, daqui do blogue - não estou a dizer que não vou escrever durante três semanas, ok? Vou é manter-me assim a pairar, só em setembro é que vou mesmo atinar e criar uma rotina aqui para este recanto - e o telefone, ah o telefone, que ultimamente não pára e ele são chamadas em espera e o diabo a sete... esse menino vai funcionar das 19 às 22. Tout court.
De resto, ando a trabalhar no programa das férias, e que vou ser "turista na minha cidade" sort of saying, e vamos ao Oceanário, e à Regaleira, e à praia, e ele vai ser o devorar de livros, e as sestas, e o slow eating, e o fast cooking, que pachorra é coisa que não me assiste.
Por isso aqui a escrever será sobre os livritos que eu for saboreando, e pouco mais. Alguma coisa mais generalizada que me apeteça falar, assim farei, mas 'não sei de nada', a partir de segunda não há plaaaanosss!!!!!!
Ná, é que não podia mesmo esperar. Quinta feira, primeira sessão, eu lá estava.
Para vos tentar fazer entender o meu espírito, vê-de como as coisas andam chez moi:
A loucura é tamanha que além de beber a minha cuppa numa caneca a rigor, ter o porta-chaves da praxe, e o meu filho andar a comer cereais Estrelitas e Chocapic 'de castigo' só para eu ficar com os bonequinhos... bom o bolo do 19º aniversário do gaiato foi este:
Ó mãe, é como tu quiseres... - e foi.
Por isso, e depois do trailer andar a rondar, os cardboardstand up personas nos corredores dos cinemas a provocar, só podia dar em aqui a je ir a correr para a estreia.
E não saí de lá nada dececionada.
O problema foi outro... antes do filme começar já estava cansada... somem aos 10 minutos de anúncios, 5 minutos de trailers, dois ou três minutos de NOS-somos-os-maiores!-e-agora-desligam-lá-os-telemóveis, i-e-, 17 ou 18 minutos, as usual, dizia eu, somem 20 minutos de atraso no inicio do primeiro anuncio publicitário, que as bilheteiras estavam a rebentar, e deram uma margem para as pessoas verem o filme do inicio (digo eu). Ligam os anúncios, e a imagem surge completamente desfocada. Para não perderem mais tempo, trataram de tentar focá-la sem parar a projeção. Debalde, tiveram que pôr a imagem em pausa. E depois veio uma senhora à sala pedir desculpa pelo ocorrido, na-na-na whiskas saquetas... e mais 10 minutos de atraso (pelo menos). Somem, atraso de 30 minutos, 17 minutos de compromissos publicitários, e dividam isto por uma sala com cerca de 200 espetadores, mais de metade dos quais crianças.
NIIIIIICE, HU?????
E depois surge na tela o simbolo pixar, disney, ou vice versa (mas vocês acham que depois disto tudo, me lembro de qual surgiu primeiro????) a curta da praxe... A MESMA que tinha visto aqui há duas semanas ou três, quando fui ver o Divertida-Mente- Ovem-se vozes espalhadas: 'eu já visto!' (à frente) eu já vi isto! (à direita) eu já vi isto!(ao fundo da sala)... eu bocejava. A curta é gira, LAVA, mas depois disto todo ponham láos mínimos a bombar que já não há pachorra, gente.
E eis qu começou, tal e qual como começa o trailer oficial e...
Ando um bocadinho perdida com esta coisa do blogue... não sou uma principiante - já ando nestas lides há dez anos - mas de repente deixou de fazer sentido escrever as coisas como fazia.
O blogue sempre me serviu para
memória futura (e já lhe dei uso como tal diversas vezes);
relator de situações e desabafos (o que se tornou complicado já que isso envolve muitas vezes terceiros, e eu não quero assinalar aqui ninguém);
comunicar com os meus 'leitores'/seguidores (continuo com bastante pudor em chamar 'meus leitores' a quem me vai lendo os posts);
E pronto. Isto é o que me tem feito correr, da mesma forma que o meu Instagram é o MEU Instagram: só lá ponho coisas que EU gosto e são, de alguma forma, importantes PARA MIM. Não serve para mostrar: serve para eu ver. E mais quem quiser, quem não gostar de likes, comentários e afins que se acuse - mas não são o mais importante.
Já com o Facebook tenho uma relação estranha... fundamentealmente uso-o pelo feed de notícias, contacto instataneo entre amigos 'de carne e osso' - aqueles com que estou pessoalmente - e para jogar. De resto, aceito TODOS os pedidos de amizade, e nem vou ver quem são. Porque para mim, não é importante. Não sei quantos amigos tenho (juro!) sei que tenho uma coisa estranha que são meia dúzia de seguidores que me fazem pensar porque diacho não enviam um pedido de amizade. E mais, o que é que o meu mural tem de tão interessante que mereça ser seguido? Atiro para lá
coisas que não posso ler no momento em que as descubro;
coisas que me dão a volta ao estômago e às quais deixo um comentário acrimonioso;
videos de gatos. Videos de animais. E de gatos.
e, por inerência, feeds do meu instagram e do meu pintrest (outro perfil que serve fundamentalmente para revisitar as escolhas que faço, guardo e de que gosto).
Por isso, ando um bocadinho perdida aqui nesta coisa do blogue. Tenho a sensação que tenho de o abanar, para fazer cair as coisas que deixaram de fazer sentido, e recomeçar, por outro prisma e outra abordagem, outro ângulo, não sei. Só sei que como está, não me 'dá embalo' nem motivação para escrever amiúde.
Há qualquer coisa que tem que ser mudada, e ando à procura do que seja...
Diz o adágio que de Espanha nem bom vento nem bom casamento. Mas caramba, não se aplica à literatura, concerteza: tenho lido do melhor vindo de lá, nomeadamente do país basco - pois se o meu adorado Ruiz Zafón não é daí?
Esta semana agarrei num livro que me despertou a atenção no escaparate, ainda quentinho (pelo menos não o tinha visto antes) e trouxe-o comigo. Fartinha que estava de falsas partidas - o meu estado de espírito anda 'avariado', e já tinha feito um sem numero de tentativas e não passava das primeiras paginas e, vá-se lá saber porquê, achei que aquele ia 'quebrar o enguiço'. Nessa noite abri-o e comecei a ler.
Há bastante tempo que um livro não provocava em mim o frenesi que este provocou. Ontem, eu saí do comboio com ele na mão, dedo a marcar a página para mal entrasse no metro continuar a leitura. A cada segundo livre, abria-o para ler um paragrafo que fosse. Quase - pela segunda vez na vida - ia perdendo a paragem do comboio por ir embrenhada na leitura, e ele foi vê-la a correr para a saída antes que decidissem arrancar!
Acabei-o este final de tarde - quando em casa, só costumo ler à noite - isso dirá qualquer coisa, sim?
Só tenho uma coisa a dizer: é o melhor livro que li este ano.
Começamos a ler e não fazemos, de todo, ideia do que se trata, nem o que vai acontecer, e o livro vai-se tecendo à nossa volta como uma teia, e às tantas somos umas moscas voluntárias à espera do que lá vem. E que continuamos sem antever o que seja.
Não o larguei, não consegui.
A sinopse que eu posso fazer é um musico-compositor que perdeu a inspiração depois de um divórcio doloroso, muda-se para a Irlanda para viver em reclusão e lamber as feridas em paz. E depois um dia ouve uma voz que lhe diz 'não saias de casa. Hoje não'.
Digo já que não é um livro dentro do género fantástico, paranormal, whatever. É um thriller psicológico com criatividade às carradas e uma escrita inatacável.
Mikel Santiago é um nome a guardar e seguir.
Aconselho vivamente. Não sei se já aqui disse isto este ano, mas se só comprar um livro esta estação, compre este.
Hoje estou num dia calmo, relaxado, tranquila e recomendo-me. Nestes dias a mente vagueia por pequenas coisas, e saltita, qual libélula de nenúfar em nenúfar, mas neste caso é mais de pequena 'comichão' em pequena 'comichão'
{onde se lê comichão leia-se 'pequenas' chatices
que não são suficientemente importantes para
integrar o leque das que me atrofiam os dias...}
e dentro desse espírito mais descontraído, encostei-me a uma situação que me faz alguma espécie, quando mais não seja porque não encontro explicação valida para o ocorrido, ou será melhor dizer, para o que nunca mais aconteceu.
Há uns anos fiz uma amiga (eu pelo menos ainda a considero assim) aqui na blogosfera, e acabámos por nos conhecer pessoalmente. Daí ao telefone, foi uma sequência lógica, e mantivemos o contacto regularmente até... bem até deixarmos de o fazer.
Não me perguntem porquê, acho que as pessoas se afastam porque cada uma tem a sua vida, os seus problemas, e falta de disponibilidade para 'regar a plantinha'. Por mim falo, não afasto a minha quota parte de responsabilidade na matéria. Nem deixo de respeitar a paciência que é necessária para aturar uma gaja que não gosta de falar ao telefone - o que nunca foi um problema neste caso, dado que era a única forma de comunicação mais próxima do face-to-face possível - e que tem alturas que não gosta de falar (agora é raríssimo isso acontecer, um ano de terapia limou muitas arestas), e fases em que evita escrever (o que se mantém e já expliquei aqui porquê, quando encontrar o post ponho um hiperlink). Entretanto mudei de telefone duas vezes, e perdi o contacto - claro que continuamos com a amizade facebookiana ativa, mas não é a mesma coisa...
Custou-me, juro, quando ela veio aqui perto (moramos longe, já tinha dito?) e embora o tenha publicado, e pedido dicas, nem lhe passou pela cabeça propor-me um café que fosse. Se calhar eu devia ter proposto? Provavelmente. Mas levei tempo suficiente a recuperar do que senti como um pequeno murro no estômago para o fazer. E a partir daí, a amizade ficou mesmo entre parentesis retos.
{Lembro-me agora, se calhar por causa do Basílio que é quase nada mas podia ser muito, ou mesmo tudo, e por isso me faz saltitar, nos momentos tranquilos, como uma libélula, de nenúfar em nenúfar...}