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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Diz que hoje é o último domingo de setembro. Diz que no último dia do mês vai estar um excelente dia para ir à praia, dizer 'adeus e até p'ó ano'. Eu ando aqui atrás da cauda, a tentar descortinar porquê a sensação de vazio (eu até sei a resposta) e o amargor que me assalta e envolve. Vou ter de trabalhar nisto mas não se afigura fácil nem bonito. ... raios partam o verão deste ano e dos últimos cinco... e ajuntemos-lhe os primeiros 7 meses deste ano, que de 1 a 20, o nível de estresse nunca baixou o 30 de média. Estou esgotada.

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 {eu sei que tinha prometido fechar o muro das lamentações, mas há alturas que se não sai, acho que rebento...}

...porque me aconteceu já vezes sem conta. E penso que já todos ouvimos falar no assunto, mas pensamos ah, e tal, isso é nos filmes...

Pois que não é.

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A verdade é que a câmara do equipamento ligado à internet pode ser remotamente ligada. E não, não acende a luz que brilha quando NÓS acionamos a mesma. Fica completamente invisível, e é visionado algures.

Notei pela primeira vez quando ao desligar o pc, este assumiu a incompatibilidade de um programa aberto - a câmara - com a capacidade de encerrar. Todos sabemos que essa incompatibilidade é imediatamente ultrapassada, e o pc desliga, mas fiquei com 'a pulga atrás da orelha'. Posteriormente, e já atenta à breach, apercebi-me de que, juntamente com a câmara, uma ligação 'broadcast' acusava a mesma dificuldade.

Bom, acabei por fazer o que é indicado: comecei a tapar a câmara e fui experimentando diversos sistemas; e rendi-me ao incontornável post-it.

Por isso, prestem atenção.

Se eu tenho (a ilusão de fazer uma) ideia do que faço quando tenho o pc ligado (durante grande parte do tempo em que está), se tem filhos, e os pc's que eles usam têm camara, recorram ao post it, ou, no caso de desk tops, desliguem a mesma do aparelho desconetando a ligação física.

Já quanto a outro imbróglio, o meu smartphone de vez em quando disparar o flash sem estar a câmara fotográfica aberta, não sei de nada. Acho isso estranho e não sei se é o aparelho que se está a passar da marmita, ou se é acesso remoto. No entanto no telemóvel não me parece tão preocupante...

Mais uma dica: atenção a quem já está a usar o Windows 10: tem um portão permanente aberto a esse tipo de ameaça. Mesmo que se configure nas definições, de cada vez que se volta a ligar, ou se reconfigura, ou a porta abre-se. E neste caso a ligação remota pode aceder com toda a facilidade ao conteúdo do disco rígido.

Nunca é demais estar alerta...

Bacci 

 

Quando eu era muito pequenina (juro, tipo dois anos, três), e andava tipo bonequinha com a mãe, vestidinho rodado, curtinho, totós e laçarotes de seda nos mesmos, soquetes rendadas e sapatinhos de furinhos (a que chamavam sandálias), íamos muito ao Chiado. Descíamos a Rua Garret e invariavelmente entrávamos nos Grandes Armazéns do Chiado, em cuja entrada principal - hoje entrada do centro comercial - havia um reposteiro de veludo imenso, daquele grenat-pano-de-palco, e um porteiro fardado. E no Natal, obrigatoriamente íamos ver as montras dos Grandes Armazéns, em que ficava deslumbrada com os bonecos animados eletricamente por magia.

E desciamos à baixa, que nessa altura era cheia de gente, lanchávamos na Pastelaria Suissa, e percorriamos a rua Augusta, até à Casa Africana.

(depois o porteiro do Chiado desapareceu, o tempo foi passando e os Grandes Armazéns foram vendidos a um grupo de fancaria que lhe retirou todo o já pouco fausto, e o reduziu a uma coisa inominável).

Bom, andava eu a tirar o curso de design, quando o Chiado ardeu. Ainda hoje sinto um frio na barriga quando me lembro. Tive de ganhar coragem umas boas semanas antes de subir o elevador de Santa Justa e de ver lá de cima o que parecia o cenário de um bombardeamento.

Verdade ou consequência, a baixa murchou e depois morreu. As pessoas passaram a ir apenas aos centros comerciais, e nem paravam ali. Depois de escurecer era desaconselhado fazê-lo pela criminalidade associada à zona.

Entretanto, em 2015 foi o boom que já vinha a ser preparado: a baixa pulsa, palpita, pulula de gente - que não fala português, mas que vai enchendo os cofres do comercio local, que esteve há tão pouco tempo em vias de extinção, e os cofres do Estado, o que (pelo menos em teoria) ajuda o país a segurar-se nas pernas, depois da quase-banca-rota - risco de que ainda não saímos, digam lá o que disserem. Estamos mais longe, sem dúvida, mas um abanão na Europa e somos o elo mais fraco, adeus.

Eu gosto. Gosto de ver Lisboa tão vibrante de gente interessada, de máquina em riste a fotografar tudo, de ouvir três ou quatro línguas diferentes quando me sento numa esplanada, de responder a pedidos de direção em inglês (toooda a minha gente fala inglês, independentemente do país de origem).

Gosto.

Certo, o lixo - reforcem as equipas de limpeza -  e, pior o barulho à noite, são o outro lado da moeda.

Mas, senhores, eu lembro-me da baixa fantasma, e olho HOJE para baixa mais viva de sempre.

Turistas? Welcome, Bienvenues, Willkommen, Bienvenidos, Benvenuti (e por aí adiante).

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Bacci 

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Eu sou um bocadinho picuinhas no que diz respeito ao português. Por exemplo, e é do que me lembro agora, comprimento e cumprimento não são a mesma coisa. A quantidade de gente que fala em 'comprimento' da lei, e em entrar em 'comprimento', entre pérolas várias, que é de louvar os deuses. E falo de gente que até escreve livros, e assina colunas em jornais, e gente que até é repórter, e politico, e 'tudo' (dito como se este 'tudo' justificasse alguma coisa, mas pronto...). 

Não tenho, honestamente, já pachorra para ligar a televisão e ouvir baboseiras. A sério. E estou a referir-me a noticiários e a canais de notícias...

Depois há aquelas pessoas que argumentam, em defesa de qualquer ideia, 'ah, mas eu ouvi, eles disseram na televisão!'. Acrescento eu: '...e?????' Às vezes respondem um eles sabem!, outras vezes ficam a olhar para mim como se tivesse acabado de chegar de Marte.

Outro argumento 'válido' é o eu li numa revista/na internet. Ok. QUAL revista/site? Há-as as fidedignas/os, e há as/os bostinhas.

Depois há um terceiro tipo, as revistas portuguesas que praticamente só publicam artigos traduzidos. Não, não estou a inventar: eu li (e alguns até ainda tenho) os originais. Leio numa francesa ou inglesa, e no mês seguinte, ou no outro a seguir, lá está em português.

Era capaz de ser boa ideia as pessoas começarem a avaliar por si, a fazer juízos próprios. Para isso é preciso exercitar os miolos, certo? Certo.

Corram menos e cultivem-se mais.

Bacci 

Ok, acabaram as férias. Este ano não vão deixar saudades: foram um stress dos diabos. Querem três semanas a destaralhar, com saídas apenas para ir ao hipermercado e/ou ao IKEA? Com duas idas ao cinema e duas refeições fora, e mái nada. Praia? Nem o cheiro, quanto mais... a ver se o tio Pedro e o gajo que me vai pintar o Rocinante são porreiraços e me deixam ainda ir à praia antes da cirurgia, isto é, antes de oito de setembro - nessa altura, fecho as férias a cadeado, que ir à praia novamente, só no próximo ano.

Mas juro, estou mais stressada que antes do inicio das mesmas. Irra!

Para as fechar com chave de ouro, a máquina de lavar roupa 'passou-se' no sábado, começou a fazer uma barulheira danada  durante a centrifugação, e depois fez um 

BUMMMMM

- presumo que o tambor tenha saído do sítio - pelo que o barulho ficou além, muito além dos decibéis permitidos por lei... mas acabou o programa, a roupixa ficou lavada.

Ora no dia seguinte arrebanhei o que pude, lençóis e afins, e fiz uma última tentativa: ou vais ao lugar, ou rebentas de vez.

Para encurtar a história, rebentou de vez. 

Começou a babar baldes, lá a consegui pôr a esvaziar, e foi retirar a roupa e bora lá estendê-la a pingar. Ao desenrolar os lençóis, dou um BERRO: escondido na dobra do elástico tinha ido... o meu telemóvel! 

À máquina.

Não foi só agua, mas agua durante MUIIIITO tempo, e quente, embora a temperatura que uso seja baixa.

Ou seja, bye bye máquina, bye bye telefone.

Fiquei que parecia que me tinham dado uma descarga de taser... arroz, arroz, arroz, dizia ela. E sim, desmontei, meti numa caixa com arroz, e tudo e tudo, mas debalde (obviamente) - e o arroz até era basmati ()!

Bem, estendi a roupa, e fui ao quarto pôr o telefone que era do meu pai a carregar, para lhe colocar o cartão dentro (sim os dois cartões - sim e micro sd - funcionavam). E depois meti-me no Rocinante e rumámos a Lisboa, para levar a namorada do meu pikeno à estação do Oriente. Pela 24 de Julho que é muuuuuuiittttooo mais longe, mas era o único caminho de que me lembrava com segurança - para cá já regressámos pelo eixo norte-sul.

Quando me deitei à noite estava triste, triste, o meu móbil faz-me falta, jogo sempre mahjong antes de ler umas páginas do meu livro do momento. Desta vez, nem li.

Ontem acordei e apeteceu-me fazer-me numa bola e ficar deitada até às quatro ou cinco da tarde. A vontade durou cinco minutos e estava de pé. TINHA de ir comprar uma máquina de lavar e um telemóvel. Só de pensar ficava doente.

Bom, umas horas mais tarde lá fui, e consegui fazer duas grandes compras (mesmo). E tenho um telefone com as mesmas 5 polegadas e uma série de fun stuff que o outro não tinha - e oito gigas de memória, o outro tinha quatro. Mas juro que não queria. Estava bem com o Huawei, muito bem. Agora toma lá um Xperia e não te queixes (de todo).

Se não me chegava ter comprado os móveis da sala - e tenho um ektorp, já vos tinha contado? TENHO UM EKTORP!!!!! YESSS - ainda surgiu esta despesa de que não estava nada à espera. E este mês ainda tenho de pagar a cirurgia...

... pessoas: eu tenho de respirar fundo, já passou, não vem daí mal ao mundo, yada, yada, mas ainda estou muito, muito aflita/sressada/ansiosa, e essas coisas todas.

Fogo! É dose...

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{ok, eu sei, está aí alguém a pensar, 'e queixa-se ela! Num dia parte-se a máquina, avaria-se o telemóvel e no dia seguinte já tem um telemóvel novo e e uma máquina comprada... isto de falar de barriga cheia...'  Eu provávelmente até pensaria assim se lesse isto. Mas gostava muito que se perguntassem QUANTO TEMPO ela vai andar a pagar este imprevisto. Não, não tenho nenhuma máquina de imprimir guito, nem uma conta nas ilhas Caimão ou num banco Suiço. Por isso, esta brincadeira vai ser pior que as pilhas Duracell: e dura, dura, dura... }

E com este post encerro este 'muro de lamentações'. Rentrée, vida nova. Até ao inicio de Setembro vou andar um bocadinho perdida, mas a partir de dia um, podem contar com novidades.

Bacci.

1. Estou de férias. Mesmo de férias. Tão de férias que estou a escrever no/do telemóvel. Como se pode ver pela fonte, espaçamentos... essas coisas.

2. As minhas férias estão a ser diferentes. Ainda não fomos à praia - mas havemos de ir! Por ora é destralhar e redecorar. 

3. Para a rentrée prometo novidades, a começar com as inevitáveis fotos da minha sala. E vão haver surpresas e... levantando uma pontinha do véu, aguardem um belo giveway lá na pagina da facebook.

E para já vou continuar o que tenho feito: vou ler umas paginas do meu 'Sopro do Mal' do Donato Carrisi. Depois, xónar é o verbo! 

Nós voltamos a encontrar-nos aqui, durante a última semana de Agosto, de acordo? Até lá, mantenho-me fora de serviço.

Bacci.

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