Presidencialmente falando
Ora que estamos em plena campanha para as presidênciais - é que eu sou muito distraída, mas se isto for pré campanha devo ter uma máquina de viajar no tempo, e é melhor regulá-la para recuar um bocadinho...
Dizia eu que estamos em qualquercoisa para as presidenciais, a gastar tempo, dinheiro e paciência, com o ganhador mais que certo, e comigo a fazer figas para que seja já à primeira, que sempre se poupam um largos milhares de euros (milhares, eu disse? ná, tou a rénar...)
Se eu gosto particularmente do Professor Marcelo? Fico-me por um nim. Mas estivera eu a ponderar votar na Maria de Belém, e a entrevista que ela deu à SIC faria passar-me a alucinação: quando confrontada com o que pensa de Marcelo - pergunta obrigatória para todos os candidatos, já que eles não concorrem uns contra os outros; cada um deles concorre contra Marcelo(?!?) - ela trouxe para a ribalta a velha alcoviteira que tem dentro, e juro que ouveram ali argumentos que tresandavam a naperon de crochet sobre a televisão e a sevilhana no pesiché, numa casa a cheirar a naftalina. Cruzes na boca, que no boletim, aquela entrevista deve tê-la feito perder muitas.
Depois há a Marisa Matias, que dizem as boas linguas, tem um CV altamente recomendável, e tudo o mais. Nem vou falar da entrevista com a Judite de Sousa, que a terá até feito ganhar um número razoável de cruzinhas, mas de há uns dias ter apanhado, em diagonal, um momento num noticiário em que a mesma discursava. Valido a imagem de um(a) candidato(a) tanto como outra coisa qualquer, mas há limites. Uma candidata que, ao mesmo tempo que discursa, aproveita para coçar, insistente e ostensivamente, a nuca, desculpem, mas não dá. Protocolos à parte... não, quando falamos de Presidência da Républica não podemos minorar protocolos, são incontornáveis.
E depois há os outros todos. Todos a concorrer contra um.
Ó Marcelo, pá, hás-de ter os teus defeitos, mas só podes ser grande. Caramba!...