É fim de semana, riam um bocadinho!
... ou um bocadão, que já vi isto mais de que uma vez, e vou às lágrimas de cada uma delas...
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
... ou um bocadão, que já vi isto mais de que uma vez, e vou às lágrimas de cada uma delas...
Sentada mesmo a meio do sofá.
Do meu lado direito, lado da minha ametade, a Mia (news-flash!, acabou de se mudar para a otomana). Do meu lado esquerdo - o MEU lado:
No braço do sofá do meu lado:
Juro que se ousar levantar alguma destas coisas, ainda descubro mais alguma... bom, vou esmagar a garrafa vazia e levá-la para o ponto-verde-cá-de-casa (ali na despensa) e buscar uma cheia. Aproveito e levo as coisas da cozinha.
O resto, já lá vai...
Queriam uma foto, era? É já a seguir...
Emocionante, o anúncio de que não vai haver segunda volta. Esta seria um desperdício de tempo e dinheiro. Toda a gente sabia que SE Marcelo Rebelo de Sousa se candidatasse, seria eleito.
Candidatou-se.
E a grande questão era se se gastariam mais um largos milhares - LARGOS - de euros, numa segunda volta.
Aparentemente, com alguma lógica, Marcelo terá vencido à primeira volta.
Grande vitória, também, teve Marisa Matias.
Bravo, bravo, bravo.
Considero, considerei, e disse-o mais de que uma vez, Marisa será a minha candidata nas próximas presidenciais, embora eu tenha consciência de que teremos muito possivelmente Marcelo por oito DEZ (brigado, Ana!) anos.
Mas findos os mesmos, votarei Marisa, e com vontade.
Estas eleições - as primeiras em que o meu pikeno votou - poderiam ter sido a pedido.
Estou satisfeita.
Faleceu o pai do meu melhor amigo, de um amigo que é muito mais que um amigo, que é uma das pessoas que mais gosto no mundo e arredores. Faleceu, e há dois dias que não durmo, reminiscência que me chamou atrás, que me recordou do ocorrido há dois anos e uns meses, do ferro em brasa que ainda queima.
Neste momento há um abraço apertado por dar, um 'eu sei que tu sabes que eu sei' que não se diz mas se sente, um imenso vazio de palavras,porque não as há. Só há o sentir, deixou de haver o que dizer.
Por isso, o repost do post luto, escrito a 26 de Setembro de 2013. Porque há coisas que se sentem e são. Apenas são.
"Liguei a musica porque no dia seguinte também a pus a tocar mal saí da cama e aterrei no sofá. Carlos do Carmo a compasso de Bernardo Sassetti, e servirem de bálsamo à ferida aberta. A manhã foi escorrendo devagar pelo vidro da janela, como se dia de chuva fosse, ao contrário do sol resplandecente que ofuscava. As interrupções faziam-se com alguma reverência, nos sons do facebook que traziam amigos desolados sem saber muito bem o que dizer, por isso a usar as palavras que se usam sempre nestas alturas, e eu a carregar na tecla a responder que gosto, parca nos gestos e ausente nas palavras que despejava para dentro do telefone quando tocava, e não se contentava com um like nem um obrigada. Queria pormenores, os que eu tinha e os que não tinha e de tanto repetir acabei por decorar. Aos mais próximos, alguns detalhes, daqueles que dão algum sentido ao intangível.
Uma malaise escondida debaixo de sete saias, quiçá setenta, mantida em rédea curta durante todo aquele tempo em que os homens que querem dizer o que fazer com quem amamos e quando, a isso obrigaram.
Depois o momento em que adeus, já não voltas, não foste, estás sempre aqui. E o som. Pás. pás, pás, anúncio numerário do final, a placa de metal espetada como um rótulo num vaso de coentros a a dizer que o é. Assim. Sem mais.
Beijos, frases feitas, abraços apertados de gente próxima, outros beijos de outra gente que comparece, outros que só apertam a mão, num respeito a tresandar ao nojo que a ausência de calor humano descobre pelas frinchas dos fatos bem cozidos, por mãos hábeis, mas que deixam escapar alinhavos mal tirados. O sorriso pintado no rosto, mais ou menos convincente (que mo digam se quiserem) a tapar a dor com uma dose extra de base corretora.
O alívio, laivos de êxtase e euforia, que afinal acabou-se, passados que foram cinco longos séculos de agonia à espera da notícia de que o fim da novela estava ao virar da esquina, cinco décadas em que o relógio de pêndulo se calou, mas o telefone e o blip do computador estiveram presentes, assim como que a lembrar os cinco anos que não passavam, não mexiam, não davam mostras de um fim anunciado que não chegava por nada. Cinco dias em que não acredito, passados naquela tranquilidade montada peça a peça numa torre de legos, numa dormência calculada, à prova dos deslizes não admitidos, nas lágrimas obrigatoriamente inexistentes, num assepticismo tanto quanto possível.
Já passaram, entretanto vinte. Vinte décimos de segundo, vinte segundos, minutos, horas, dias, o quê? Passaram, pronto. E a sua passagem deixou abrir a fissura que se desenhava no estômago, dar-se ares ulcerinos, dar-se chicotadas de raiva, de revolta, coices de dor mascarada de desespero. E uma sozinhez iniciada e finda dentro, nunca finita, que afinal, parece, é com isto que é suposto aprender a viver. Só não nos ensinam como.
E as lágrimas que teimam em não cair, que teimam em não me desenhar arabescos nas bochechas, e me deixam a sentir pequenina, não de idade mas de tamanho, na incapacidade obvia de saber como lidar com tudo isto, e quando respondo 'Tudo!' de sorriso rasgado à pergunta, tudo bem? de quem comigo se cruza, e não sabe, não faz ideia que aquelas duas palavrinhas se enfiam de sopetão na hérnia que se me criou no meio do corpo, e a que o ponto de interrogação faz rodarem sobre si próprias numa dor que tem o seu apogeu na resposta e no sorriso que os finaliza.
Viro costas e dói, dói tudo cá por dentro, a revolta agiganta-se, como, como, como é que pode estar tudo bem sorriso no rosto, desmascarado pelo olhar perdido na dor que não sai, que não se expressa.
Se calhar, vinte dias (? anos, séculos, milénios...) são um prazo expectável para começar a sair da letargia que ninguém me adivinhou, nem sequer sabe se.
Se calhar estes vinte nem-sei-quantos, mas que são vinte são contados de todas as maneiras, seja expectável serem o sinal de partida não sei para onde.
Se calhar há que esperar que o ponto tenha sido final, e como, senhores, como?
Se calhar há que esperar que eu esteja preparada para largar ao disparo de partida em direção não sei de quê.
Se calhar..."
Devia escrever um post hoje.
Devia responder aos comentários tão queridos do post oh pahhhh... , e que o sapo destacou (obrigado ) - prometo que respondo em breve...
Devia já estar no Chiado a comer um belo bife - mas estou sem vontade nenhuma de sair de casa, coisa que mais trinta minutos menos trinta minutos vai ter mesmo de ser.
Devia dar (porque não?) um pulinho ao inferno - i.e. à Primark - e comer um belo bife no Colombo.
Devia ir à Nespresso comprar umas quantas sleeves, antes de me ver em desespero de causa (tanto o Colombo como o Chiado cumprem o errand)
Pois devia.
Entretanto estou no sofá a pensar no que hei-de vestir (seria mais produtivo fazê-lo no quarto, em frente ao roupeiro, digo eu), a fazer uma lista mental das coisas a fazer antes de sair: aplicar o protetor solar com cor, matificar as raízes do cabelo (oleosas que estão, estando o resto normal a seco). Já pus os óculos de ver, o power bank, os óculos de sol e o telemóvel dentro da carteira - não me posso esquecer dos auriculares! - e tenho de ir desligar o Kobo do carregador (a ver se sobreviveu a uma carga de bateria de mais horas que juízo da dona) e juntá-lo ao restante conteúdo. Ah, e um pacotinho de bolachas de água e sal, para o caso de me dar a fome quando estiver de regresso ao final do dia.
Bem vistas as coisas, pelo menos uma coisa fiz: um post. Assim a modos "toma-lá-e-não-digas-que-vais-daqui", mas, sim senhor, um post.
E agora, já que consegui uma, vou riscar os outros devia da lista, um a um, e bazar.
Até logo, gente!
(se procurasse um título mesmo, mesmo foleiro, estaria aí em cima, em gordas, qualquer coisa como 'o passado bate à porta'...)
Isto já é repetitivo: o meu passado não morre. Não sei se será assim com todos, mas volta e meia ressurge algo ou alguém inesperadamente, daquele lugar onde pensavamos que estava um deserto. E diz assim: estou viva/o e de saúde. E tu?
E eu? Eu, entre arranques e falsas partidas, lá gaguejo uma resposta, perdida entre o deve e o haver, e mesmo sabendo que não houve parágrafo, contava, ainda assim, com o retundante ponto final colocado no momento adequado.
Embora não me espante, e no fundo até soubesse que não se escondem fantasmas no armário, nem se varre o que quer que seja para baixo do tapete...
Mas é quase habitual: tomas como certo que determinado tema está morto e enterrado e de repente,
eis que o cadáver volta à vida.
(pois, já me devia ter habituado, mas de cada vez, cai-me tudo ao chão)
Uma coisa é certa: não me posso queixar de a minha vida ser monótona e pardacenta...
Em choque, em choque, em choque...
No outro blogue, que deu lugar a este, o Diário de uma dona de casa 2.0, partilhei há algum tempo esta entrevista, de 2012, que me deliciou quando a descobri. Hoje é tão, mas tão boa para matar saudades...
Não me perguntes; não sei onde, em que dia, em que cinema, em que filme, em que personagem me apaixonei irremediavelmente por ti. Pela tua voz, pela tua presença.
Não me perguntes; não te conheço de lado nenhum, e no entanto parece que me morreu um amigo, alguém que (quase) conhecia.
Não me perguntes; não sei bem porquê - ou saberei bem demais - mas é tão redutor referenciarem-te pelo papel de Severus Snape, que só me apetece desatar ao pontapé e à bofetada, e escrever comentários desagradáveis em todas as noticias que o fazem. Isto de tentar enfiar um Grande Actor numa pequena caixa de sapatos, é revoltante. Claro que é um papel fantástico, mas tu não fizeste só isso, caramba!
Não me perguntes, porque nem to sei dizer a ti: talvez, mas só talvez, que terei guardado o Harry, de 'Love Actually/O Amor acontece', como o teu desempenho que mais gostei. Só talvez, porque também guardo com especial carinho o personagem de Judge Turpin, de Sweeney Todd. E, sei agora, que te vi pela última vez em A little chaos/Nos jardins do rei, que fui ver SÓ porque tu realizavas - e onde encarnavas Louis XIV.
Não me perguntes: claro que não vou perder as duas últimas hipóteses de te ver no Grande écran, em Eye in the Sky e em Alice Through the Looking Glass.
E depois deixa-me que te diga: estou zangada contigo. Sempre acreditei que te veria em palco, em Londres, um destes dias, mais mês menos mês, mais ano menos ano. Era assim como um meu sonho, estás a ver? E tu estilhaçaste-o. Estou quase furiosa.
E sabes porque estou zangada? Porque é mais fácil estar zangada que triste. Porque se estivesse triste, ia entender que nunca mais te vou ver fazer nada em lugar nenhum. Que partiste sem dizer adeus, e sem me deixares aplaudir de pé.
Alan, vais estar sempre por aqui, nos fotogramas - tantos! - que nos deixaste, na memória de todos os que te viram na Royal Shakespeare Company.
Faço minha a tua expressão de abertura do post, aplaudo-te uma última vez de pé, e entre bravos, digo-te até breve. Pertences ao grupo daqueles que são tão especiais que nem o cancro os vence.
Obrigado por tudo.
A antecâmara dos Óscares apontou na direcção certa - na minha opinião, claro! Ainda não vi metade dos filmes que estão na lista-de-espera-para-as-nomeações-para-os-Óscares, mas os Golden Globe Awards deram-lhe mesmo na cabeça do prego!
Di Caprio levantar-se-há para receber a estatueta este ano, tal como o fez há umas horas atrás para receber o Globo? Iñarritu será de novo consagrado melhor realizador (não me lembro de tal ter acontecido dois anos seguidos...)? E The Revenant será então considerado o melhor filme do ano?
Já o vi, embora esta quinta feira vá à estreia por querer vê-lo "em grande". O filme é no mínimo fabuloso, o papel de Di Caprio... bom, o que eu tenho dito de há pouco mais de uma semana para cá, é que se não receber a estatueta, é melhor dedicar-se a uma profissão em que lhe dêem o devido valor, ou desistir de todo de marcar presença física na cerimónia... seja lá o que for preciso para ser agraciado pelo prémio, neste desempenho ele faz um 'check' nos quadradinhos todos!
E depois, CLARO, Inside Out - Disney+Pixar - arrecadou o Globo de melhor filme de animação. Não tinha qualquer competidor à altura, o filme é um marco.
Claro que o premio para melhor serie tinha de ir para Mr. Robot (muito original, sem dúvida, e que me deixou à espera da segunda temporada para confirmar uma teoria) e fiquei com ants on my pants para ver Mozart in the Jungle.
Agora vamos fazer contas e apostar em quem vai ser nomeado para os Óscares? Eu vou dar uma vista de olhos aqui, fazer um noves fora nada e depois publico a minha aposta nas nomeações a ver quantas acerto.
Quem quiser que faça o mesmo, e venha partilhar - apostas ou links para as mesmas - aí em baixo nos comentários, boa?
Fico à espera...