É que já não há palavras...
Mais um incontornável, levado pela doença que já vai sendo costume... uma grande perda a juntar a tantas desde o início do ano.
Que isto não seja uma amostra, ou acabamos o ano na miséria intelectual completa...
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Mais um incontornável, levado pela doença que já vai sendo costume... uma grande perda a juntar a tantas desde o início do ano.
Que isto não seja uma amostra, ou acabamos o ano na miséria intelectual completa...
Acordei tarde. Hoje era aquele dia para finalmente adormecer e deixar-me ir ao sabor do sono. Resultou
a maior parte das vezes que tento fazê-lo, acordo cedíssimo.
e depois do ritual matinal - dar de comer às gatas, tirar o café, pegar no mesmo, no iogurte e na banana, dirigir-me à sala, ligar o pequeno ventilador e o pc, pegar no telefone, ver sms's, verificar o FB, as novidades da página, as mensagens privadas, escolher a(s) imagens para o dia de hoje - para a pagina do blogue e para a pessoal, mais a para as paginas do Instagram - a pessoal e a do blogue, claro - dou por mim a pensar a quantidade de coisas que tenho de fazer hoje
melhor, que deveria fazer hoje que nenhuma parte de mim é máquina.
e entendo, mais uma vez, que qualquer dia fico maluca. Saltito entre o burn out e o bore out, entre desatar a trabalhar nas teclas como se não houvesse amanhã, andar de um lado para o outro a baysittar toda a minha gente,
que eu cá parece que sou bombeira.
ou ficar a fazer as vezes de uma couve galega no sofá, sem sequer ligar a televisão
é isso que as couves-galegas-de-sofá-fazem, não é? Vegetam em frente ao pequeno écran?
E vai daí não me apetece fazer nada. Nadinha. Nem dar uma de couve galega. Atirar para o ar,
talvez.
colocar o protetor solar em todas as partes do corpo que ficam à mostra, vestir-me de esquimó e ir até à praia e ficar lá a aproveitar o sol de inverno, sem telemóvel, só o livro que ando a ler e uma garrafa de agua, mais as chaves.
assim um grande que se lixe.
Borrifar-me para os posts que devia ter escrito e não escrevi
o mundo não acaba hoje, pois não?
querer-lá-saber da cozinha e das máquinas que há para fazer
o mundo não acaba hoje, pois não?
estar-me nas tintas para o jeito que o quarto precisa
o mundo não acaba hoje, pois não?
Mas o que me custa mais mesmo é largar as teclas, que há tanto para escrever... e eu nem tenho sabido para onde me virar ultimamente, no braço de ferro 'eu vs a-p*ta-da-vida', estou a perder por muitos... e esta semana foi tão estafante, leva um ao médico, vai ao hiper buscar o que está-mesmo-a-fazer-falta,
e entretanto afinal havia mais qualquer coisa, vais lá outra vez amanhã
ir ao banco, ligar ao banco, confirmar consultas e demais compromissos, depois acompanhar outro ao outro médico e zuut que se foi uma tarde quase inteirinha, e depois de já estar em casa
enfiar as chatices na arca congeladora.
pegar no pc, e vamos a isto, escrever, fotografar, postar, acompanhar o sorteio, alertar, ler os outros, comentar os outros, pegar no meu livro e ler um ou dois pequenos capítulos antes de desabar nos braços do morfeu, esgotada.
E pela manhã, ainda mesmo de abrir os olhos, sentir as chatices,
que entretanto fugiram da arca durante a noite.
ali ao lado da minha cama, em pé, a olhar para mim em silêncio, enquanto deixam uma poça de água à sua volta. E eu levanto-me, e vou buscar a esfregona, e apanho a agua, seco o chão, pego nos infames problemas ainda húmidos e, depois de tirar o café e dar de comer às gatas sento-os no sofá ao meu lado e atiro a moeda ao ar.
Burn out ou bore out?
Crianças lançadas no tejo seriam vítimas de abusos do pai
Mãe entrou na água com as duas filhas numa praia de Oeiras. Uma bebé de 18 meses morreu. A irmã de quatro anos está desaparecida. "Houve uma queixa mas não é nada que esteja demonstrado", disse ao PÚBLICO fonte da Polícia Judiciária (PJ) relativamente aos supostos abusos.
in Público, ler notícia na íntegra aqui
Sinceramente tenho as vísceras às voltas só de pensar no desespero da mãe, e na agonia que estará a sentir agora. O que é preciso sentir, a dor, a impotência de proteger, e tomar a decisão mais dramática para poupar as filhas aos maus tratos, à violência em que viviam. Querer dar um presente com um sol brilhante e só encontrar um buraco escuro onde vê uma já enterrada até ao pescoço, marcada com cicatrizes eternas, e outra a começar a enterrar-se...
Culpa? A culpa é de quem não agiu face à sinalização da família, quando estava em causa, além de maus tratos à esposa, abusos sexuais a duas crianças pequenas - uma delas com menos de dois anos!!
Será que os senhores que agora jogam ao empurra, de eu fiz a minha parte, tu não sei, e sacodem a agua do capote, porque não fui eu, foste tudo de certeza, eu segui o manual, vão dormir esta noite? Quem pegou naquelas folhas onde estavam escritos, letra a letra, os nomes das três vitimas - será que ainda se lembram? Será que associam os rostos aos nomes? - com os detalhes do caso, e fez seguir para o burocrata seguinte, sente culpa? Sente responsabilidade?
E não me venham com aquela história de ah são tantos, não podemos pegar em todos...
Não.
Peguem nos mais graves. Parem de entupir o sistema com falsos casos.
Façam triagem, atuem. Parem de passar a bola a outro e não ao mesmo.
São as instituições, tão institucionalizadas que dão nojo.
É a sociedade, que tapa os ouvidos aos gritos na casa ao lado.
São os professores/educadores que ao detetar sinais ativam os canais e ficam por aí. Somos nós, que nos preocupamos porque as coisas não nos correm de feição, e olhamos para o nosso umbigo.
Fomos todos nós que levámos aquela mãe a entrar na água com duas crianças, uma debaixo de cada braço, para acabar de vez com aquilo que pediu ajuda para solucionar - e ninguém deu.
Nem tu, nem eu, nem ninguém.
TENHAMOS TODOS VERGONHA. MUITA VERGONHA.
É o mínimo que esta mãe e estas crianças, merecem.
Eu,que sou a coisa mais renitente a criar rotinas, e que quando tenho mesmo, tento simplificar tudo ao máximo, descobri uma coisa fantástica,que não só limpa como esfolia ligeiramente a camada superior da pele. E isto com ou sem a utilização de produtos de limpeza.
Querem conhecer a história das minhas desgraças e da entrada da konjac na minha vida?
E de caminho, conhecerem umas dicas e truques, e ainda espreitar os preços dos produtos que ME parecem ser bons e ter uma boa relação qualidade/preço?
Porque é aqui que vou escrever sobre beleza, moda e demais (In)Utilidades...
Legenda:
1. 12 citações que gosto. Muito.
2. Zen: Filosofia Kaizen;
3. Lar doce lar: 5 formas de facilitar manter uma casa limpa;
4 Beleza: esponja Konjac - a oitava maravilha?
5. Cultura : Steve Jobs, de Danny Boyle;
Cada post corresponde a um dia da semana, sendo a ordem porque estão aqui apresentados, aleatória - o que espero corrigir em breve, de preferência já na próxima semana.
Para além destes posts, poderão surgir outros, igualmente com interesse (maior ou menor).
Vão passando por cá, que as novidades continuarão a surgir...
Depois de uma falha técnica (da minha parte), finalmente consegui fotografar o presente de aniversário para quem me segue!
Com todo o carinho,
Para se candidatar, é necessário:
Para se habilitar a ganhar outro conjunto similar ao da foto*, pode fazer um post no seu blogue dizendo porque merece este presente. É obrigatório mencionar esta iniciativa com um link para este post.
A todos/as** desejo boa sorte.
No 1º caso, o sorteio será realizado pelo random.org, quando a pagina atingir os 600 likes;
No 2º caso, os textos serão avaliados por um júri, cuja composição será anunciada posteriormente.
* a foto, para o segundo passatempo, é meramente ilustrativa, podendo a composição do conjunto variar.
** para os homens que pensam que este passatempo não é para eles: não tendes mulheres na vossa vida? Aiaiai...
E foi há precisamente dois anos que este pequeno nasceu. E tem andado entre estados de espírito, empurrões, cacetadas, mas apesar de nestes primeiros anos, a constância não ter sido um dos seus maiores atributos, a desistência andou sempre bem longe das minhas ideias.
Por isso
{e não vou repetir que a passagem do diário de uma dona de casa 2.0 para este blogue foi o inicio de uma outra fase}
estou aqui para agradecer a todos os que têm seguido este comboio, que tem sido movido a vapor, e depois de muitos obrigados, coraçõezinhos, beijinhos e todos os inhos a que temos direito
{detesto inhos, já vos tinha dito? Mas nos aniversários sou uma fraca...}
então apaguemos as velas e comecemos o terceiro ano no Porque eu Posso com força renovada, e novos projectos.
vamos começar e celebrar desde já com um presente!
Mais, posso adiantar que a partir deste fim de semana, a imagem do blogue vai mudar. Não o header - que é recente, e tem a ver comigo agora - mas o formato com que os posts vão surgir.
não se afastem muito, nem por muito tempo!
- é que o comboio deixou de ser a vapor...
Até mais logo!
O final do ano foi um corrupio, de coisas boas e menos boas, que me tirou capacidade tanto em relação ao tempo como ao ânimo, para escolher os melhores momentos do ano que passou. Não fiz o clássico balanço - tal como não faço decisões de ano novo que são assim como aqueles iogurtes com preço incrivelmente baixo, e autocolante fluorescente com os dizeres 'apoximação do final do prazo de validade'.
No entanto,se dispenso as frases começadas por "este ano eu vou...", já não dispenso sublinhar a marcador de cor viva as melhores coisas que o ano me trouxe, me deu, do que mais gostei...
Assim, apresento hoje uma rubrica que vai surgir aqui por estas bandas sem dias previstos e em número indeterminado, que celebra o que me fez sorrir em 2016, o que me aqueceu a alma, fez o coração bater mais depressa.
Poderia começar pelo momento do ano, mas não prometo nada, as coisas vão surgir como as lembranças, entre um tropeço e uma risada, de maior ou menor sopetão, de entre o tanto que não vou, nem quero, esquecer.
Vão passando por cá que, volta não volta, recebemos correio...
Na semana passada fui ao cinema.
até aqui nada de novo
Repito. E acrescento: ver um filme MUITO MAL classificado pela critica.
o que também não sendo novo, chama a atenção para o seguinte facto
Estou farta de ser empurrada para coisas intelectuais, inteligentes, oh-tão-mas-tão-boas, incontornáveis, e em que
não, a menina não tem só um vestido vermelho... tem um vestido vermelho porque a mãe, quando era pequena foi com o tio ao zoo, e entre os macacos e os golfinhos ele puxou-a para dentro da casa de banho, molestou-a, e para suportar o trauma, ela centrou-se numa frase escrita na porta do cubículo, "a Marta tem as mamas grandes". Escrita a vermelho. E agora a mãe da menina veste-a de vermelho de cada vez que vão ao zoo porque sente que a está a proteger de qualquer mal que esteja à espreita
isto sem qualquer explicação, tipo chega-lá-sozinha/o. Junta os pontos. Viste a cena da violação, viste a frase na porta, agora conclui.
Ui, que às vezes dá vontade de gritar
e que só-quero-ver-um-filme-sem-usar-os-miolos-ok?
E pronto, um filme com más criticas é garantia de distração.
Não é?
Regression, de Alejandro Amenábar (Mar adentro) é um excelente trabalho. Trás-nos um Ethan Hawke que já não via há muito, e uma Emma Watson... bem, acho que a vou ter de ver um ror de vezes a fazer bons papeis para esquecer este desempenho. Que é a única falha obvia no filme, um verdadeiro erro de casting.
Alejandro conseguiu fazer uma coisa que valorizo: eu não sou facilmente assustável. Tirando o clássico pulo na cadeira, não saio de um filme a, por exemplo, precisar de dormir de luz acesa, seja ele qual for.
No entanto, no intervalo (que teve o timing perfeito, por acaso, puro acaso...) quando fui ao lavabo, o ruído do fecho do cubículo, quando o manuseei, levantou-me os pelos da nuca.
É OBRA...
Depois na segunda parte, desconstrói-se o enredo que remeteu para o paranormal, e quando saímos do cinema, já não olhamos por cima do ombro.
Gostei do filme. Gostaria muito de ver este filme com... sei lá, com a Noomi Rapace, ou com a Saoroise Ronan... assim de repente é de quem me lembro... e a Mia Wasikowska, que seria talvez quem eu escolheria para o papel.
Ou seja, agradeço a sério aos criticos: os filmes a que torcem o nariz surpreendem-me sempre pela positiva.
De resto, faltam-me ver três dos filmes candidatos à estatueta dourada. Por isso, esta semana vou dar corda aos miolos... ou não ;)
No dia 2 de Fevereiro de 2005, sentei-me no desk top e escrevi: