Aquele momento...
... em que têm vontade de reservar um quarto de hotel com banheira, ali ao virar da esquina, só porque as saudades de tomar um banho de imersão são tão grandes...
(eu sei, este é um 'aquele momento' que não terá muitos adeptos...)
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... em que têm vontade de reservar um quarto de hotel com banheira, ali ao virar da esquina, só porque as saudades de tomar um banho de imersão são tão grandes...
(eu sei, este é um 'aquele momento' que não terá muitos adeptos...)
Há pouco tempo li uma sinopse de um qualquer livro, de que não guardei o nome, que terminava com a seguinte frase (mais palavra menos palavra): “um final surpreendente mesmo para um leitor experiente. Então é esse o rótulo que me encaixa: leitora experiente...
Experiente ou não, desde que consegui antecipar 85% do final de A verdade sobre o caso Harry Quebert, de Jöel Dicker e depois arrasado com um 20/20 no Numa floresta muito escura, de Ruth Ware, resolvi boicotar thrillers. O que a Fnac classifica como thrillers de serial killers ainda me vai entretendo, mas ainda assim, resolvi parar e procurar fora da caixa.
E neste post falei de passagem sobre um livro que referi ter sido um algodão doce inesperadamente bom (e sobre ele falarei, num post inteirinho porque o mesmo merece) - tendo logo a seguir repetido porque os thrillers me andam a dar sono, ou quase; ora bem, ESTE É O POST.
Ora se sinónimo de relativamente fora da caixa é romance cor de rosa, COMPLETAMENTE fora da caixa é romance cor de rosa COM UM TITULO ASSUSTADORAMENTE PIMBA.
A verdade é que a sinpose despertou-me suficientemente a atenção para o trazer para casa e o começar a ler nessa noite. E foram duas noites - e foi a segunda vez, tanto quanto me lembro, que dei por mim a chorar (trivia: a primeiro foi com O Ultimo Cais, da Helena Marques, já lá vai um carradão de anos). Mas deixemos as lágrimas de lado, coisa que tem a ver com a história de vida cada um, e um qualquer ponto nevrálgico próprio, e passemos ao que o livro tem de bom...
Sinopse telegráfica: a vida da protagonista, Brett, como ela a conhece, desmorona-se às primeiras paginas, e vai- se reconstruindo, ao longo do livro e à passagem de doze meses, tempo em que é suposto cumprir uma lista de vida que escreveu aos 14 anos, cláusula incontornável para receber a herança da mãe.
Sim, está bem, a leitora experiente foi antecipando o desenrolar da coisa - não me estou a armar aos cucos, é mesmo a verdade e não é mais que dececionante - mas neste caso preciso não fez qualquer diferença.
A qualidade da escrita é refrescante, já que antecipei para este tipo de livro uma escrita b.a=ba, sem forma definida. Enganei-me: apesar de não conseguir determinar a alma da autora, o formato é cuidado, o que não se pode dizer de muitos autores renomados.
Ora a minha querida Maria, #elaespreitame (e vice versa) muito especial , que também já leu o mesmo livro, citou aquela frase que adorei, nos agradecimentos - que é uma coisa que nunca leio, mas desta vez - e vá-se lá saber porquê - li. E passo a repetir, depois da Maria o ter feito...
Por fim, este livro pertence a todas as raparigas e a todas as mulheres que olham para a palavra "sonho" e pensam verbo, não substantivo.
Um excelente livro para a época silly, embora de silly não tenha muito - isto na minha opinião, que tenho intenção de o voltar a ler, quando estiver a necessitar de uma dose de copo meio cheio. Leiam e digam de vossa justiça...
E vamos ao assunto do momento: no domingo de manhã ainda não nos tínhamos levantado, puxei do telemóvel e descarreguei o jogo. Estiquei o braço e mostrei ao marido, olha, não quero ficar de fora, e para saber o que é, só experimentando. Fui dando ok - fiquei com a personagem padrão, recebi as instruções, cacei o meu primeiro Pokemon no tutorial como toda a gente faz. Depois, precisei da ajuda do "meistre" para ligar ao satélite, já que nunca usei o GPS - quando é preciso estamos sempre juntos, ele usa o dele e vai-me mostrando, pelo que conheço, situo-me, mas fico-me por aí.
Perscrutei a rua e vi onde estavam os mais próximos. Fui ao hipermercado (não, não estava de telemóvel em riste quando caí, seus más línguas!) e enquanto esperava a minha vez na padaria verifiquei a área.
Haver havia, mas todos muito longe. No caminho da minha casa para a da sogra, fui com ele aberto, a ver onde estavam - e iam sendo assinalados à medida que passava ( vantagens de não ir a conduzir!), tal como os lugares onde podemoso receber Pokeballs - um deles um ginásio, outro uma estação do comboio.
Mas foi o ginásio que me deixou a pensar.
Nada é de graça. O jogo é grátis? humhum...
A minha aposta... os donos de telemóveis de baixa capacidade que se vão preparando: não tarda muito estão a trocar de aparelho. Nomeadamente os que têm bateria built in, porque devido à temperatura que atingem, vai queimar rapidamente (e por queimar, não me refiro a ficar descarregada...), e não dá para tentar trocar a bateria - não sei se é possível mandar fazer isso numa loja, mas o preço é capaz de não andar muito longe de comprar outro... já os mais recentes e caros capazes, vão com certeza aguentar-se ao jogo... durante mais tempo.
Então, tirando o hardware necessário, quais serão as fontes de rendimento?
Sejam curiosos, comecem a reparar ONDE estão as maiores concentrações de pokemons. Aposto que tem qualquer coisa apelativa perto, e multinacional. Se ainda não estão a implementar esse recurso, não faltará muito - afinal, não se atira uma mina de ouro pela janela...
Os MacDonald's deste mundo (e outras marcas), tem fundos para investir, e colherão certamente imensos dividendos.
É que como se diz: não há almoços grátis...
Agora que já levantei a lebre, vou ali ao Farmville2 que tenho animais para alimentar e uma plantação para colher, antes de sair de casa.
Isto para jogos, como para tudo, de resto, cada um come do que gosta...
Cheerio!
Ontem comecei o dia no hipermercado, indo comprar o bolo e o asti para cantarmos os parabéns ao pikeno, que fez 20 anos no sábado - dia em que celebrámos a três, com jantar e uns cafés na esplanada, numa noite para lá de fantástica - depois do almoço em casa da avó. Ora lembrei-me eu de calçar os flip-flops que não usava há um ano (mais coisa menos coisa) e que tinham feito praia comigo - daqueles com sola grossa.
Ora, ponto prévio: SE CALHAR, (deveria ela ter pensado) as solas terão alguma areia incrustada...
Mas como ela nem sequer ponderou tal isso, estacionou, saiu da viatura e dirigiu-se ao tapete rolante. Ao mudar o peso do corpo de uma perna para a outra
penso eu, já que foi tudo demasiado rápido
e eis senão quando a sola do chinelo esquerdo não faz qualquer espécie de atrito com o metal do pavimento e escorrega como manteiga, a perna direita dobra graciosamente pelo joelho e acabo sentada sobre o calcanhar. E ei-la, com a perna esquerda esticada em frente e a de trás dobrada sobre o corpo, só me faltou abrir os braços e pareceria que estava a fazer yoga no tapete errado.
Ora não sendo o cenário o mais apropriado, e a escorregadela rápida demais, só ouvi os gritos de uma moça que vinha atrás. E o diálogo inevitável: está bem? e eu,
a levantar-me em contra relógio,que se tiver de me chamar as
atenções que seja pela positiva
estou ótima, tinha areia no chinelo... e ela, mas está mesmo bem? Assustei-me pensei que tivesse sido uma tontura,ou assim...
Entretanto já de pé, agradeci a atenção, pisei terra firme e desandei Centro Comercial dentro, em direção à entrada do hipermercado, a sentir um desconforto no peito do pé. Já depois de passar as cancelas, levanto a calça e solto um eish...! -uma esfoladela feia-feia, tipo medalha mesmo no centro. Salixe e toca a despachar.
Chegada a casa, pé na cabine, cabeça da mangueira de duche na mão: tudo na mesma: a pele terá ficado no tapete. Enrolo o pé numa toalha turca para secar sem esfregar (a ideia ainda agora me arrepia, es-fre-gar...), procuro um penso quadrado - sabem que os pensos da Ikea são altamente? São. - e colo-o por cima da ferida que se encontra já rodeada por um valente hematoma - um autêntico vulcão, em que o esfolado é a cratera.
E como está hoje, dona Fátima? Excelente pergunta. Ainda não espreitei, mas vou ter de o fazer e trocar o penso.
Mas foi a primeira vez que dei uma queda que não foi um esbardalhanço épico com direito a dez minutos de gargalhadas, e a giggles durante todo o dia quando recordo... e de todas as quedas, esta foi que me deixou um resultado mais espampanante - e doloroso.
Conclusão: hoje não há yoga para ninguém... rásparta.
Principalmente no Verão, a pele dos meus pés é bestialmente seca - de ficar branca como pedra de calcário. Uma desgraça. E o que é que eu faço para evitar que os dedos que saem da biqueira da sandália não assustem [nem rasguem os lençóis (não riam que se os lençóis não forem a estrear, arriscam-se a tal...)]?
Bem, a verdade é que entre os cuidados recomendados pelos especialistas (muito mais simples de que sequer imaginamos) e o que acabamos por descobrir por nós próprias, há alguns truques para pôr em prática e passar um verão de pés bonitos e macios. COMO?
No meu caso, descobri que o melhor do mundo, no verão, é uma vez por semana, antes de deitar, aplicar o creme para calcanhares gretados do Dr Scholl em todo o pé com uma pequena massagem, e calçar umas meias a seguir. Antes disso terei tomado banho e passado o esfoliante de corpo nos pés.
De resto, um creme de pés, o mais diariamente possível recorrendo às referidas meias - sem cano, só é preciso tapar os pés.
Deêm um salto aqui para lerem o post completo, onde também encontrarão conselhos low cost - e a receita para fazer o vosso esfoliante para os pés, eficaz e económico...
Eu estou lá!
Nas leituras, como um bocadinho em tudo, tenho andado para o errante. Ou pego num livro e leio um capitulo por dia, ou dois, ou recosto-me nas almofadas e vou do inicio ao fim. Ou ainda, divido a coisa por duas noites... depende muito do livro, do espírito... e quando acabo um, para decidir qual o seguinte que me apetece, acabo por fazer uma pequena torre ao lado da cama... vou levando três ou quatro, na manhã seguinte mais um ou dois... e por aí adiante, Depois descubro AQUELE... e regra geral os outros só voltam para as prateleiras algum tempo depois. Neste momento devem ali estar uns seis, que separaram o último que li e o que estou a ler agora.
Ora, sendo o anterior um algodão doce inesperadamente bom (e sobre ele falarei, num post inteirinho porque o mesmo merece), e estando eu a sentir estar a ficar expert em thrillers, como lamentei aqui, resolvi procurar qualquer coisa diferente, sem recorrer a livros como o antepenúltimo* que li (duas noites): "Manifesto de como ser interessante" - um livro como que de teens para teens, com um formato diferente, super criativo, e que passa a pente mais ou menos fino muitos dos problemas chave dos membros da faixa etária a que se destina, e que me regalei a ler.
Desta vez fui pelo sóbrio, gostei das primeiras paginas e decidi: é este.
Não sabia eu no que me estava a meter...
Em primeiro lugar, a obra em questão arrebata. Logo no final do primeiro capítulo estamos suspensos e aflitos. Esse desconforto alastra e às tantas sentimos a angústia a sufocar-nos e o pânico a alastrar até nos custar a respirar. Não conheço mais nada desta autora, mas se for tudo dentro deste registo...
A sinopse: um pai que acede ao pedido do filho em treinar condução numa estrada deserta, à noite, e o inesperado acontece: é atropelada uma rapariga que corre, vestida de negro. E o pai decide, no calor do momento, engendrar um plano por forma a evitar penhorar o futuro do filho. E tem lugar uma bola de neve que vai aumentar de tamanho e arrasar tudo à sua passagem.
Este é um livro que estou a ler a conta-gotas, porque não consigo, de todo, avançar mais depressa. E sempre que fecho o livro estou angustiada.
Mesmo angustiada. Não me lembro de ter, até agora, lido um livro com este impacto. E eu leio. Mesmo muito...
Recomendo, mesmo! - mas com precaução e em doses moderadas...
(quando acabar, se for caso disso, emendo a mão, mas não acredito, de todo, nisso...)
Mais de que ataques - suicidas ou não - é conseguir fazer-nos acreditar sem sombra de dúvidas, que quando uma pessoa espirra ao nosso lado, morreremos dentro de 24 horas, em agonia.
Nice.
Primeiro foi o atentado conseguido (euronews, com video).
Depois, isto, paralelamente à evacuação do aeroporto - que entretanto já retomou a normalidade (seja lá isso o que for...)
Todo este ambiente gerado, é terrorismo. A capacidade de pôr um país em estado de choque, com medo da própria sombra, é mais avassalador de que as 84 vítimas mortais.
E serei só eu que, a cada vez que há um ataque em França, penso no que poderá estar a ser preparado para a Disneyland? A ser conseguido teria um impacto mundial avassalador... e ninguém sabe disso melhor que eles.
Independentemente, o tempo é de luto. E raiva. E a certeza de que não são precisas armas sofisticadas: um camião chega.
E o medo. O medo é o efeito pretendido e a maior arma,
Isto é uma vergonha, mas de há uns dois anos para cá, raramente leio blogues. Vou espreitar a Maria das Palavras, A Miúda, porque gosto ou me aparecem no feed de notícias do facebook. Não meto os pés no bloglovin, porque são tantos os "blogs que (não) sigo" que só de pensar fico tonta. Gosto da Gaffe. Do Gato Pardo... e mais uns quantos mas daí a ir vê-los com frequência...... o meu tempo está distribuído de outra forma.
Por isso nestas 'follow fridays',tenho tendência a destaca os últimos que descobri e de que gostei. Este mês o meu destaque vai para "Os desabafos da Mula".
Gosto da escolha dos temas que aborda. Gosto da forma como o faz. Gosto.
Gosto, pronto!
Finalmente vou falar do Euro 2016!
Dizer que senti orgulho é pouco. Quando metemos a bola na baliza, os meus olhos arregalaram-se e consegui correr na minha sala - que é pequena (ainda mais pequena se contarmos com a enorme otomana, mais a mesa de centro, e ainda uma caixa imensa a transbordar de livros para distribuir nas prateleiras suplementares). O meu marido alternava entre a minha figura e o écran da tv, vá-se lá saber qual era o melhor espetáculo de euforia...
Foi da contenção do "vamos lá a ver...", e repetição do mantra "eu acredito" enquanto os dentes chocalhavam de pânico ao "...e querem lá ver que vai ser desta? MESMO desta?" em 120 minutos. E depois foi o "segura, segura isso... queima tempo... vai, é isso mesmo..." já saídos da boca do marido que finalmente acreditava com as dez letras, a perder o receio a cada segundo. Eu ia segurando a respiração, olhando mais para o relógio no canto superior direito do écran, e roendo as unhas sem usar os dedos.
E, depois dos dois apitos, foi a loucura.
Fizemos História - assim, com maiúscula. Ainda agradeço ter acontecido agora - se o meu pai ainda fosse vivo tinha ficado tão feliz! - em que eu posso pular, e aproveitar. Acabei a noite na varanda, de flûte de asti na mão (italiano, chiaro!) a ver as caravanas aos meus pés, com uma alegria que não me cabia no peito.
[E na segunda acordei com vertigens, que se estenderam até ao final do dia de ontem (hoje já são só uns lampejos, nada que me afaste da estrada daqui a nada) e vi a festa da chegada pelo tablet - não me conseguia levantar sem me espalhar. Foi lindo, tão mas tão lindo! Mas isso é outro post... que há gente que já me deixou as entranhas às voltas. Hei-de falar nisso em breve...]
Estes senhores também mereciam um prémio: estiveram em todos os jogos, e passaram a imagem dos super portugueses divertidos com honras de criatividade e boa disposição. Vão ter histórias para contar (e fotos para mostrar), aos netos e bisnetos. E divertiram-se a valer. Boa!
Sempre achei que nós, humanos, não adotamos os felinos: eles deixam-se adotar, ou então, preferencialmente, adotam-nos.
Aqui nos quintais traseiros, há um gato amarelo, doce como o mel. A sério, o animal gosta de pessoas, de mimos e... de conversa. Abrimos a janela e mal pomos a cabeça de fora ele aparece, a pedir comida. Assim que acaba de comer, deita-se na placa de zinco do avançado da minha vizinha, e ali fica enquanto falamos com ele, a fechar os olhinhos, e a retribuir-nos a atenção, rendido com os olhos rasgados entreabertos deleitado com a atenção.
Mas isto acima devia estar no passado, porque o MO mudou...
Agora é assim: Eu abro a janela. E o mel* salta para o parapeito, e vai enfiar a cabeça nas malgas das gatas - que não estão a achar piada nenhuma à coisa, diga-se de passagem, mas não se viram ao rapaz.
Depois resolve dar uma volta de reconhecimento pela casa. No domingo, veio até à sala e deitou-se ao meu lado no sofá. Hoje foi para o meu quarto e enfiou-se debaixo da cama. De resto, pavoneia-se no corredor, a armar-se em seguro, sempre atento ao fato da janela da cozinha estar aberta. As minhas gatas ficam a olhar para mim com cara de ponto de interrogação e eu vou passando os três pelo colo, à vez.
Mas o mel é incrível: com qualquer um de nós três - eu, o marido ou o Tomás, que foi o primeiro a ser adotado, ele já tem dormido na cama com ele e tudo (com a janela do quarto aberta, bien sûr) - o bicho desfaz-se em mimos e carinhos. Um doce só.
Elas, as pikenas, lá vão aguentando a coisa, em caso de dúvida com o "penetra" refilam... uma com a outra. Mal por mal, conseguem antecipar o resultado
(eu antecipo o resultado com o outro: mais depressa ele
se borra de que se pega com elas...)
Não somos os únicos benfeitores do gatito: acho que toda a gente nas redondezas o vai alimentando por hobby; o problema é que ele come por fome, e não por desporto: hoje virou num quarto de hora o que as minhas duas comem em dois dias...
E é assim. Temos mais um membro na família, em guarda partilhada...
*mel está em minúsculas porque o menino não tem nome. De Angél, a minha primeira escolha,a Dio (de Dionisio) a escolha doTomás - a que ele reage, não há escolha definida.