Ontem vi os Óscares em direto: com o pc ao colo e várias abas abertas: na pagina do blogue no FB, no Twitter da Academia e nos ashtags oscares, em oscar.go.com, no Instargram da Academia, no blogue, no chat do FB...
Sim, sei que sou um nadinha doida. E todos os anos vejo os Óscares em direto, desde que passaram a ser transmitidos. E como quem segue este blogue sabe, eu NEM vejo cinema só na altura das estatuetas, NEM tenho opinião sobre cinema exclusivamente nesta altura.
Antes de mais nada, deixem-me dizer que se não fosse o Jimmy Kimmel aquilo, até à penúltima entrega. tinha sido booooooringgg! - e depois, prontx, à conta do sacrificio necessário para aguentar toda a transmissão, ninguém teria chegado a ver aquilo sobre o que se tem escrito em todo o lado.
Esta cerimónia teve o final de que se fala, e que me deixou de boca aberta durante dez minutos. Escrevi sobre o assunto na hora, antes de me deitar às 7:00h, com os miolos feitos em papas de sarrabulho, a despeito da sobrecarga de adrenalina, cortesia do final da cerimónia.
Acordei às 9:00h, para ir num pulinho expelir as litradas de água que bebi a acompanhar os Óscares (só Frize pepino/gengibre foi um pack), mais uma garrafa de litro e meio de agua lisa... e deitei-me para dormir. Às onze e uns trocos a Piccolina desatou num choro desesperado na cozinha e eu desisti de continuar a tentar fazê-lo.
Andei a baixar os estores das divisões em que entrava, com uma dor de cabeça pungente, e a tirar cafés. E a acertar em TODAS as ombreiras de porta que se atravessavam no meu caminho - porque elas andavam mesmo a marrar comigo...
Depois de três cafés, um deles com buééééé natas e topping de caramelo (energia, pipól, energia!) chegou a hora de rumar à capital comigo a pensar 'isto hoje vai ser lindo...', o Tico e o Teco até ressonavam, cada um para seu lado. Tomei um café na estação aqui, outro no café ao lado do consultório, e quem me abriu a porta foi mesmo o terapeuta, de modo que nem pousei o meu toosh no sofá da sala de espera.
Engraçado é que correu lindamente, o Tico e Teco colaboraram, e depois vieram no comboio a dormir, deixá-los.
Mas como digo no título, acho que isto é ter jet lag (nunca fui suficientemente longe para ter um a sério).
Esta é uma história que se começa a (tentar) contar pelo final.
"E o Óscar vai para..." troca de olhares... troca de olhares "... vai para..." La La Land!"
Vai a equipa toda ao palco, e eu perguntava onde é que está o Chazelle (a ver se se redimia depois do discurso merdoso de aceitação do Óscar para melhor realização), e não o via em lado nenhum.
E depois alguém pegou no envelope, olhou para a plateia e berrou, é pá anda cá acima receber o Óscar, ISTO NÃO É UMA BRINCADEIRA, anda cá acima que o Óscar é teu!
Nesta altura não sei se foi pelo próprio pé, ou se o foram buscar, mas o Barry Jenkins chegou ao palco no momento em que alguém mostrava para a câmara o papel que dizia
Best Motion Picture,
Moonlight
E o meu queixo caiu, tal como o de toda a gente que estava no Dolby Theater e amis o da entourage do La la Land que estava (obviamente) a festejar a vitória, e que cedeu i-me-di-a-ta-men-te as estatuetas à equipa de Moonlight, depois houveram os agradecimentos, e o Warren Beatty tentou explicar o erro, mas JÁ NÃO FOI, DE TODO A MESMA COISA.
O Jimmy Kimmel estava perdido, sem saber muito bem se pedia desculpas a uns, se dava os parabéns aos outros, toda a gente na sala de boca aberta, os afroamericanos quase todos a chorar de telemóvel em riste a filmar os outros afroamericanos de careca na mão...
Julgavam que os Óscares eram, não só mas também, "só" politica?
Não foram.
Foram um valente molho de bróculos cozidos a vapor sobre agua quase fria - os discursos da noite foram todos tão insossos que pareciam servidos em tabuleiros de catering de hospital. O único gajo que chorou foi o Affleck. E a Emma lá se comoveu.
E depois... isto!
Assim como num jogo de futebol há um jogador eleito ocomo o melhor do jogo, aqui o melhor da noite foi mesmo o anfitrião. Tiravam o Kimmel e aquilo tinha sido intragávelNo final,e para encerramento da noite, Kimmeldisse: "a responsabilidade foi minha, eu jásabia queia acabar por dar cabo disto tudo!", e deu a sessão por encerrada..
Isto não aconteceu, isto não foi possível acontecer porque
A razão porque alguns atores e atrizes estão a usar laços azuis na red Carpet prende-se com mostrarem solidariedade com a American Civil Liberties Union, fazendo parte da "Stand with ACLU". Ora isto em português de Portugal quer dizer que teve um aumento significativo de apoios desde a immigration ban do Presidente Trump.
É mais uma forma de protesto contra a nova politica de imigração de Trump...
Não vou debruçar-me senão nas categorias "ditas maiores"; primeiro porque não vi os filmes TODOS que são indicados para as outras categorias. De qualquer maneira, "Beasts and..." e "Dr Strange", estou a torcer por vós!
Agora nas principais:
Melhor filme
Aposta: La La Land
Desejo: La La Land - mas também pode ser Manchester by the sea ou Hacksaw Ridge.
Melhor realizador
Aposta: Damien Chazelle
Desejo: Damien Chazelle - mas também pode ser Kenneth Lonergan ou Mel Gibson.
Melhor atriz
Aposta: Emma Stone
Desejo: Meryl Streep
Melhor ator
Aposta; Casey Affleck
Desejo: Casey Affleck
Melhor atriz secundária
Aposta: Viola Davies
Desejo: Viola Davies
Melhor ator Secundário
Aposta: Dev Patel
Desejo: Jeff Bridges
Melhor Banda Sonora
Aposta: La La Land
Desejo: dividida entre LaLa Land e Jackie
Melhor canção original
Aposta:La La Land, The fools who dream
Desejo:La la land, The fools who dream, DE-FI-NI-TI-VA-MEN-TE
Ontem não escrevi,. Não estava com a cabeça assente, e não consigo escrever quando estou assim. EU sei que é suposto ter rascunhos prontinhos para publicar quando estamos em dias assim, mas eu não sou uma rapariga prevenida e organizadinha... quando escrevo, publico. Posso agendar para daí a umas horas, mas publico no mesmo dia.
E claro que me complico a vida. Se eu conseguisse ter três rascunhos acabados que fossem, o blogue não caía desamparado como caiu ontem (foi um pico invertido, lol).
E vai daí,porque andávamos há um ror de tempo para comprar um banco para a entrada que dá para colocar sapatos por baixo, em duas carreirinhas empoleiradas em barras de ferro preto...
... fui à Ikea. E como um dos meus carregadores tinha ido à viola, e não tinha como carregar o "bicho" no quarto, comprei isto:
E das duas uma: ou eu sou muito burra, ou o gajo não funciona. 'Tou possuída. Tenho de ir outra vez a Alfragide para devolver uma merda que me fazia falta, e vou pagar quase o mesmo por um carregador com fio, e toda a gente sabe que é por aí que os telemóveis avariam com mais facilidade!
No regresso, às 18:00h, guess what? Apanhei engarrafamento e levei um monte de tempo para chegar a casa. O que não me aborreceu de todo, porque eu gosto de transito. Metade fiz em ponto de embraiagem e a outra metade em ponto morto. Depois entrei na ponte, e foi até casa de seguidinha.
Agora gostava mesmo que aquela porcaria funcionasse! Acho que a vou testar outra vez (quanto mais não seja para ter de a arrumar muito certinha dentro da caixa, a seguir ...)
Alguém tem um destes que me possa esclarecer alguma coisa que eu não tenha "apanhado"?
Da faque...
Update: testei outre vez. Está, de facto, outra vez na caixa...
( só pode ter a ver com o telemóvel que foi lançado em 2016 mas deve ter uma qualquer incompatibilidade com o animal... vou perguntar na Worten antes de ir para Alfragide... outra vez...)
Fica na história: a par com o Hachiko, é o filme onde mais chorei até hoje. A diferença é que no Hachiko chorei uma vez; em Hacksaw Ridge, chorei várias.
O filme acabou, deram os créditos e eu continuei a soluçar baixinho.
Passei de uma a duas sessões de psicoterapia por semana. Isto quer dizer, ao contrário do que se pode pensar, que estou com uma evolução super favorável, e ao aumentar as sessões, intensificam-se os resultados.
Quem sofre é a conta bancária, mas no meio disto tudo vão-se os (quais?) anéis e fiquem os dedos.
E esta semana é a semana em que dobramos pela primeira vez. Ontem fui, voltei, e depois de estar em casa há umas horas começaram a suceder-se merdas atrás de merdas, que deixaram o pipól (eu e o mais que tudo) atolados, tanto que hoje até acordei atordoada.
Que porra, nós devemos ter uma parede branca atrás de nós, que se mexe quando nos mexemos. E volta na volta, lá vem um pelotão de fuzilamento. Ontem foram três, à vez, mas numa sequência perfeita. E ra-ta-ta de um lado, e ra-ta-ta de outro, e ra-ta-ta do terceiro. E quem se põe à frente é sempre o marido, e ontem, é pá, foi demais, ninguém merece - muito menos ele. E ainda por cima tem de lidar com as minhas idiossincrasias, que só por si já são dose.
Já chega. Já chega de aturar os outros, de fazer esforços, sacrifícios, de pensar neles de os pôr em primeiro lugar. Ainda não estou capaz de dar o corpo às balas, mas pelo menos posso tentar empurrá-lo para longe do alvo.
CHEGA.
Ou ganham juízo, ou podem procurar outra parede onde mijar, que nós já aplicámos a tinta refletora..
Este ano Hollywood terá patrocínios de laboratórios farmacêuticos que comercializam antidepressivos e ansiolíticos. É que é um atrás do outro! E ainda me falta Moonlight - que dizem ser o mais depressivo.
Como em tudo, sentir o filme (neste caso) como depressivo, não está no filme mas em nós e na perceção que temos do mesmo, bem como do nosso contexto emocional no momento em que o vemos.
Denzel Washington está fantástico (e arrepiante nas entrelinhas) e Viola Davis... bom, ela ganhou TUDO por esta interpretação!
Mas o trabalho de todos os atores está numa sincronia perfeita.
No inicio disse ao Victor: "podia ser uma peça de teatro". No final confirmou-se que era a adaptação de uma (é no que dá ir ver um filme sem fazer os trabalhos de casa: sabia duas coisas - que Troy, era um jogador de basebol que não tinha conseguido seguir o sonho, e que o filme era candidato ao Óscar na categoria de melhor filme, melhor atriz, melhor ator e melhor argumento adaptado. De resto, fui ver o filme às escuras...
Acabei com aquela sensação de entranhas embrulhadas. De ter ar para respirar mas precisar de mais.
Podia agora dizer que 'até tenho medo de ver Moonlight' mas a verdade é que já nem tenho!
Este Fences foi uma daquelas coisas que nos estão na pele, é como vislumbrar num espelho pequenos flashes que nem conseguimos situar, mas que nos incomodam. Mesmo muito, mas discretamente - assim como se nem lá estivessem.