Gostava mesmo de saber mais sobre jazz...
A serio. Sou daquelas maluquinhas que só ouvem Smooth FM - o que já é um progresso, já que eu não ouvia rádio. Estação nenhuma. Tinha as minhas playlists e ia por aí. E depois descobri a Smooth... oh happy day.
A escolha musical da estação, que tem como slogan "and all that jazz", tem muito de swing e menos de jazz à séria. Tem muito de crooning (o que eu adoro crooning!), muito de chill out jazz, assim para o comercial, mas menos monstros sagrados - sim, eu sei que eles vão lá passando todos, mas também passa muita Dianna Krall, muito Harry Connick Jr, algum Sinatra, algum Bublé... e adoro-os todos, mas não deixam de ser o lado popularucho do jazz.
O ano passado, estava eu ligada na estação e ouvi que o CCB e a Smooth iam dar um concerto de jazz no dia de aniversário do Victor. E lá que lá fui eu à Fnac comprar os blhetes.
E no dia 28 de Outubro estávamos sentados na quarta fila da plateia, e à hora marcada entrou o artista e dois músicos em palco. Se amei? Ah, amei. E quando acabou, o titulo do post martelava-me na cabeça, porque se eu entendesse realmente de jazz ainda teria sido mais épico. E depois, cereja no topo do bolo, mr. Pizzarelli veio assinar Cd's, bilhetes, whatever e tirar fotos com os espectadores do concerto.
Na fila para o meu brinde (o homem é que fazia anos e a prenda foi minha), ouvia os senhores e senhoras que estavam à frente a atrás de mim, muito cheios de si (como só no CCB, acho eu... ou então é a ideia de que o jazz ainda é offstream, a "escolha de uma culta minoria" que os fazia enfunar as penas e espetar o peito como os perus) e que à conta dos comentários, não percebiam mais que eu. Mas tinham uma vantagem: conheciam Pizzarelli, e eu tinha acabado de descobri-lo
acho que só disse isto ao Victor uns dias depois...
- ele conhecia-o desde o final da adolescência
E saí do CCB com os olhos cheios de estrelas. Tinha descoberto uma pérola (que, sei agora, é um habitué da smooth, e tem uma vez absolutamente inconfundível) e não só tinha trocado umas palavras com ele, como trazia um cd autografado E uma foto de braço por cima do ombro - oh-que-buddies-que-nós-somos...
Três meses passados, não sei muito mais sobre o assunto. Sei do que gosto e do que gosto menos. Sou incapaz de ouvir jazz sem abanar a cabeça e me deixar ir. Reconheço a guitarra de 9 cordas do Pizzarelli (não é tão fácil como a voz, mas também não é rocket science) aos primeiros acordes - mesmo que este esteja a acompanhar e não vocalize; sei que é ele naquela guitarra.
De resto, olhem, tenho de continuar a escutar, e ver uns documentários...
Mas continuo Smooth addicted. Não há volta a dar :)