Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Mesmo agora li nos destaques um post sobre uma das séries do ano (até ao momento), Por 13 razões, que vi quando estreou, de duas penadas, e que mexeu comigo. Pensei em escrever sobre o assunto mas achei que faltaria qualquer coisa, e a mesma pede uma abordagem cuidada... depois entrei em reclusão, e não o fiz.

 

E agora estou aqui a escrever sobre uma das razões (transversal, de resto) que levaram Hanna, 17 anos, ao suicídio. O bullying.

 

Quase toda a gente, de uma forma ou outra passa por situações no secundário, que deixam marcas. Não, não nos formam (quando muito deformam...). E cada um reage à sua maneira, sendo que a grande maioria supera e seguem em frente, com maiores ou menores cicatrizes. Mas nunca indiferente.

 

Apontar o dedo a reações extremas como a da personagem principal da série/livro - principalmente depois de ver os 13+1 episódios da série - pode querer dizer uma mão cheia de coisas, nomeadamente mostrar uma incapacidade de empatizar com terceiros, ou ter passado - ou estar a passar - por situações similares e achar que, se eu aguento, ela também tinha de aguentar.

 

Infelizmente as coisas não são assim tão lineares.

 

Porque a vida das Hanna's desta vida não começa no primeiro episódio duma série, e o que se passa antes cria o contexto, conferindo-lhe uma pele mais ou menos fina, uma capacidade maior ou menor para lidar com as contingências de uma escola secundária, e da vida, de resto. Porque às vezes existem maiores ou menores patologias - ou mesmo apenas uma pequena falha na auto estima que se agiganta - que inferem uma reação mais intensa às pequenas coisas e qual jogo de espelhos, multiplicam o sofrimento ao infinito. E, muitas vezes, tornam o ato de continuar demasiado difícil.

 

Não estou a, nem quero falar da serie, não hoje, não aqui. Talvez um dia destes escreva sobre a mesma e há tanto a dizer sobre ela, desconstruí-la é um jogo fantástico, mas hoje não.

 

Hoje falo das vitimas de bullying. Das que se levantaram, sacodem e seguem em frente a fazer pressão sobre a ferida, até que esta não passe de uma marca indelével, e das que não o conseguem fazer. Das que deprimem, passam a ter ataques de ansiedade, das que mudam de escola uma, duas, três vezes, e para nada, das que ficam com fobia de multidões. Das que recolhem à concha, a trancam e deitam fora a chave e se recusam a voltar a sair de casa e pôr os pés na escola. Das que se deitam na cama e não se levantam mais, a não ser por motivos fisiológicos. Das que insistem, até que não podem mesmo mais e se atiram para baixo de um carro, ou tomam uma ou duas caixas de comprimidos dos pais, ou cortam os pulsos.

 

Nenhuma, NENHUMA dessas reações é reprovável, nem sinal de fraqueza. Cada um de nós tem o seu ponto de rutura, aquela linha traçada no chão que quando ultrapassada provoca reações inesperadas.

 

É triste e exasperante, frustrante, quando alguém se suicida. Não deve haver revolta maior para quem fica vivo, e que o que nos leva a gritar porquê. E para nos apaziguar os esqueletos que temos no armário, vomitamos uma sentença: cobardia.

 

Oh, o incómodo de alguém nos obrigar a olhar para o espelho da nossa vulnerabilidade, e que não, não somos super pessoas, não temos as costas assim tão largas para carregar este mundo e o outro. E assim, torna-se mais fácil apontar o dedo e dizer que o suicida era fraco e incapaz de lidar com o que tantos lidam. Como se fossemos todos exatamente iguais, clones uns dos outros, com os mesmos pontos fracos e fortes, e a dor que sentimos - tal como a que provocamos no outro - tenha precisamente os mesmos contornos, a mesma graduação, e tenhamos todos as mesmas armas a brandir no momento X pelo qual todos passam, da mesma forma. 

 

O bullying é uma das formas mais abjetas de nos reduzirem - ou de reduzirmos o outro - até ao pó que se chega a sentir. O nada. 

 

E não vou aqui pregar que só uma rede de amigos, só uma comunidade alerta pode ajudar, prevenir. Porque tantas vezes só sabemos tarde demais.

 

Não vou é suportar nunca que se diga que o bullying tem de ser superado e que o suicídio é cobardia.

 

Porque garanto que quem fala assim não sabe do que fala.

 

angustia.jpg

 

"Dois em cada três portugueses são sedentários", diz o Expresso.

 

Acho que o estudo não está, de todo, atualizado. Ou não foi feito em áreas (suficientemente) diversas. 

 

Quase todos os meus amigos são "agarrados" ao desporto. Seja em sala, em aulas, running. Têm aquilo de tal forma entranhado que todo o resto fica condicionado pelo horário do treino. 

 

Até o meu marido treina quase todos os dias (mas com flexibilidade tanto de horários como no facto de 'se não treinar hoje, temos pena')

 

Eu?

 

Eu sou, mesmo, mesmo, sedentária. A única.

 

gim.jpg

 

... que o mundo assistiu à homenagem a uma das figuras icónicas da musica dos nossos tempos.

 

Houve UM Freddie Mercury e não vai haver mas nenhum. NUNCA!

 

 

Também o George Michael é peça única, por isso não há coisa melhor que juntar dois em um, numa amostra do show.

Para verem mais prestações, cliquem aqui

(algo me diz que este titulo é um imenso pontapé na gramática...)

 

Bem, a menos de 6 meses do meu quinquagenário - yup, este ano faço 50 anos e adoro a ideia

 

(ok, se calhar haverá alguma ambivalência na forma entusiástica como encaro este marco, mas deixo isso para as-conversas-a-dois-de-segunda-e-quinta...)

 

- e há uma coisa que me garanto - e a vós também:

 

eu não vou passar esta barreira com o número que consta na etiqueta da roupa que visto neste momento.

É pá, não vou. Inclusive quero fazer uma sessão de fotos para marcar a data/efeméride, e tudo a que tenho direito, e não a vou fazer "assim". Assim mega-lontra, estais a ver?

 

Agora voltando ao título: sou só eu que quando me proponho a fazer um regime de perda de peso fico com todas as certezas do mundo de que não vou emagrecer? De que vou irritar-me, dizer que não enquanto a minha cabeça berra que sim, e quando avanço, fica lá atrás agarrada à vitrine da

 

          a) gelataria

          b) pastelaria

          c) corredor onde estão os packs de sidra no hipermercado

          d) etc

 

a chorar, a implorar, e finalmente, a fazer uma valente birra digna de qualquer puto mimado de 3, 4 anos ou assim, e que não vai adiantar de nada?

 

56fea128f801ace163591abc593c1a39.jpg

 Já aconteceu antes - de todas as vezes que resolvi perder peso - e depois começo a sentir a roupa mais larga e é a loucura, ninguém me para.

 

Agora acreditar que a roupa me vai ficar mais larga é outra conversa... sou daquelas a quem uma dieta draconiana de uma ou duas semanas (por exemplo, à base de substitutos de refeições) costumava servir de pontapé de saída e depois era seguir o bom senso, que o tenho, e as regras que li e reli ao longo desta vida em revistas e livros sobre o assunto.

 

Mas - e há sempre um mas - neste momento aqui a vossa amiga meteu na caixinha dos pirulitos que como estou naquela fase de quem-está-para-entrar-mas-ainda-não-entrou na temida menopausa, e o raio do corpo já muda

 

(que desagradável! a sério, nada é mais irritante que subir duas copas de soutien assim do nada... isso e ganhar uma bóia de salvação à volta da cintura...)

 

agora é que é: vou fazer sacrifícios e os números da balança vão olhar para mim com cara de paisagem, "não mexe não respira".

 

E isso, meus amores, é aquela razão para não avançar sem medos, e ao invés, ficar armada em ratinho assustado ...e agora e agora??, e não alterar o que devo.

 

Chiça, não é ciência nuclear: é gastar mais de que a energia que entra e (pelo menos) primar pela qualidade do que como... e cortar com gorduras, alimentos processados... e pronto REDUZIR os açucares (ninguém me tira da cabeça que o inimigo nº 1 a que chamam veneno hoje, o vai deixar de ser daqui a um ou dois anos - muda o alvo/moda) mas o açúcar tem de ser uma exceção. Nunca um aditivo a consumir com regularidade. Idem para o sal, que ainda por cima promove a retenção de líquidos...

 

Isso tudo e mexer-me mais um bocadinho - ok, tirem a palavra 'mais' da frase anterior, que a coisa fica mais fiel à verdade...

yoga-metabolism-001.png

 (para ver melhor e entender porque o yoga ajuda MESMO a estimular o metabolismo, vão aqui, onde até a imagem tem a qualidade que lhe falta aqui...)

 

Mas a sério, sou só eu que me convenço destes disparates que em intelectualizando não fazem sentido nenhum, mas que nas minhas entranhas gritam que são mesmo-mesmo-mesmo verdade?

 

Canudo, temos sempre que complicar tudo?

 

Népia, nicles.

Levantei-me, dei  pequeno almoço às gatas, tirei o café e misturei o iogurte e o müesli, dirigi-me ao sofá, peguei no pc e liguei-me ao Netflix.

Desde ontem que estou a ver o Designated Survivor - o IMDb atribui-lhe 8.1/10 - completamente merecidos, com o Kiefer Sutherland. Ontem vi, acho que, quatro episódios, o que quer dizer que hoje... vi dez. Na primeira parte da maratona de hoje, só parei por duas vezes: uma para fazer torradas e outra porque o Netflix queixou-se de estar no ar há muito tempo (ou então foi o pc que ficou cansado) e tive de fazer reboot.

 

Escusado será dizer que estive sozinha, o hóme foi trabalhar. E quando ele chegou fiz mais uma pausa e fomos tomar uns refrescos à esplanada.

 

Mas quando voltei, pimba. E parei para fazer o jantar, jantámos, e vimos um filme, também no Netflix. Quando acabou, tunga vi o 14º, último episódio disponível no site.

 

Estou assim para o wowada (não tenho outro adjetivo).

 

Ok, gente séria, dia 12 (acho eu) sai o episódio 15 no Netflix.

 

E vale mesmo a pena ver.

 

Designated-Survivor-ABC-TV-series-artwork-Kiefer-S

 

Ando a fintar o blogue, o Instagram e mais as outras redes sociais sociais todas. Quando fiquei melhor (e depois vieram outros abalos, que de comuns já se disfarçam do que podem e me fizeram sentir doente outra vez - mas só uma noite, que na manhã seguinte chutei para canto) reparei que a mina vida está transbordante. Às vezes de pessoas, outras de momentos, e essa perceção foi tão positiva! E de repente, o que me fazia correr teclas fora, o que me fazia clicar no disparo da máquina fotográfica do telefone deixou de ter (tanta) importância.

 

Não sendo nada de pessoal em relação a quem aqui vem, a quem procurou updates - DE TODO! , a verdade é que necessitei de tempo para passear "cá por dentro" e descobrir o que mudou nas últimas semanas. Do tanto que mudei, e em concomitância, todo o resto que se alterou, a começar com a forma como olhava e interpretava algumas das coisas que compõem o meu um-dia-atrás-do-outro. E das flores com que descobri ser possível alegrá-los.

 

Ainda sinto que necessito de mais tempo, mas vou tentar passar por aqui todos os dias, porque vocês merecem. É horrível desaparecer e não dizer nada.

 

Antes de ir por agora, só uma coisa: não foi a minha vida que mudou: foi a forma como a olho... e sentindo isso na pele, devo dizer que os clichés a respeito, embora lugares comuns, são verdadeiros.

 

Bacci, e I'll be back!

 

cdf76da1294bc8eeb1c693b8768dbd21.jpg