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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

31 Mai, 2017

Viagem

Sabem todos - sim acredito que TODOS os que aqui vêm com alguma regularidade - que faço psicoterapia, mais propriamente psicoterapia analítica, há três anos. Não saberão, penso, que vou para o terceiro mês de duas sessões semanais, a despeito de uma, como até aí. 

 

Primeira reação de quem sabe: mas estás pior?

 

Não. 

 

Aumentar o número de sessões não quer dizer que a pessoa "esteja pior" (obrigatoriamente, pelo menos). No meu caso, foi aproveitar uma brecha em que as coisas estavam a encaixar nos espaços certos a uma velocidade de meter respeito, e aproveitar o embalo. E tem sido fantástico.

 

Não entrando em pormenores, a minha vida foi, desde tenra idade complicada (um eufemismo mesmo eufemístico). Fazer esta jornada na companhia do meu querido amigo, sem julgamentos, e com aceitação incondicional, fez-me desabrochar, descobrir o meu âmago, e decidir o que quero e não quero na minha vida; o que cabe no que quero fazer dela e o que não cabe. E quem.

 

E aceitar. Aceitar, para poder alterar alguma coisa se assim o decidir. É assim um bocadinho como alguém que se está a afogar: esbracejando aflitivamente, perde o controlo de tudo o que eventualmente o poderia ajudar a sobreviver... se conseguir parar de lutar contra os elementos, se se deixar até afundar um pouco, ir com a corrente sem lutar, pode, no momento certo, bater com os pés e coordenar os movimentos por forma a manter-se à tona até vir ajuda, ou mesmo arriscar umas braçadas. Só depois de aceitarmos as coisas como elas são, mesmo, podemos trabalhar para as mudar. Se (ainda) o quisermos fazer.

 

E aprender algo tão lógico e óbvio é tão difícil!

 

(Re)Construir a Rosa Fátima tem sido um trabalho que começou no limpar os alicerces, e erigir tudo, pedra a pedra - pedras dos meus destroços em redor. E às vezes olho para a pessoa que sou hoje e tenho um orgulho enorme no resultado do trabalho que temos feito. Nunca pensei que pudessesse um dia vir a sentir-me tão completa como estou agora.

 

E ainda tenho um muito razoável caminho a percorrer. E vale cada passo...

 

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Eu sou assim: às vezes estou na fila da frente, e as estreias são minhas; outras vezes, deixo assentar o pó, e vejo. E é assim com Penny Dreadful (em tradução livre, literatura de cordel): comecei há dois dias a ver a primeira temporada, com o marido

 

[este pormenor é importante, porquanto eu consigo devorar uma temporada num dia, quando acompanhada, é a "fome": dois episódios de segunda a sexta, ao fim de semana, cinema, e continuamos de novo na segunda seguinte... temos serie até às férias (quase, sua exagerada!)]

 

Penny-Dreadful.png

 

Pecado é ainda não ter começado a ver House of Cards - que é o meu tipo de série. Ainda para mais que agora acabou a segunda temporada de Designated Survivor (ou a primeira... bem, foi o 21º episódio), não há previsão para o inicio de uma terceira, e eu ainda me sinto orfã de Kieffer... o Kevin Spacey poderia colmatar a minha infelicidade, pese embora a imensa distância entre as duas sérias - a ingenuidade e boas intenções do presidente Kirkman vs a perversidade dos Underground...

 

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Mas não me sinto com vontade para esse agora... acho que me vou divertir com a Teoria do Big Bang (SIM, AINDA não vi nenhum episódio e SEI que toda a gente já viu!), que a minha irmã já me falou tanto da série (como a minha filha já tinha feito antes) que acho que não tenho volta a dar-lhe...

 

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E além disso rir continua a ser o melhor remédio.

 

- e quem tem Netflix tem (quase) tudo...

 

30 Mai, 2017

Nossa senhora!!!

Acabei de ver um filme que literalmente me deixou do avesso. Tinha lido aqui sobre três filmes que a um quarto para as nove  dizia terem passado debaixo do radar; desses tinha visto dois - Maggies Plan e Love the Coopers, e tendo gostado de ambos, resolvi  ver Fathers and daughters - lembro-me de ter visto o cartaz quando esteve em exibição, mas não cheguei a ver o filme - já que parecia que estávamos em sintonia no que diz respeito a gostos cinematográficos.

 

O filme acabou comigo.

 

É muito bom, o Russel Crowe tem um excelente desempenho, a Jane Fonda está fabulosa enquanto agente literária do mesmo, e a Amanda Seyfried está muito bem. E a história é a coisa mais doce, e mesmo as histórias doces têm momentos complicados, amargos de boca... a mim fez-me chorar, sufocou-me... bom com B grande. 

 

E depois tem esta musica dos Carpenter, interpretada pelo Michael Bolton, que é assim das minhas musicas favoritas, mas da qual só me lembro quando a oiço... fica aqui o clip para não me voltar a esquecer.

 

 

E vós, dizei-me: qual foi o último filme que vos deixou virados do avesso?

Ontem, em conversa com um amigo - casado com uma veterinária - falávamos da Taça, e do Benfica, e contei que aquando do primeiro golo, estando eu na cozinha a fazer o jantar, sem gatas à vista, a bola entrou e eu gritei a plenos pulmões, e pulei, e tudo a que se tem direito.

 

Isto visto do MEU lado da casa. Agora recuemos uns segundos...

 

Ao fundo do corredor, a sala, onde o meu marido se encontrava, e a Mia no meu espaço do sofá, a dormir profundamente. De repente ouve-se um grito da cozinha "GOLOOOO!". A criatura alevanta-se num ápice e sai desabrida corredor fora.

 

Voltemos à cozinha comigo a olhar para a tv, e a dizer yess, quando sinto uma dor no pé. Olho para baixo e tenho uma Mia com-ple-ta-men-te alterada, presa ao meu tornozelo. Grito e sacudo o pé. Dá um passo atrás, orelhas ligeiramente espalmadas, pupilas dilatadas. Dá novamente um passo à frente, prontinha para me afiambrar outra vez. Grito-lhe se me mordes outra vez levas um pontapé! Recua meio passo. Começa a dar dentadas no ar a um ou dois centímetros do alvo desejado, e os dentes entrechocam, quais castanholas. Querem lá ver!!! digo alto e bom som. Grita o meu marido da sala: mordeu-te? E eu, pois! E ele a rir, ráspartóbicho...

 

Nesta altura diz o meu amigo: isso é uma reação predatória: não é medo, é instinto de caça. Alguma coisa faz despertar o instinto nela quando gritas.

E eu: ah, mas é que pode gritar-se o que se quiser lá em casa, só não se pode gritar golo - 'baixa o santo' e o bicho passa-se e ataca. Já não é a primeira vez. Se querem ver eu e o meu marido aquando do Euro 2016 a ver os jogos no sofá e a erguer os braços em êxtase de cada vez que marcávamos um golo, mas de boca fechada... era saltar, pular mas nem um som...quando muito um yess!!! bem medido, que ela não brinca em serviço. Desta vez dada a distância, pensei estar a salvo... 'vai buscar!' que não estavas!

 

Ele diz-me: se calhar era boa ideia desativar esse trigger...

E eu: era, mas como é que isso se faz? Responde-me que vai perguntar a quem sabe - a mulher - e depois me dirá.

 

Ora eu que juro com conhecimento de causa, que a psicologia, psicoterapia e psicanálise funcionam, sou um nadinha cética na sua aplicação aos animais... e vejo-me neste ponto, sem entender muito bem como é que a coisa poderá funcionar, mas prontinha a tentar.

 

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 (o anjo mais estúpido parvo, a dormir ao colo do daddy)

 

Mais alguém tem um felino perturbado da mioleira, que tenha reações idiotas e pouco normais em situações específicas, ou sou só eu?

 

Vai lá vai...

Eu ia tomar café. Juro que ia SÓ tomar café, e nem tendo decidido onde, dirigi-me, como é hábito, para o Seixal. E começo a ver muita gente na pedovia... quando chegou à rotunda das Cavaquinhas, há gente fardada a rigor no meio da mesma... na rotunda seguinte inverto a marcha, e estaciono atrás dos outros que já lá estão. E  ponho o telemóvel a jeito.

 

Surge um helicóptero, o pessoal agita-se e começa a sair dos carros. Eu idem. Vê-se o autocarro, e só não se ouve mais gritaria porque há mais telemóveis em riste que mãos para bater, e gritar leva ao salto e o salto desfoca a pix. Não vendo o écran do telemóvel, disparo a eito (como de costume, de resto...).

 

Benfas.jpg

 

Passa, meto-me no carro, e num impulso desisto do café e junto-me à caravana, vai de buzinar e festejar... separo-me quando entram na autoestrada.

 

Eu juro que ia só tomar café, e não me ocorreu semelhante isto. Senão tinha, pelo menos, ido vestida de vermelho!!! - uma t-shirtzita, que fosse...

 

 

(para o ano, se o benfas estiver na final da taça, também lá estou. Benficaaaa!!!)

Às vezes gostamos tanto, tanto de algo que quando queremos falar dele... estragamos tudo. Estava aqui um post que era um exemplo acabado do que não fazer em caso de adorares uma obra e te faltarem as palavras certas para o dizer. E para dizer porquê.

 

Resumindo e baralhando, guardei o (raio do) post e a ver se lhe dou uma volta à altura... de qualquer forma, fica a dica:

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Edward St Aubyn

 

- Deixa Lá+Más Novas; Alguma esperança+Leite Materno; Por fim; (pentalogia divida em três volumes)

 

Perfil do autor no The New YorkerInheritance por Ian Parker

 

Stand na Feira do livro: Porto Editora/ Sextante

 

(estou tão danada... um dia inteiro de volta do post, em meio a pesquisas, correções atrás de correções...e cada alteração e correção foi para pior...)

 

22 Mai, 2017

Agarrem o homem!

Se o António Costa resolve jogar no euromilhões, leva a Santa Casa à falência! No mínimo!

 

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(foto Gustavo Bom/Global Imagens via Dinheiro Vivo)

 

Parabéns, Mário Centeno!

Parabéns, senhor Primeiro Ministro!

 

e restantes elementos do Governo e demais Geringonça. O mérito é igualmente nosso e - muito - vosso!

 

...e se ainda não sabe, veja porquê aqui

 

 

Alexander Search é o novo projeto musical de Salvador Sobral e Júlio Resende. 

 

O grupo musical assumiu o nome do heterónimo de Fernando Pessoa sob o qual o mesmo assinava o que escrevia quando, durante a sua adolescência, se encontrou na África do Sul. E para mais todos os elementos da banda adotaram vários heterónimos ingleses de Pessoa: Augustus Search, Benjamin Cymbra, Sgt, William Byng, Mr. Tagus, e Marvel k., são os elementos que a compõem.

Aqui está o clip do primeiro trabalho deles, A day of sun.

 

Gostam?

 

 

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