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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Farta.

Farta até aos ossos.

Farta da imbecilidade de quem sabe mais que todos. Farta do ódio, dos fígados envenenados que sagram pela internet. Farta de frases como "nunca gostei dele, quero lá saber se respira sequer". Farta de donos da verdade. Farta, farta, farta.

As redes sociais tornaram-se as novas paredes das casas de banho publicas: é que vale mesmo tudo. Atropelar, fazer marcha atrás, voltar a engatar a primeira e carregar no acelerador. Uma e outra vez.

E todos defensores da moral e dos bons costumes! Todos com a certeza do que deveria ou não ser feito, e como. Onde. E que ninguém discorde, senão saltam de faca na liga, sacam a arma do coldre, e "haverá sangue".

 

Tenho vergonha.

Hoje tenho vergonha de fazer parte desta comunidade de achistas e tudologistas, donos da verdade. Desta comunidade de Facebbokers, Twiterists, Instagramers, bloggers. Tenho vergonha de engrossar a turba dos que escrevem para ser ouvidos, só porque acham que o que dizem é de (suprema) importância.

 

Hoje desejo mais que tudo desligar o wi-fi, nem ligar a tv, e ficar sossegada no meu canto a tratar da minha vida a deixar os outros a tratar da deles.

 

É que já chega. MESMO.

 

Mas ainda ninguém percebeu que o que se passou ontem FOI UMA IMENSA HOMENAGEM A PEDROGÃO GRANDE, ÀS VÍTIMAS E AOS BOMBEIROS QUE LÁ DERAM COURO E CABELO PARA AJUDAR?

 

  • Mas ainda ninguém percebeu que o que se passou ontem FOI UM ACONTECIMENTO ESPECIAL ONDE ESTIVERAM PRESENTES 25 ARTISTAS de topo do panorama musical português?

 

  • Mas ainda ninguém percebeu que o que se passou ontem FOI ÚNICO? QUE SE ANGARIARAM 1,153 MILHÕES DE EUROS DE DONATIVOS EM TRÊS HORAS E MEIA?

 

  • Mas ainda ninguém percebeu que o que se passou ontem NÃO FOI SOBRE O PEIDO DO SOBRAL?

     

     

  • CANUDO!!!!!!

 

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 - Hei-de falr sobre o Fenómeno Salvador , mas não hoje. Porque não é o momento.

 

Ontem foi um dia comprido. Caramba, que foi um dia loooongo. Quando finalmente voltei de Lisboa trazia o saco* a deitar por fora. Literalmente.

Horas antes, quando ia a entrar no estacionamento da Fertagus, e a maquina me cuspiu o talão para posteriormente proceder ao pagamento do mesmo, comecei por colocá-lo no assento do pendura, ao lado da mala* de forma visível - o silo da estação, a cause da ecologia (o raio que os parta) tem detetores de movimento e ligam as luzes quando as viaturas passam MAS no local onde estaciono o Rocinante, a lâmpada está fundida há aí... um ano ou dois (já me queixei, mas não adiantou de nada). Entrei as usual no mesmo de máximos ligados, estacionei, tirei o cartão de viagens na mala* e porque estava EM CIMA da hora do comboio aparecer, coloquei o do estacionamento 'lá para dentro', dizendo para os meus botões que mal entrasse no comboio o retirava e colocava em lugar seguro.

 

CLARO

 

que nunca mais me lembrei.

Ora quando regressei e chegou a hora de pagar o parque, literalmente mergulhei no saco* à procura do mesmo. Hun-hun... sentei-me num banco, cansada, a remoer deixem-me ir embora!!, e a espreitar para dentro a ver se o via... claro está que comecei a tirar coisas: saíram a Biba, a revista do Celeiro e os folhetos promocionais do Continente. Nada. Saíu o hidratante que tinha acabado de comprar antes de me enfiar no comboio, mais o iogurte liquido e a saqueta de bolacha maria. Continuávamos em branco. E eu a rezar aos santinhos todos os talões de compra não, os talões de compra não que era uma pilha amarfanhada de envergonhar qualquer um. Tirei a bolsa grande - que guarda os auriculares, o e-reader, lenços de papel, toalhitas húmidas, e mais um ror de coisinhas que sem bolsa me fariam mergulhar a espaços temporais mais regulares no supracitado saco* - e a pequena - que guarda o protetor compacto, o bálsamo labial...

 

 

Pouso tudo no espaço ao meu lado no banco, e fico com espaço para remexer no saco com uma visibilidade razoável. Depois de duas remexidelas no caldeirão, eis que ele surge perante os meus olhos. Agarro-o Ah! caraças (não foi bem esta a palavra que se e assomou ao espírito) que já posso ir pagar! Pego no resto e enfio no saco - menos as revistas e folhetos, que foram numa braçada. Lá paguei o raio do parque, e quando descia ao silo, deixa tirar as chaves... Levo a mão ao saco*... e o resto é história.

Outra vez...

 

 

*chamar-lhe-ia carteira, bem sei. Mas com a quantidade de tralha que aquela coisa que me pendia do ombro transportava, não lhe chamar alforge já é uma sorte...

 

 

 

Muita gente queixa-se de "estar farto" e da "coisa nunca mais chegar ao fim"; chegou a chegar-me (desculpem o disparate linguístico) aos ouvidos que a sétima temporada seria a última... mas ao que tudo indica, não é assim.

 

Está aí a nova temporada para os que gostam muito, pouco, ou nem por isso - e esses todos, vão vê-la. Só a minoria que não gosta de todo, é que a vai deixar passar ao lado (vai??)

 

(para quando no Netflix? Ó anjinhos, ver tudo de uma assentada era tão bom...)

Pois que depois de tanto "puxa/empurra" nas redes sociais, depois de defesas acérrimas ao futebolista português e acusações lapidares de quem não tem mais que fazer de que usar estes meios para fazer barulho, levantar pó e agitar as massas, há fumo branco.

 

Após ter sido conhecida a data de depoimento do mesmo, 21 de Julho, hoje foi divulgado que Ronaldo vai pagar a dívida de que o fisco espanhol se arroga, referente a quatro delitos cometidos entre 2011 e 2014.

 

Para lá da importância dos seus advogados no que toca à decisão do jogador, acredito que o mais importante terão sido as declarações de Florentino Perez à Rádio Cadena Ser, em que o defendeu:

 

Ronaldo não é um homem que corra atrás do dinheiro. Está ferido, e pode ser que tenha razão para se sentir assim, porque não teve intenção de fazer mal a ninguém. Mas Ronaldo não é um negócio, é alguém que faz parte da história do Real Madrid.

 

 

E estas declarações terão sido imprescindíveis para CR decidir permanecer no Real Madrid.

 

Os jogadores de futebol são pessoas que crescem dentro de uma bolha. O seu amadurecimento faz-se a um ritmo diferente. Ao que tudo indica, o melhor jogador de futebol do mundo ainda é um menino triste que precisa de reconhecimento, e carinho, da parte das pessoas que lhe são próximas.

 

Que atire a primeira pedra quem acha não precisa disso, nem de ninguém... esse sim, é um ser absolutamente triste e desfasado da realidade...

 

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 (foto daqui)

 

21 Jun, 2017

A tinta secou...

Tenho estado a passar por uma fase pessoal bleh, e com o(s) incêndio(s), não tenho tido qualquer vontade de escrever. Tudo me parece oco e vazio. Tudo me parece fútil. 

 

Escrever sobre o quê? É tudo tão tudo-nada face a esta tragédia.

 

Espero que volte a vontade e o animo para teclar com maior ou menor força, mas escrever coisas, partilhar o que quer que seja.

 

Neste momento é o silêncio. O buraco no peito.

 

May 13th... The Day He left Forever... He actually had left long back, just sealed it n cut off ties this day! Been a year & am still hurt! Just as hurt I was a year back.

 

Eu volto.

 

O ano passado estava de férias quando deu a tragédia da Madeira. Por não haver rede onde passo férias, era durante os almoços que seguia o noticiário, que repetia à exaustão a tragédia duma ilha que ardia a fogo solto...

De tarde, às vezes o tempo embaciava, acinzentava, sob um calor escaldante. Alguém informava é o fogo que está a X km, e o fumo espalha-se. Ali, Concelho de Mação, não há grandes hipóteses de não estar alerta, mesmo no fundo do inconsciente: até o meu pai já tinha andado a ajudar população e bombeiros, há uma dúzia de anos, quando o fogo atingiu a Vinha Velha e lambeu a casa do avô, comendo uma parte - os estábulos, chiqueiro, capoeira...

 

Ou seja: sabe-se. Sabe-se do risco, está-se descontraidamente alerta uma semana por ano - rezando a todos os santinhos em surdina. Os que só lá estão uma semana por ano... e os outros? E os que lá vivem as cinquenta e duas?

 

O que se passou ontem e continua hoje em Pedrógão Grande, é uma tragédia. É o tudo em um, pior impossível. O calor, a ausência de humidade, as trovoadas secas e o vento a dar ares de sua graça a intervalos irregulares. 

 

Ontem vi na TV, e ouvi enormidades de um senhor que devia ter medido as palavras, dado o cargo que ocupa - presidente da Associação Nacional de Bombeiros Voluntários, ou coisa similar - a disparar a eito nem sei bem para quem ou onde... não me perece que esta seja a altura de apontar dedos, sendo que não se sabe a quem nem como... ou sequer se é caso para vir a  fazê-lo!

 

Hoje acordei com os números oficiais a aumentarem até aos 64 mortos e 157 feridos.

 

Impossível não quebrar, não ficar com um buraco no peito do tamanho do mundo ao acompanhar o que se relata. Impossível conter as lágrimas, não perder as palavras.

 

Este fim-de-semana fica na História marcado a negro. 

 

E os três dias de luto nacional são tão pouco ou nada para esta calamidade...

 

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  (foto Marcos Borga via jornal Expresso)

Nesta semana de dois feriados, no segundo optámos por pizza e cinema: a pizza é a melhor do mundo, a única melhor que as que faço (muahahahahah), e o vinho que a acompanha - da casa, a copo, branco -  é a melhor coisa do planeta!

E depois fomos ver o último - este último devia levar maiúscula, porque é  mesmo o final (cinco já chegam, sim?) - Piratas das Caraíbas, Homens mortos não contam histórias. Gostei bastante.

 

É assim: não sou maluquinha por block busters, e não vou a todos, nem pouco mais ou menos. Acabo por ver a maior parte em streaming quando ficam disponíveis. Mas quando os vou ver, a minha fasquia baixa consideravelmente no que diz respeito a expectativas. Este filme cumpre aquilo a que se propõe, atrevo-me a dizer, com galhardia. E o final (OLHÓ SPOIL!!!) é um happy ending

 

Os efeitos especiais (que têm cada vez menos de especial, porque nós já sabemos, mesmo sem ver making of's, que os computadores fazem coisas fantásticas) estão lindos. 

 

Ah e - NÃO É SPOIL - o tio do Jack Sparrow é o Paul McCartney (só naquela de não ficarem Uáááá??? como eu fiquei...)

 

De resto, as benditas das hormonas que me desregulam o peso, fizeram-me chorar. É que só pode ser hormonal: chorar num "Piratas das Caraíbas"? DUAS VEZES? Só pode...

 

E pronto, se não viram vejam porque é o final. The end, não há mais.

 

E a banda sonora, senhores? E aquela banda sonora?

 

 (Esta versão é um mimo!)

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