O quarto dia com o outro
Hoje, não sei se repararam, mas choveu (lá agora!)
Foi como adormecer na Primavera e acordar no Inverno. E estas mudanças na luminosidade do dia dão-me cabo dos neurónios.
Planos para o dia de hoje, tirando tarefas domésticas: escrever no blogue, ir ao ginásio, seguir para Lisboa para uma sessão de terapia, e ir ao hipermercado comprar os ingredientes para o jantar de amanhã.
Levantei-me um pouco mais tarde de que nos outros dias desta semana, passavam uns minutos das nove, e voltei para a cama a dizer às gatas - é só xixixixixixixixixi!!!! - senha para não me azucrinem a molécula e esperem, fáchavor, assim aí até ao meio dia. Ok, quinze minutos depois, se tanto já estava sentada na cama a esfregar os olhos e a maldizer tudo de que me lembrei.
Pequeno almoço das garotas, café, sala, pc, blogue. Vem uma e ocupa o colo disponível, vem a outra e encosta-se à anca. Tá-se.
Mas hoje nem por isso. Eu estava completamente balhelhas... a chuva e a falta de luminosidade meteu-se-me debaixo da pele e entrou-me na veia.
Raios. Que assim é difícil funcionar...
Hora de comer o pequeno almoço. Vai um iogurte com mirtilos e uma colher de sopa de muesli. Mais um mergulho no pc, agora um pouquinho no Farmville. E upa, preparar a mochila para o ginásio. Ficou tudo prontinho, era só pegar e levar. A chuva caía e bem e eu resmungava. Fui escolher a roupa para vestir. E deitei-me em cima da cama, vindo a Piccolina a correr e deitando-se no meu colo. RONRONRON em atmos.
Eu a olhar para o teto e a pensar porra, agora metia-me dentro da cama e enroscava-me uma hora ou duas. Estava tão arrasadinha da cabeça; não queria sair de casa! Negociei comigo: pronto, almoças com calma e vais direto para a estação, deixa lá o ginásio hoje. Lá saí de cima da cama, peguei nas barras da Siken Form e voltei para a sala. Vi um episódio de Designated Survivor enquanto comia. Vesti-me, peguei na mala, enfiei a gabardine, e saí porta fora. Vento. Muito vento. E frio, caraças!
Entrei no carro molhada e a bater o dente. Peguei no telefone e liguei para o consultório. Não vou conseguir ir hoje. Pronto. Arranquei e conduzi o carro pela primeira vez com chuva. Foi pacífico, a condução não sendo tão fluída como no Rocinante, já nos entendemos. As luzes, check, as escovas, check, não houveram problemas. Entrei para o estacionamento do Centro Comercial. Dez minutos às voltas à procura de lugar. Santíssimo! Dia de semana, meio da tarde, já fora da hora de almoço, e não cabia um alfinete em nenhum dos pisos cobertos... ARRE!
Quando subi pela segunda vez, havia um carro a sair! Lá estacionei e fui comprar umas coisas que necessitava, e na continuação, fui até a Amora ver o rio, para não vir enfiar-me na cama. Passei os olhos por uma revista que comprara e ouvi musica. E páginas tantas lá voltei.
Ou seja, risquem a sexta feira. Sei que o dia de hoje existiu porque sei que estive com uma telha descomunal, embora sem nada que a provocasse. Exceto a luz que o dia não tinha. Isso provou a existencia do mesmo, juntamente com o facto nunca mais acabar...
Está visto, tenho mesmo que comprar o aparelho de fototerapia, raios...
Sexta feira 6 de Abril, 23:52h