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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

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Amanhã, às 7:30h, terá inicio o primeiro mês temático da história da (minha) blogosfera. Para recapitular, vai ser assim:

 

   1. Todos os dias, às 7:30h vai ser publicado um pequeno desafio, sob a forma de uma micro ação, que deverá levar a cabo durante essas 24 horas. 

Se não conseguir, não lhe apetecer, não estiver para aí virado, não se apoquente: a ideia deste mês é cuidar de si. Seja indulgente consigo próprio e mande-me às urtigas!

   2. Essas micro ações poderão desde tomar-lhe um ou dois minutos, a ser um lembrete para um dia inteiro. Haverá ainda sugestões que poderão requerer uma preparação prévia - a primeira será dia 5, que é um feriado - mas informarei com alguma antecedência.

Serão sempre coisas simples, como dar um passeio num parque que fique perto da sua casa, ou ir até a uma floresta, ou à praia... não me vou alargar mais que isso, scouts honour!

   3. A forma como vai fazê-las, se as vai registar ou não, é uma decisão sua! Eu tenciono fotografar cada uma, e uma vez por semana mostrar essas fotos, mas é inteiramente consigo!

Se quiser aproveitar, em dia de menor inspiração para contar no seu blogue como foi a micro ação desse dia, ou dos dias anteriores, força!

   4. Conhece alguém que poderia beneficiar com este tipo de experiência? Partilhe o link, convide essa(s) pessoa(s) a juntar(em)-se a nós. The more the merrier!

   5. Este é o mês do self care, mas pode embarcar nesta viagem em qualquer altura! Tente no entanto, fazer uma micro ação por dia, durante trinta dias seguidos, para ter uma ideia do impacto que isso pode ter na sua vida.

Mas não fique obcecado por isso!

 

Vou criar duas ou três micro ações joker, com as quais poderá substituir a do dia por falta de tempo, vontade, paciência, disponibilidade... em breve publicarei.

 

E então, está a sentir-se entusiasmado com a perspetiva de fazer algo novo, só por si?

 

Já está mesmo quase...

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30 Set, 2018

Qualidades? Pois...

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Escrevi aqui a 25 de maio deste ano, a respeito de qualidades, o seguinte

 

(...) como vejo, não existem defeitos e qualidades, mas características. Se quiserem, podem apelidá-las de positivas e negativas, mas nem vou por aí... cada um de nós tem uma história que valida cada uma delas, independentemente das análises que terceiros fizerem destas.

 

E mantenho. São características inerentes a cada um de nós.

 

E pronto, as minhas características positivas mais vincadas, serão:

 

- Paciência. A minha paciência consegue ser tanta que é capaz de fazer os outros perderem a deles;

- Empatia. É-me quase impossível não ver (pelo menos tento) o ângulo do outro;

- Otimismo. Na medida em que por maior que seja a merda em que me encontre, EU SEI que vou acabar por sair dela. O que não invalidada que tenha uns momentos de valente, completa e absoluta pena de mim - mas esses momentos, leva-os o vento em menos de nada.

 

Neste TAG participam para além de mim, a 3ª face, a Ana, a Ana Paula, a Catarina, o Carlos, a Carlota, a Charneca em Flor, a Daniela, a Desarrumada, o David, a Gorduchita, a Happy a Hipster Chic, a Isabel, a Mãe A, a Mariana, a Maria Mocha, a Marquesa de Marvila, a Mimi, a Paula, oP.P, a Sweetener, a Sofia, a Tatiana, a Tita e o Triptofano 

(nomes ordenados alfabeticamente)

Espreitem o que cada um de nós vai respondendo ao longo do ano também podem espreitar pela tag  52 semanas

 

Ai meus amores, aturem-me lá um bocadinho,que isto já passa (mas passa mesmo, não sou eu a a armar-me em valente...)

 

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Acordei, pouco passava das 7:00h, com a ressaca antecipada de que hoje não ia ao cinema. É impressionante, o hábito de irmos ao cinema ao domingo é recente, mas eu já o enraizei de tal modo que a imprevisibilidade de um dia em que não sei o que vou fazer, mas sei que não é o habitual, me deixa a sentir à deriva.... e se vocês seguem a conta de Instagram sabem que eu não tenho razões de queixa, se há espaço que tenho frequentado, é esse!

 

Mas intelectualizando um pouco o que estou a sentir - vício que me vem de antes de fazer psicoterapia, mas que se refinou entretanto, e que se pauta por ter de dar uma explicação mais ou menos obviamente lógica a tudo - sei que esta inquietação não advém da quebra daquilo que já se tornou uma quase rotina para mim; é mais um reflexo da turbulência que vai aqui dentro com a aproximação do meu aniversário (48 horas and counting...).

 

Este ano não estou particularmente eufórica com o dia (não gosto do número, 51 é mnhé, enquanto que 52, por exemplo já é um número mais apresentável - e sim, eu bem sei que sou estranha), e decidi fazer uma coisa simples, ir almoçar a um restaurante de que gostamos, a três. Sem bolo (bom, já não tenho um bolo de aniversário há uns anos - e eu gosto tanto de bolo de aniversário...) sem velas nem parabéns.

 

Mas o chato, o mesmo chato, é que o cérebro, esse querido (#sóquenão) faz - ainda que em background - sempre, uma retrospetiva. E como é mesmo fofinho (#sóquenão), não se limita a fazer uma do último ano: vai recuando, recuando, até que nos começamos a sentir realmente desconfortáveis e não sabemos bem porquê...

 

De forma que se instala uma inquietação inexplicável, que nos corre nas veias, não nos deixa estar relaxados - e cada vez menos com a aproximação da data. É o não ter posição de estar no sofá quando estamos ver um filme na tv, é o adormecer tarde e o acordar cedíssimo porque a caixinha dos pirulitos não descansa.

 

E então vem aquela vontade de ir a correr enfiar-me numa sala de cinema porque naquelas duas horas é só o écran negro e eu, que me limito a ser a espetadora da vida alheia. A minha fica em compasso de espera. 

 

Para seguir, inevitavelmente, dentro de momentos...

 

Vá, desbundem-se desse lado: eu não sou a única a não saber usar o balde com pedal da Vîleda, pois não? 

 

Também não sou a única a achar que aquilo é uma merda um erro de casting, e que por isso é que andam agora a vendar aquela bodega a metade do preço que me custou, em todo o lado?

 

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Cheguei há pouco da rua e o meu nariz acusou um odor estranho. Olhei para os três e perguntei: vá, quem é que fez cocó no chão? Ato continuo dirijo-me à cozinha para determinar o culpado (as fezes têm todas assinatura reconhecida, dá para ver de quem é qual sem pensar duas vezes), mas à entrada... uma poça de vomitado da Mia. Bolas. Entro na cozinha para ir buscar as toalhas de papel para limpar (é reciclado, malta, não me batam!) e deparo com um autentico  Amazonas de diarreia. Cruzes, que me ia dando uma coisinha má. Espalho litter por cima (mais não fosse, para parar de escorrer ) e vou limpar o vomitado - para, entretanto, o litter empapar a coisa. Depois ainda limpo o caixote, mais um tempinho, e coiso... e depois lá limpo o cocó, que estava bem absorvido, nem era nojento por aí além. Findo isto, vou à despensa buscar balde e esfregona.

 

Ora eu, que sou tão sincera que dói, confesso com alguma vergonha que não tenho por hábito usar a coisa... quem usa é o Victor. Porque eu não sei mexer naquilo! Aqui há uns meses atrás pedi-lhe que me explicasse, ele explicou... estou na mesma! Quando uso tal isso, alago a casa. 

 

Eu sei que sou uma nódoa em determinadas tarefas domésticas, mas isto é anedótico!

 

Felizmente está o calorão que se sente, senão só voltávamos a entrar na cozinha lá para 2022. Eu tento. Eu apoio a esfregona e carrego no cabrão do pedal. E o cesto não mexe. Levanto ligeiramente a esfregona e o gajo roda num corropio que (é capaz de dar) dá gosto, mas a mim só me irrita, por que a esfregona sai daí para o chão... a pingar.

 

Repito, que não sou de desistir, sou 'ma gaja ou um rato?

 

PQP, o raio do pedal ainda por cima é alto. Esforço-me (sim, eu sei, esta geringonça foi feita para a gente não se esforçar, mas eu sinto-me tão inapta que dou tudo): o balde dá um safanão e arrisca virar-se - já aconteceu, malta, já aconteceu... arrepio caminho a tempo, tiro o pé do pedal e preparo-me para espremer a esfregona "à moda antiga". Não dá, aquilo tem um alto no meio... tenho de a ir inclinando e pressionando. Oiço a água a bater na água. Boa! penso. Tiro a esfregona, e parece o Niagara.

 

Caguei.

 

Lavei, e deixei a cozinha que parecia um ringue de patinagem no gelo, no pino do Verão, à torreira do sol. É que nem quero saber.

 

Segunda feira vou comprar um balde cum´ás pessoas têm.

 

(mania quéfina... e dá nisto!)

 

 

Adenda: o hóme chegou a casa e mostrou-me por A+B que isto de dar folga ao cérebro é mesmo triste. O principio é da centrifugação... a gente põe a esfregona no cesto, a direito, carrega no pedal e deixa o cabo girar entre as mãos -aquela bodega trabalha mesmo sozinha.

 

Sinto-me oficialmente burrinha... 

 

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Isto de ter um gato cego leva a que me façam uma serie de perguntas, que se repetem à exaustão. Mas há algumas que são mesmo para queijinho.

 

Por exemplo: 

 

     - então não podes mudar as coisas de sítio, tem de estar tudo sempre nos mesmos lugares?

     - nada a ver, o radar, nos bigodes e não só, funciona lindamente, tal como a audição e em caso de duvida, ele pára e usa as mãozinhas para perceber o que tem à frente. Claro que quando lhe dá a louca e desanda a correr e a brincar como se não houvesse amanhã, não se livra de umas valentes cabeçadas... mas a Piccolina e a Mia também as davam - e a Piccolina vai deter o recorde durante muuuuito tempo...

 

     - tens de lhe pegar ao colo para o pôr sobre o sofá/cama/whatever?

 

A primeira vez. Levanto-o, poiso-o e desço-o, para ele perceber que é seguro. Depois ele faz tudo sozinho... e nada o trava, que curiosidade é o seu nome do meio...

      

 

     - e ele encontra a comida e o caixote de litter (esta é das melhores #sóquenão)

 

O Ippo não vê. Mas cheira...

 

Mas a melhor de todas, a que tem direito a queijinho (nas fuças) é a fantástica:

 

- Oh! Tens um gato cego! Tadinho... e o que é que ele faz?

 

- MIAU.

 

 

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Este filme tem coisas boas. Não são muitas, mas tem.

 

Em primeiro lugar, o elenco. Quase ficamos cegos com o brilho que emana das estrelas (já sei, que raio de expressão...), mas a sério, são quatro GRANDES, muito GRANDES senhoras do cinema de todos os tempos, juntas nesta película. 

 

Uma sinopse telegráfica: Quatro amigas formam um clube do livro, e uma delas, na sua semana, decide introduzir para leitura obrigatória das quatro, o primeiro volume das Cinquenta Sombras de Grey... e digamos que a leitura vai mudar um pouco a vida das sexagenárias (e nas semanas seguintes, à vez, as amigas acrescentam o segundo e terceiro volumes).

 

Então vamos começar pelo começo: a adaptação do titulo original Book Club para Do jeito que elas querem (oy, isto não é português do Brasil?), que me parece de gosto duvidoso - é como se numa fonte pequenina dissesse - as mulheres, mesmo velhas jarretas, são umas maluuuucas!

 

Depois é o subaproveitamento de quatro grandes atrizes (e, exceção feita a Mary Steenburgen, 65, nenhuma é sexagenária - Candice Bergen e Diane Keaton tem 72 anos e a fabulosa Jane Fonda conta com 80 Primaveras...), num filme que não tem alma. É que nem consegue ser uma boa comédia. Esteve em exibição duas semanas e entende-se porquê...

 

E porque é uma pena o filme ser tão mauzinho? Porque aborda um tema tabu que tem de ser falado: a vida sexual na terceira idade, e isso é tão, mas tão importante. Uma boa franja da sociedade ainda olha para as mulheres a partir dos sessenta anos (e às vezes até menos) como pessoas que já não têm vida sexual, desejo. Claro que o sexo aos 60 não é igual ao sexo que fazemos aos 20, mas existe, e é muito importante que assim seja! E este filme fala nisso.

 

Era bom que Bill Holderman, realizador e co argumentista se tivesse investido em fazer um filme mais abrangente, desse um toque um nadinha mais serio ao assunto. E tivesse feito algo em que as quatro Grandes Senhoras pudessem de facto, brilhar.

 

Assim, e tendo em conta que The Old Man and The Gun, o último filme com Robert Redford (recentemente reformado como ator), que estreia entre nós dia 8 de novembro, também afina pelo seu diapasão (sendo já a segunda vez que o dirige), parece que se dedicou a fazer filmes com grandes lendas do cinema americano. Como se isso fosse garantia suficiente de sucesso e qualidade...

 

newsflash: não é!

A última sexta feirado mês é Follow Friday, no é? Ou sou eu que estou a ir para a idade e já estou a baralhar tudo?

 

Bom, mas sendo FF ou não, há um blogue que descobri há pouquinho tempo que tenho gostado de seguir. Ela é igualinha a nós, com uma vidinha cumánossa e é tão bom quando nos identificamos nas pequenas coisas... 

 

Se não fora por mais nada, seria porque adoro o nome do blogue ;)

 

Ela é 

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- cliquem na imagem e vão conhecer. Força! 

 

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Estamos quase em outubro - se tirarmos o fim de semana da equação, faltam dois dias! E como informei antes, este vai ser um mês temático, dedicado a cuidarmos de nós - por dentro e por fora. De certeza que terão perguntas, por isso vou tentar responder a algumas - se tiverem mais, usem a caixa dos comentários, que tiro as dúvidas todinhas!

 

 

Com self care queres dizer mimar-me?

Também. Self care tem a ver com tirarmos tempo para nós, parar, observar, pensar, no fundo crescer um bocadinho enquanto pessoa.

 

Não tenho tempo para nada... achas que vou conseguir arranjar tempo para seguir os teus conselhos?

A minha ideia é que é possível conseguir fazê-lo sem alterar o dia-a-dia. Acredito que será possível seguir as dicas sem penhorar as suas rotinas.

 

Achas que um mês vai virar a minha vida do avesso?

Acho que poderá despertar a atenção para pequenos pormenores em que nem reparamos na azáfama diária, e que a atenção que lhes dedicaremos, poderá fazer alguma diferença, sim. Mas não será algo completamente radical - nem é essa a ideia...

 

Afinal em que vai consistir o desafio?

Todas as manhãs publicarei um pequeno desafio para o dia: por exemplo, só hoje, substitua o café do meio da manhã por chá, Para variar, quebrar os hábitos que temos e fazemos sem pensar, para obrigar o cérebro a ligar-se. Nesse caso direi para se concentrar no rasto que o agitador deixa no liquido enquanto o mexe, na temperatura do mesmo quando toca nos seus lábios, no sabor do chá. Só por um dia, uma vez. Se quiser continuar a fazê-lo, é consigo; o desafio é curtinho e imediato... fundamentalmente baseia-se no principio das micro ações: por pequena que seja, qualquer mudança pode melhorar nossa existência!

 

Então o que posso esperar? Conselhos de auto ajuda e afins?

Pode esperar que o desafie a olhar para dentro, mesmo que não dê por isso. Que, de quando em vez, faça uma coisa diferente do que é habitual, mesmo que não se aperceba.

Poderão haver três ou quatro desafios que envolvam um pouco mais de empenho, tirar 15 minutos, ou mesmo meia hora de um dia, só para si, mas prometo que vão ser exceções.

 

E no final do mês, o que posso esperar?

Eu espero que se sinta mais desperto, mais atento, mais conectado com o que o rodeia. Mas cada pessoa é diferente, por isso variará, decerto.

 

Existem regras para seguir este desafio? Quais?

Não gosto da ideia de balizar algo que se quer livre. No entanto, gostaria muito de saber quem tem vontade de aceitar o repto.

Era giro, por exemplo, se os blogues que estiverem a fazê-lo, colocassem o selo - imagem abaixo - na lateral (com ou sem hiperlink para a descrição do desafio).

Também me parece que seria positivo divulgar a ideia nos vossos blogues, para que mais pessoas possam usufruir da experiência... no entanto tenho de frisar uma coisa: sintam-se à vontade para trocar uma micro ação por outra, passar por cima de algumas que não vos digam nada, se for o caso. Deixar uma para outro dia, repetirem alguma de que tenham gostado especialmente... a última palavra é vossa.

 

Por isso gostaria mesmo que me deixassem nos comentários um vamos a isso, um conta comigo, ou qualquer coisa do género. Porque no final do mês de outubro, seria a cereja no topo do bolo, poder de contar com um pequeno texto vosso sobre o que foi fazer o mês do self care, a ser publicado aqui, com um link para o espaço de quem o escreveu.

 

E se resultar porque não fazer outro, mesmo que subordinado a outro tema?

 

Vamos todos a isto? E sim, eu também farei o que for sugerindo, palavra de Fátima Bento!

 

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 - sintam-se à vontade para levar a imagem convosco!

 

Até já!

 

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Eu disse que falaria sobre O Desaparecimento de Stephanie Mailer, um dia destes... pois bem, hoje é o dia.

 

Mas primeiro, tenho mesmo de falar de Joël Dicker. Para mim é mais fácil começar por falar do escritor que do livro - desde que não seja uma primeira obra.

 

Ora Dicker arrebatou-nos com A verdade sobre o caso Harry Quebert: acho que não houve quem não gostasse. A forma de escrita é a mesma, calma, descritiva, como se o autor tivesse todo o tempo do mundo. E depois aquela relação professor/aluno fez-nos mesmo querer andar por ali, aprender mais qualquer coisa.

 

Em O desaparecimento de Stephanie Mailer, Dicker continua a escrever como se tivesse todo o tempo do mundo. Passeia-se pela cidade como se esse fosse o seu papel: passear, observar. E nós, atrás dele, vamos fazendo o mesmo. Andamos cinco quilómetros a pé para ver uma mancha numa qualquer parede, e nem sabemos se tem alguma coisa a ver com a trama principal. News flash: ás vezes não tem.

 

Joël Dicker é um grande ilusionista: faz-nos olhar para onde quer, para depois nos mostrar a mão vazia. Acena-nos - tão discretamente que parece que estamos a chegar lá sozinhos - com um provável suspeito, para logo a seguir nos mostrar um álibi à prova de bala. Entretanto já a nossa atenção está dirigida para outro, e o anticlimax repete-se.

 

Por tudo isto, Dicker é absolutamente brilhante! 

 

No entanto, e quem me segue no Instagram sabe-o, não gostei nada deste livro; setecentas paginas lidas a custo, que quando acabei, deram lugar a um suspiro de alivio. Honestamente não me lembro bem do final... que nem é o mais importante num livro, quando gosto mesmo dele. Lembro-me do que fiz a seguir: corri à Bertrand e fui comprar o último Lars Keplar: se é para ser policial, que o seja!

 

No livro de Dicker fiz uma coisa que NUNCA faço: não li um capítulo. Um capítulo de duas paginas que, já tendo aprendido a decifrar o MO, vi que não tinha qualquer importância: um dialogo da mulher policia com o ex marido, perfeitamente dispensável. Aliás, há tanto de dispensável neste livro, senhores! Aquilo podia ter sido escrito em metade das paginas! Assim torna-se chato e comprido.

 

Está ali, arrumadinho na prateleira, e só não foi para venda porque, de esperançada que estava, carimbei-o antes de o ler...senão, garantidamente, já não estaria aqui.

 

(eu sei que houve mais quem me pedisse que escrevesse a minha impressão, mas neste momento lembro-me claramente de ti... ei-lo, pois!)

25 Set, 2018

Eu fui...

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... ao mecânico. 

 

O problema do Rocinante, é que a porta do condutor deixou de abrir com a chave.

Por isso, se um dia destes viram uma caramela a abrir a porta do pendura, a pôr o joelho sobre o banco, a espichar-se através do habitáculo até chegar ao botão que destranca as quatro portas, a sair do carro, fechar a porta, dar a volta ao carro, abrir a outra porta e sentar-se... era eu.

 

Vai daí, lá foi ela ver se descobriam que diacho se passava com a fechadura. Calcei umas sandálias baixinhas (ah, santinha! Cá beijinho!) e lá entreguei o carro ao senhor, que me disse "uma hora". Como tal resolvi ir tomar o pequeno almoço ao sítio do costume, que fica nem muito longe nem muito perto, mas perfeitamente fazível. A meio do caminho lembrei-me que hoje era o dia de descanso daqule café...  segui e fui a outro, ao lado. Para inicio de conversa, a torrada de pão de forma que me serviram estava tão rija que foi um castigo comer aquilo. O sumo de laranja era minúsculo - e paguei o mesmo que no espaço habitual. A meio do pequeno almoço, liga-me o Victor, já que o mecânico não tem o meu número, a dizer que o carro tem de lá ficar pelo menos mais umas horas. Ok, eu vou a pé para casa. digo. Antes, porém, ainda fui ao supermercado buscar duas coisas que precisava e - MUITO IMPORTANTE! - uma garrafa de água.

 

E fiz-me ao caminho mais longo. Passava (bem) do meio dia. Sem apanhar sombras de lá até aqui - cerca de três quilómetros à torreira do sol, coisa pouca (ai se não fora a água...); cheguei a casa, e de tanto sol na moleirinha nem conseguia pensar.

 

Desfaleci (literalmente) em cima da cama e deixei-me estar até arrefecer as ideias - e o corpo...

 

Agora alegadamente poderei receber uma chamada atão venha buscar o carro.

 

Atão irei mas de autocarro - já apanhei calor que chegue, dasse!

 

(se for mais para o fim da tarde, o homem faz de caminho...  assimcumássim o dia já está fechado...)

 

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