Ó mãe, a senhora gorda caiu!
Bom, hoje choveu e bem. E aqui a madame calçou os botins pretos, com umas fitinhas modo western dos lados, e um salto tipo bota de cowboy, de uns quatro centímetros.
Ok, devia ter levado as azuis baixas.
Isto porque as baixas têm uma sola emborrachada, e agarram ao chão. As pretas, definitivamente não agarram a lado nenhum. A sola podia ter rodinhas, rásmapartam... e quando as calcei pensei
a ver se não me esbardalho pr'aí...
saí de casa de sobretudo e guarda chuva retrátil dentro da carteira. Cheguei ao estacionamento, saí para a estação, passei os controladores de titulo de transporte, vou em linha reta para a papelaria, para comprar a Visão... e a bota direita escorrega o tornozelo dobra para fora, e logo a seguir foi o resto todo atrás (só o tornozelo podia ser uma gaita muito grande). Malta, até os braços ficaram esticados, parecia uma panqueca (das altas).
Sai a senhora da papelaria quase a enfartar por eu ter caído e eu a levantar-me o mais rápido que podia, e a ver mais pessoas a dirigirem-se para mim (aiquavergonha!), e a senhora está bem? e eu, estou, os meus trambolhões são grandes estardalhaços mas não passam disso... Lá peguei na Visão, e a senhora ...e os joelhinhos será que está bem dos joelhinhos? E eu tá tudo ok, acho que treinei tantas vezes que já aprendi a cair!
E pronto, lá segui a minha viajem, com o tornozelo a guinchar (está neste momento dentro de uma meia elástica), e com a palma da mão a arroxear.
Se havia alguma criança nas imediações? Não. Se o titulo podia não ter a palavra gorda? Poder podia, mas não era a mesma coisa...