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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

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Gostei mesmo que tivesse ganho, foi o filme que me trouxe mais ternura, a vontade de acreditar que os finais felizes são possíveis.

 

Do resto... a abertura foi boa: isto de não ter apresentador não pesou, porque abriram com os Queen (sou só eu que fico mesmo à beirinha de uma apoplexia quando vejo o Adam Lambert a ocupar o lugar do Fredie?), depois foi seguindo bem, só me custou mesmo o prémio de melhor atriz não ter ido para Glenn Close,

 

Se formos a ver, no meio disto tudo, a haver vencedores, foi claramente a Netflix, logo seguida da  Disney Marvel.

 

'Sa lixe...

 

A verdade é que é nesta altura do ano que vemos melhores filmes de uma enfiada. 

 

O final da cerimónia é que foi bastate estranho, com a Julia Roberts a dá-la por encerrada ... weird...

 

De resto Oscares... são e serão(?) sempre os Óscares...

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Penúltimo filme a ter visto; ah... não me parecia que fosse entusiasmar-me, e coiso...

 

Pois, meus amigos, foi a surpresa do ano (não devia ter sido assim uma surpresa tão grande, mas deem desconto à velhota que ela não anda muito bem...)

 

Apaixonei-me completamente pelo filme. Por tudo: a interpretação de Willem Dafoe é irrepreensível (como de resto, já no ano passado tinha sido no The Florida Project, onde encarnava uma personagem doce como o mel, de forma perfeita) e o olhar do realizador, soberbo. Já para não falar numa cinematografia tão-perfeita-quanto-é-possível. Uma master piece!

 

 Julian Schnabel consegue, não apenas mostrar o quanto a pintura é importante para Vincente Van Gogh, como, e isto é extraordinário, nos mostra o que o pintor sente quando o faz. A sua bipolaridade é-nos mostrada na forma como vê o que pinta, onde o preto e branco e a cor se intercalam tal como os estados de espírito.

 

Sem mais delongas, afirmo aqui a pés juntos: este é o meu filme destes Óscares, e Willem Dafoe devia levar a estatueta para casa.

 

Honestamente, há outra mão cheia de filmes bons, e que vou ficar satisfeita se ganharem. Adorei, com maiúsculas, o Green Book, um road/feelgood movie que nos mostra tanto nas entrelinhas, e tem um final muito fechar o circulo.

 

Fiquei passada com BlakKklansman, que foi o filme que mais mexeu comigo, e é um tema que deve mesmo de ser abordado fórmula murro-no estômago (isto é a parte final, o filme até tem momentos em que nos rimos com vontade). Spike Lee no seu melhor;

 

The Favorite: sai uma pessoa descansadinha de casa, esta semana é um filme leve, divertido, e sai-me o filme com uma carga de violência psicológica que vai lá vai...

 

Bohemian Rhapsody é Queen. Quem gosta mesmo de Queen, gostou do filme. Quem como eu viu o Live Aid em direto, não pode deixar de sentir um arrepio quando entramos com eles no palco.

 

A Star is Born é fantástico. Bradley Cooper é o homem dos sete instrumentos e está muito bem, tal como Lady Gaga (mas a verdade é que como atriz faltou-lhe um bocadinho assim...). Shallow leva a estatueta de melhor canção, e na minha opinião poderá não levar mais nada...

 

Vice é um filme com um peso imenso (e não estou a dizer que é um filme pesado, nada de confusões). É um relato que choca - gostava de saber se aquele cabrão consegue dormir bem à noite, mas claro que pessoas assim conseguem sempre. Ficamos a olhar para Bush filho como um tipo burro que só serve para aparecer e tem um poder de decisão nulo. Christian Bale faz um Dick Cheney inacreditável.

 

De Roma falei no último post. Não entendo, aquele México está distante do atual, a história é banal (empodera duas mulheres, é essa a punch line?) A cinematografia é bonita mas fica aos calcanhares de At Eternety's Gate. E o titulo, senhores??? Ok, a Netflix conseguiu levar um filme aos Óscares, o que só por si é histórico e memorável. Mas vamos com calma, sim?

 

E agora o elefante na sala: vi Black Panther no dia 22 de Fevereiro, em 4DX, portanto antes da cerimónia dos Óscares 2018. Achei um filme muito bonito, esteticamente falando. Já não tenho paciência para filmes da Marvel, mas gostei da história e deste novo super herói. Fim.

 

Meaning: Black Panther não devia estar nomeado. Houve tantos filmes a merecer estar a ocupar aquele espaço: Beautiful Boy (grande, grande Steve Carrel!)... ou The wife. Talvez Tully?

 

So para fializar: 

Melhor ator, Willem Dafoe, embora aposte no Rami Malek, Bohemian Rhapsody

Melhor atriz, Glenn Close, The wife.

Melhor actor secundário, Richard E. Grant, Can you ever forgive me?

Melhor atriz secundária, Amy Adams, Vice

 

E pronto,estas são as minhas apostas para a cerimónia de amanhã. Eu vou estar deste lado do blogue, a acompanhar em direto. Se alguém quiser fazer companhia,por aqui ou no messenger do FB - da minha conta pessoal, https://www.facebook.com/fatima.bto eu aceito as amizades todas que surgirem até começar o espetáculo.

 

Ah, e não se esqueçam, é na Fox, com direito a red carpet desde as 23:30h

 

 

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Bommmm... eu tinha dito que já tinha visto os filmes todos a Óscar,mas era mentira: faltava o Roma. Acabei de o ver. Tem uma cinematografia fantástica, mas se alguém me explicar porque é que é favorito ao Óscar, agradeço.

 

E não estou a ser irónica, estou mesmo a falar a sério! Não percebo, juro!

 

"(...) is a drama named after the central Mexico City neighborhood where the acclaimed film maker grew up: Colonia Roma."

 

Boa, finalmente pelo menos entendi o porquê do título... que continua a não fazer sentido nenhum...

 

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Hoje houve um acidente com algum aparato junto à rotunda do Fogueteiro, pelo que a fila começava na outra rotunda, a de acesso ao Rio Sul Shopping. Quem conhece o lugar pode calcular o inferno. Esta alma como, quando soube pelo rádio que havia acidente ali, já não resultava tentar usar outro caminho - dado que houvera que o fizesse, e toda a zona estava entupidíssima - e pronto, como precisava de ir ao posto de combustível, lá segui a Via Sacra. Demorou um pouco, mas correu tudo bem.

 

Quando eu estava a passar à frente entrada do parque subterrâneo, vi uma mãe com o seu filho - a senhora assim p'á minha idade e o filho igualmente para a idade do meu. Estavam vestidos de forma muitíssimo modesta (algo andrajosa, ou quase) e vinham carregados: dois eco bags a transbordar, um saco da Worten, e uma caixa de aparelhagem, que o filho carregava como se fosse um tesouro. O sorriso de ambos era contagiante, magico. Os olhos do rapaz brilhavam como dois diamantes.

 

Como ia em fila semi parada, acompanhei a caminhada dos dois durante algum tempo. E dei voltas à cabeça.

 

Achei belíssima a felicidade tangente. Eu ofereceria a HiFi ao moço para ver aquela felicidade, aquele brilho, assim pudera eu. Pensei no tempo que teria(m) sonhado com o dia que iria(m) finalmente àquele templo do consumismo, e finalmente, oh happy day! adquirir o que transportavam. E desejei-lhes, do fundo, toda a felicidade do mundo.

 

Sei, como acho que sabemos todos, que esta felicidade é transitória, fogo fátuo, as discussões e mal estar em casa regressará no espaço de poucos dias. E não tarda começa o frenesim de desejar mais uns quantos itens que tanto-mas-tanto jeito davam.

 

Ou seja fiquei numa ambiguidade moral terrível. Porque fiquei feliz por ver a sua alegria, a sua felicidade. Mas ao mesmo tempo, o outro lado da moeda deixou-me triste.

 

Mas uma coisa garanto: o brilho daqueles olhos e o sorriso daquela mulher não me vão sair da memória tão cedo.

 

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Bem, acho que já vos devia ter contado que a meio do mês de janeiro, e porque já não aguentava não fazer nada, decidi-me a destralhar a divisão da casa em pior estado, o meu quarto.

Não vou aqui tentar descrever o estado em que aquela divisão estava, é que não é possível passar uma imagem verosímil - vão ter de acreditar na minha palavra no assunto.

 

Sempre disse, e reafirmo, que aquele quarto era o espelho da minha cabeça por dentro. E o processo de me atirar ao trabalho provocou mudanças, não só no a quantidade de tralha, mas aconteceu também que, à medida que esta foi "baixando", começaram a surgir problemas que eu devo ter escondido lá no meio para não ter de lidar com eles. Ok, não tive remédio senão enfrentar.

 

Ou seja: neste momento tenho o quarto um pouco (grande) mais de que meio destralhado, a tralha ainda a escolher está separada em sacos, etc.

 

E na noite passada, acordei para ir à casa de banho. Pus os pés do meu lado da cama e fui andando devagar, de luz apagada. E dei com um objeto duro que não me deixava passar. Cheia de sono, esbardalhei-me num espaço tão contíguo, que couberam as minhas duas pernas e o meu traseiro, MÁI NADA. E na vertical. O Victor acorda como barulho, acende a luz da cabeceira e pergunta onde é que estás, Fátima? assustado. Eu não sabia se ria, se falava, se chorava - a minha perna direita doía, ficou feita num oito. Continuei a contorcer-me para tentar sair daquele quadrado onde estava, literalmente, entalada. Às tantas lá disse: estou aqui! e o homem pôs-se de joelhos em cima do colchão e deu com a boa da Fátima dobrada segundo o método Kon-Marie... ou similar. E a agir como se estivesse num pântano e estivesse a tentar agarrar uns galhos para sair do buraco. Às tantas lá lhe pedi a mão e fui saindo do buraco e pus-me em pé. Vi sangue a escorrer. 'Sa lixe! Aflita como estava para fazer chichi, e sem poder correr, foi vê-la a despachar-se para a chegar à casinha antes da desgraça quase certa.

 

Voltei para a cama, e deitei-me. A situação fora tão aflitiva que nenhum e nós riu!

 

Minutos depois ouve-se uma gargalhada. e ouve-se uma voz, a minha, a imitar: onde é que estás Fátima? e eu que nem conseguia responder... nem sair do buraco onde ficara entalada 

 

Cada minha queda é aparatosa! Esta ainda hei-de contar aos netos...

 

Atualização: a minha perna esta ferida, esgatanhada da madeira da lateral da cama, e a perna toda roxa. Mas não coxeio... olhem, é esperar que passe...

 

Ai eu, eu...

 

15 Fev, 2019

Fui ver Vice...

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(acreditam que é o mesmo? Nossa senhora...)

 

E dou por concluída a tarefa: já vi todos os filmes candidatos ao Óscar. A ver se na próxima semana faço uma pequena critica por dia, e um post sobre as mnhas apostas.

 

Não será fácil, este ano há filmes muito bons a concurso. E há alguns que eu juro não fazer ideia de porque é que ali estão!

 

Atrizes, principais e secundárias, atores igualmente: todos muito bem nomeados.

 

Se acho que faltam ali filmes? Acho. Houve filmes francamete bons que, vá se lá saber por alma de quem, ficaram de fora. Falarei sobre isso depois porque tenho de ir ver os filmes que vi no ano passado e já neste ano para nomear quais são. Mas sem dúvida que há.

 

Se já tenho O favorito? Já.

 

Mas não vou dizer ainda...

 

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Bom, uma coisa que fiz, uma vez por semana em janeiro (e neste mês) foi ir ao cinema.

Falarei sobre o que vi e do que gostei mais, outro dia. Claro que também falarei dos Óscares (como é que eu ia passar sem falar nos Óscares???), mas hoje venho só esclarecer uma dúvida que acredito que alguns tenham.

 

A Favorita - filme que é candidato à estatueta para melhor filme, estando Olivia Coleman a concorrer para o prémio de melhor atriz, e tanto Rachel Weiz como Emma Stone estão ambas nomeadas para melhor papel secundário. Quem tiver visto o trailer pensa que é um filme meio tolinho com intrigas de corte e afins.

 

Se é isso que deseja ver, não vá.

 

Este filme é francamente bom, e totalmente diferente do que esperamos. É um filme que daqui a dez anos ainda estará fresco na nossa memória.

 

Outro dia abordarei, espero, o mesmo com mais detalhe. Por agora fica só o esclarecimento:

 

Este filme NÃO É um filme de corte e facadinhas nas costas, intrigas e duelos. Não é, de todo.

 

Faltam-me ver dois: um, Roma, no Netflix e outro, Vice na próxima sexta feira. Depois direi qual o meu favorito.

 

09 Fev, 2019

Para tudo!

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O último post que escrevi deixou no ar uma ideia que é falsa: não tenho intenção de fechar o blogue, nem de deixar de escrever. Mas neste momento preciso de tempo.

 

Estou a lidar muita coisa, tira e põe no lugar certo, deita fora o que não serve para nada - será que algum dia serviu? Tenho de abrir as janelas e deixar entrar sol e ar novo, energia.

 

Preciso de tempo,  para voltar mais resolvida, mais eu.

 

Origada pelo vosso carinho. Vocês são os melhores do mundo - e ainda vos vou contar como começou todo este processo que me virou do avesso.

 

Mas agora esperem um bocadinho, ok? Eu volto, gente, eu volto!

(e nos entretantos vou tentar ir passando, ok?)

07 Fev, 2019

Perdi

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Perdi a voz. Perdi as palavras.

 

Palavras que saiam em torrente, sem dificuldade. Esconderam-se.

 

Procurei em todos os lugares, inclusive nos mais improváveis... vislumbrei algumas de que não gostei, e fechei depressa a gaveta.

 

E não encontro mais palavras. Nem tenho voz para contrariar este limbo verbal em que me encontro.

 

Olho o ecrã, a página em branco, o teclado e não há nada. Há algo como um vazio, uma dor fininha, um peso no peito.

 

Mas não palavras...