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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

E quem se lixa, CLARO, é o mexilhão...

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Chegaram as máscaras e um novo post no 4 paredes.

 

Hoje recebi as minhas máscaras sociais. Pedi-as no dia 27 de Abril, mas houve rutura de stock do tecido de uma das que tinha escolhido e demorou mais. Acabei por trocar... ler mais

 

Estou à espera de umas quantas coisas que encomendei e mais: a Inez enviou-me uma prenda do dia da mãe!

 

A CTT Expresso alegadamente veio entregar a dita, mas garantiu que não estava ninguém em casa (claro que não! Somos só três em confinamento aqui!) sendo que levaram a encomenda e a colocaram na loja CTT mais próxima. Enviaram-me uma sms a dizer que a podia levantar até dia 22. No dia seguinte tinha um postal na caixa do correio a informar-me do mesmo. Entretanto quando lá ia, recebo outra mensagem a dizer que a encomenda ia ser entregue no meu domicilio, a 22!

 

Fui ao tracking da encomenda: aquilo foi um vai vem de entra e sai, que fiquei sem perceber nada. Nisto liga-me a pikena a dizer que tinha recebido uma sms a dizer... o mesmo que a minha. E pronto, eis-me aqui em pulgas por que chegue sexta feira.

 

Como disse à mecinha, vou esperar sentada atrás da porta com um rolo da massa... tadinho do desgraçado que aqui aparecer...

 

20 Mai, 2020

Uma pérola rara

O diário secreto de Hendrik Groen vale cada pagina que viramos!

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5 bem gordas

 

Acabei ontem à noite O diário secreto de Hendrik Groen aos 83 anos e 1/4.

 

É sabido que, de algum tempo a esta parte raramento falo de livros, já que há um sem número de excelentes blogues a fazê-lo. No entanto às vezes há exceções em não consigo evitar destacar um que me falou forte. É o caso deste titulo.

 

Hendrik é um velhote holandês que vive num lar e decide começar um diário num primeiro dia de janeiro. E escreve todos os dias, entradas que vamos acompanhando, um ano inteirinho de pequenas hstórias que nos fazem ver o que é ter 83 anos por dentro. O livro é terno, tocante e sincero, pleno de sabedoria. Tem toques de humor que me fizeram sufocar gargalhadas, para não acordar o homem que dormia ao meu lado.

 

Os velhos estão na moda. Há imensos filmes, livros, documentários e artigos de jornal sobre a terceira idade. No nosso dia a dia não nos damos muito conta dessa atenção extra. Há menos dinheiro e menos cuidados de que há uns anos.

HG

 

Os que lemos Um Homem chamado Ove*, de Fredrik Backman, não perdemos tempo a comparar com este outros livros protagonizados por pessoas na terceira idade. Não incorra nesse erro O diário Secreto vale muito só por si. A mensagem com que nos deixa, e que confirmamos em retrospetiva, é de um otimismo que se insinua e se instala. Garante que vale sempre a pena viver, mesmo quando se está com os pés para a cova, sem saber se chega ao dia seguinte, à semana seguinte, à proxima estação do ano, ao ano novo.

 

E depois dessa viagem, tenho de fazer novos planos. Enquanto houver planos, haverá vida!

HG

 

E livros fantásticos para lermos. Não  perca este!

 

 

* e os que não leram o Ove estão à espera de quê? É um livro obrigatório e inesquecível. Como O diário secreto de Hendrik Groen, de resto.

 

OU ESTÁ TUDO DOIDO?

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Estou a planear três dias de férias em agosto, vamos ver. Ouvi de raspão que as grandes cadeias de hotéis vão abrir com as piscinas com limite reduzido de utilizadores, muitos destes por marcação e algumas estarão fechadas. Ô gente, falo por mim: o hotel é uma experiência em si. Pode ter praias pertinho, mas isso também tenho aqui; o hotel tem de oferecer algo mais. Certo: saunas, banhos turcos e jacuzzi estarão "com cadeado", mas as piscinas ao ar livre ?? Eu sei que é necessário, MAS...

 

Pipól, quem é que vai dar €200, ou mesmo mais, por noite num hotel de quatro, ou cinco estrelas, sem que possa quase usar a piscina? Du-zen-tos-eu-ros, pamordedeus! Por cada noite! Para apanhar solinho na fronha, e comer um pequeno almoço supimpa, agora a la carte? A serio? Fico em casa, esmero-me no pequeno almoço, e vou para a varanda apanhar sol. Chiça!

 

Tenciono ir para o lugar que vou sempre e que falhei no ano passado por causa dos incêndios, onde há pouca gente, ou ninguém. E tem uma piscina grande para três quartos.

 

Os hotéis vão demorar muito para recuperar da crise. Cruzes...

 

... falta

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Não tenho escrito em nenhum dos blogues como, de resto, sabem muito bem. Nem tenho lido os que lia, de modos que estou a milhas de tudo. Mas hoje já escrevi no 4 paredes, ide ler! 

 

E aqui, vou falar do que me tem deixado feliz neste conta gotas que é o regresso a uma normalidade nova. Após a travessia do deserto que tem sido o confinamento, o que me têm alegrado a vida .

 

Senti falta da minha cabeleireira. No dia que fui tratar das raízes, cheguei a casa com alma nova. A gente até pode não sair de casa, mas começamos a murchar um bocadinho, e a auto estima vai-se pelo ralo da cabine de duche abaixo, ou por outro ralo qualquer.

 

Senti  falta da minha técnica de estética. No dia em que fui tratar do cabelo também fui tirar tudo o que estava a mais. Fiquei uma mulher nova, que aquilo era pelo a dar com um pau! Cá em casa já se faziam apostas sobre quem tinha mais pelos nas pernas... e sim, eu tenho uma silk epil, mas a preguiça ganhou - e depois eles vão crescendo e chega-se a um ponto em que, só de pensar em pôr as pinças rotativas naquele comprimento, começamos a suar em bica. Náááá...

 

Senti uma falta medonha de tomar um café fora de casa, nomeadamente numa esplanada. Hoje foi o dia - falo disso no 4 paredes.

 

Sinto falta de ir ao cinema. E tenciono ser das primeiras pessoas a ir numa primeira sessão e claro, sem pipocas porque de certeza que não vai ser possível vendê-las. Assimcumássim sempre posso comprar água - e levar gomas.

 

Vou continuar a sentir falta de não sentir receio, muito embora eu seja um bocadinho "descontraída" (se tal coisa é possivel agora). No entanto, uso máscara em espaços fechados - mais para segurança, e tranquilidade de quem se cruza comigo. Não é que não tenha medo do covid, mas na minha opinião, a máscara dá, de fato, uma falsa sensação de segurança, e acabamos, por exemplo, por não pôr alcool gel nas mãos amiúde. Eu esqueço-me, e quando dou por mim já entrei no carro e pus as mãos no volante. Lá tiro o frasquinho da mochila e coloco nas mãos e as mãos no volante todo, para desinfetar. A seu tempo a gente devia habituar-se, não é? Mas agora são as alergias que me fazem penar para respirar por detrás da máscara. Depois, PIOR, vem o Verão, as temperaturas altas (para a semana já temos uma amostra)... e aguentar aquilo com o calor? Vai ser bonito! Na rua não me lixem, não uso. Vai comigo mas não na cara. Depois de amanhã chegam as sociais, a ver se são mais fáceis, ou menos difíceis, de usar...

 

No que diz respeito à conduta social, o segredo, se o há, é pensar. E depois, em última instância, pensar primeiro nos outros. Porque, ou é impressão minha, ou as pessoas ficam com os nervos em franja quando veem alguém sem máscara. E depois a máscara de facto protege, que não hajam duvidas! Mas em vez de passar o dia com aquela coisa no rosto, prefiro não sair (tanto) de casa.

 

Estou em pulgas para que reabram os parques urbanos. Até a pedovia está "fechada", o que não impede que magotes de gente vá todos os dias para lá fazer caminhadas, limitando-se OU a mover as barreiras, OU a contorná-las. A coisa tem funcionado quando se dispõem a convencer as pessoas, agora a obrigar... não resulta, a menos que apliquem multa. E ainda assim... olhem que não sei...