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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

21 Fev, 2021

Bonança

depois da tempestade

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E já passou! De manhã ainda choveu, gotas grossas quase de despedida, e depois limpou; o céu voltou a ficar azul e a luz, aquela luz que faz tanta falta, aqueceu-nos de novo a alma.

 

Demos um pulo ao supermercado (há dois dias andava a misturar as sementes com iogurte grego , que os meus bio naturais tinham acabado), e no regresso paramos junto ao rio, e aproveitei para fotografar este azul.

 

Não sei como vai ser amanhã, mas esta tarde foi bonito.

 

Ou Alegrias de um dia de temporal passado em casa

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Eu juro que queria fazer um post. Queria, por exemplo, apresentar-vos a Babette (olhem, é a pretinha!)

 

Mas está gente é mais colo, ainda para mais com este tempo... O PC jaz a meu lado, e parece que tenho a tarde feita - é que assim nem deve dar para abrir o jornal 

 

Enfim, são as alegrias de ser mãe de três coisinhas fofas e doces... 

 

Fica para mais logo... (ou então, não) 

 

Soubéssemos a alegria que lhes damos com a nossa presença!

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A minha querida sogra sempre teve uma energia que me punha a um canto. Desde que a conheço. E aos oitenta anos, feitos em outubro, não tinha mais de setenta. 

 

Na auto estrada comentámos o mal que esta bodega desta pandemia esta a fazer aos mais velhos. Que já estão com uma esperança de vida tão curtinha e que agora foi cortada a talhe de foice. É um estás vivo mas não vives que dói. 

 

Veio o Covid do filho, foi fazer o teste e também positivou. E depois este desenvolveu a p**a da pneumonia e foi internado. E ao ter de ficar em casa juntou-se a solidão e a preocupação com ele. Mesmo com vários telefonemas nossos, por dia, definhou. Não poder andar (ela fazia um ou dois quilómetros por dia) ajudou tanto a isso... quando lhe levantaram o peso do vírus dos ombros e pode sair, ficou com medo. As pernas não obedeciam como antes, e a ansiedade manifestou-se em sintomas físicos quando saía de casa, tonturas, suores... fomos vê-la poucos dias depois e fomos com ela até ao mini mercado, para a ajudar a trazer as compras - e fazê-la andar um bocadinho.

 

Entretanto o meu cunhado teve alta. Voltou para casa e ficámos felizes por ela ter novamente companhia (se a alta tivesse demorado mais 24 horas, tinha vindo cá para casa...), o que fez bem aos dois.

 

E ontem fomos vê-los. Ficaram super satisfeitos por nos verem - os olhos dela brilhavam como os de uma criança na manhã de Natal. E quando saímos pediu num beicinho que voltássemos mais vezes.

 

Na auto estrada comentámos o mal que esta bodega desta pandemia esta a fazer aos mais velhos. Que já estão com uma esperança de vida tão curtinha e que agora foi cortada a talhe de foice. É um estás vivo mas não vives que dói. 

 

E é isto. A minha sogra, que moral e fisicamente tinha setenta anos, hoje tem mesmo oitenta - e bastou um mês... nem foi preciso muito, bastou um mesinho...

 

... que é mais simples de que imaginam

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Antes de mais, quero agradecer a participação de vocês onze - mais um bocadinho e nem tinha de fazer sorteio... bom, mas só importa quem cá está e vocês são os melhores do mundo e arredores!

 

- eu podia ter divulgado melhor o sorteio no FB (e no IG), como de resto já fiz antes, mas decidi restringir-me a fazê-lo no blog. O resultado dessa opção é este, e já vão entender o porquê dessa decisão...

 

Vou pedir que escrevam um pequeno texto e mo enviem por e-mail (chata da mulher...). Ok, não obrigo ninguém, mas era giro, eu avisava quando o publicasse e o autor publicava ao mesmo tempo no seu blogue. Eu faria um link para o blogue do autor na minha publicação, e ele um link para o meu, na sua.

(quem não tem blogue não tem de se preocupar: é só enviar um texto por email e concordar com a sua publicação)

 

Vocês já perceberam, mas eu exemplifico.

 

A Carlota participa e envia-me um texto por mail. Eu respondo e informo-a que vou publicar dia 30 às 08:00h., dia em que ela pode publicar, à mesma (ou outra) hora, no Canto da Carlota

 

E o que é que a Carlota - se existisse - ia escrever? A pergunta a responder, e que vale um livro, é:

 

O que é que fizeste na vida partindo da premissa 

"porque eu posso"?

 

Pode ser algo que fizeste ou ainda queres fazer e andas a ver se reúnes coragem... 

Conta, conta, conta!

 

 

Convoco então* o José da Xã, o João-Afonso Machado, a Charneca Em Flor a Ana Mestre, a bii yue, a Imsilva, a Rute, a Maria Araújo, a Miss Lollipop, a Ana Pinto e a Helena Isabel Bracieira (via FB) para que façam como o senhor acima e escrevam uma coisa muito fixe. 

 

A data limite para envio dos textos é 3 de Março.

 

Quem ainda quiser participar, pode fazê-lo, desde que até esse dia tenha cumprido os três requisitos: manifestar a intenção, divulgar o sorteio, escrever e enviar o texto. O sorteio será feito com o randomizer, e os vencedores serão anunciados aqui no dia 5 e contatados via email para fornecimento dos dados necessárioas ao envio dos livros.

 

Quaisquer dúvidas, podem deixar nos comentários que eu respondo. E, já agora, digam se aceitam o repto  (aqui em baixo, como de costume...)

 

Boa?

 

Atualizando: somos agora 13 - juntaram-se a nós a Célia e a  Cristina Aveiro (10:46h)

 

*pela ordem como se inscreveram nos comentários deste post

 

Brainstorming alert - outra vez

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Eis-nos chgados a meio do desafio (já?), e desta vez a cor para inspiração, como já sabem ou podem adivinhar, é o laranja.

 

Lá vamos nós, pensei, mais uma cor difícil... e depois concentrei-me e esta cor é tudo menos isso...

 

Vou passar à frente frutas e legumes, e o que me vem à cabeça é:

 

  • fogo
  • lava
  • borboletas monarca laranja 
  • verão
  • calor
  • pôr do sol
  • halloween
  • outono
  • tijolos
  • telhados
  • India...

 

Tanta coisa... como estou sempre à espera da visita das musas, ainda não escrevi o texto, nem faço a minima ideia do que sairá daqui... mas hoje é para se chegarem à frente e dizerem de vossa justiça:

 

O que é que vos vem à cabeça quando pensam na cor laranja?

 

Assim, é chegado o momento de chamar à cabine de som a Concha, A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, a Cristina Aveiro, a bii yue,  José da Xã e o João-Afonso Machado

 

Então vamos lá.

Prontos?

Agoraaaaaaa!!!

 

 

17 Fev, 2021

Tua

Desafio Caixa de lápis de cor

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Amava-o desde que me lembrava de ser alguém. Ainda na escola recordava ficar a vê-lo ao longe, e a sonhar como seria se ele gostasse de mim. Sentia um alvoroço quando estava perto, o estômago era um frasco de borboletas imperador, que batiam as suas asas de azul forte contra o vidro. E nas férias passava horas na  janela do meu quarto a olhar para a varanda da sua casa, aguardando ansiosamente que este surgisse e fosse possível, finalmente, vislumbrar o objeto do meu encantamento.

 

As figuras que fazemos na adolescência, penso com um sorriso. 

 

Hoje, uma década volvida, encontro-me no banco traseiro do carro, a caminho da igreja, onde ele já deve ter chegado. Aliso a saia do vestido - que é importante que nenhuma ruga ali surja sorrateiramente - e observo depois as mãos, mais propriamente o anelar direito, que exibe o anel que me deu num aniversário, anos antes, e que faço questão de usar neste dia. Tão boas as recordações... naquele dia recebi o mais terno e doce beijo que me fez sentir que toda a espera valera a pena.

 

Estive do seu lado em todos os maus momentos, quando o pai faleceu de doença prolongada foi em mim que se apoiou e, quando a sua relação de anos terminou, foi o meu ombro que ensopou com lágrimas e desabafos. E mesmo de todas as vezes em que ele desfiou desvelos pela recente ex namorada, mantive-me firme - e não raras vezes lhe quis gritar que era demasiada informação. A plenos pulmões.

 

Mas a verdade - e eu sabia-o - é que era a sua maior amiga e ele precisava de mim. E fui-me deixando estar presente, oferecendo o ombro para os desabafos tristes e o ouvido para os entusiasmados, com direito a ser a primeira a saber quando fazia uma nova conquista, e quando a descartava. Não raras vezes, na euforia que sentia por mais uma vez ele ter chegado à conclusão que aquela também não era "a tal", confessei à almofada que acreditava estar um passo mais perto do dia em que ele havia de perceber que essa, era eu. O dia em que veria que eu estivera todo o tempo do seu lado e esperara pacientemente que se apercebesse que sempre me amara. Como firmemente acreditava. 

 

Perdida nos meus pensamentos, nas memórias da minha vida e da dele entrelaçadas durante tanto tempo, mal me apercebo quando o carro para em frente à pequena igreja. Levanto a cabeça e preparo-me: é chegada a hora de me apear e dirigir à entrada da mesma. Sinto um desconforto no estômago, as borboletas que ainda hoje lá residem estão enlouquecidas de ansiedade. Dirijo-me à entrada, e todas as imagens que fiz do dia em que oficializaríamos a vontade de ficar juntos para sempre, todos os sonhos, se  perfilam de ambos os lados do acesso fazendo como que um corredor por onde devo passar. Reconheço-os. Avanço, empurro a porta, e entro.

 

À minha frente os bancos estão repletos de rostos, uns familiares, outros desconhecidos. Deixo-me ficar na penumbra e observo-o, as costas largas, os músculos torneados que se adivinham por baixo do casaco. Preparo-me para avançar, e um arrepio percorre-me, nunca senti julho tão frio. Avanço pela nave, e quando os nossos olhos se cruzam e ele sorri, as lágrimas ameaçam brotar em catadupa. Pisco os olhos rapidamente e retribuo o sorriso. Prestes a chegar, oiço a marcha nupcial e ocupo o meu lugar. Parabenizo-me por não chorar, embora esteja mortinha por fazê-lo. E quando todas as cabeças rodam em direção à entrada da igreja, a minha faz o mesmo e vejo-a: linda, de branco, a mais bela aparição. As lágrimas soltam-se e sei. Sei que era preciso estar aqui hoje para entender que nunca mais, que não vai nunca ser verdade, que ele nunca ver aquilo em que nunca reparou. Passo a mão no rosto para limpar o meu segredo. E depois do sim, depois do aplauso, depois do casal atravessar a igreja em direção ao sol quente de Verão, deixo-me ficar sentada, dando livre curso ao caudal preso na minha garganta que finalmente me transborda os olhos.

 

E no meu âmago, as borboletas cansadas de uma vida a voltear e embater contra os vidros desistem finalmente. Uma a uma, deixando, no fundo do frasco, o pó azul da sua existência.

 

- Também deste desafio:

Imortal

O menino de sua mãe

Acalanto da memória

Conforto

 

Neste desafio participo eu, a Concha, A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor,  a Gorduchita, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, a Cristina Aveiro, a bii yue,  José da Xã e o João-Afonso Machado.

Todas as quartas feiras e durante 12 semanas publicaremos um texto novo inspirado nas cores dos lápis da caixa que dá nome ao desafio. Acompanha-nos nos blogues de cada uma, ou através da tag "Desafio Caixa de lápis de Cor". Ou então, junta-te a nós ;)

 

Sempre importante, hoje pode ser vital

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A gentileza é uma postura que caiu em desuso. Não vou partir de um pressuposto simplista e apontar o dedo à internet, às redes sociais e demais teorias, mas sem dúvida que a possibilidade de se esconder no anonimato ajudou muita gente a libertar os seus demónios, e a soltar em roda livre insultos, impropérios e dichotes diversos, atropelando tudo à sua passagem, qual buldozer sem travões.

 

E é fácil: não devemos dizer nada que ou com o tom que não gostaríamos de ouvir e não escrever nada que não disséssemos de viva voz se a pessoa estivesse à nossa frente. Mais: (... ) há que ter noção de que cada pessoa é um mundo e cada um desses mundos tem uma história longa, complexa e com raízes fundas, pelo que julgar é, 'per si', um ato profundamente mesquinho.

 

Esta forma de estar sempre existiu. Já em miúda me lembro de escutar os mais velhos cortarem na casaca de quem não gostavam ou tão só manifestava uma opinião diversa da sua. Sempre houveram mexericos e mexeriqueiros, alcoviteirices e alcoviteiros... a grande diferença é que agora passaram a usar megafone - e com as redes sociais e os fóruns de publicações noticiosas e afins, esse megafone passou a ter proporções estratosféricas.

 

Ora estas posturas que se assumem, condicionam naturalmente comportamentos - do próprio e do outro. E se comportamento gera comportamento, ódio gera ódio... e entra-se  numa roda livre que exponencia o sentimento que acaba por envenenar quem dele faz uso e abuso. Como se diz "guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra" e isso serve como uma luva a quem se perde nos próprios féis, que destila em jato contra quem se mexe dentro do espaço abarcado pelo seu radar. E o grande problema aqui é que, ao contrário da máxima, o visado também morre desse veneno invetivo. 

 

Acreditar que inverter o processo é possível, é adotar as vestes de D. Quixote e investir contra moinhos de vento. E pensar na melhor forma para calar os vozeirões que reverberam em soundbites agressivos é insistir no problema, é olhar para o outro como fonte dos males do mundo e esquecer-me do eu. Porque a verdade é que cada um de nós pode fazer uma pequena diferença: pode ser positivo. Pode, acima de tudo, adotar uma postura gentil.

 

A gentileza pode adoçar um dia difícil a alguém. E deixa-nos, também, a sentir-nos melhor connosco. E é fácil: não devemos dizer nada que ou com o tom que não gostaríamos de ouvir, não escrever nada que não disséssemos de viva voz se a pessoa estivesse à nossa frente. Mais: é bom de vez em quando fazer um exercício de empatia e tentar ver o mundo pelos olhos do outro; quando não temos informação suficiente, há que ter noção de que cada pessoa é um mundo e cada um desses mundo tem uma história longa, complexa e com raízes fundas, pelo que julgar é, per si, um ato profundamente mesquinho. Quando algo que é escrito nos aquece o sangue - ou o põe a ferver - há que vestir o casaco de bigger person, dar um passo atrás e só quando este arrefece decidir o que dizer de volta. Mandar pastar qualquer beligerância subjacente ao nosso ego ferido, e fazê-lo com - adivinharam - gentileza. 

 

Porque isso pode ser aquele bocadinho assim que pode transformar um dia mesmo mau, num dia sofrível. E pode até parar os dedos revoltados no teclado.

 

Às vezes fazer a diferença é só isso: dar o primeiro passo, fazer o primeiro gesto. Distribuir compreensão e gentileza à nossa volta é, neste momento de reclusão, tão importante!

 

E, claro, nos nossos dias mesmo maus, há que fugir de teclados, fisicos ou virtuais, que ninguém é de ferro e todos temos momentos... lunares...

 

Sorteio dos 7 anos de Porque eu Posso

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Eu disse que ia fazer um post no fim de semana, mas os dias bonitos levaram a melhor, e não fiz nadinha aqui no PC, népia. Mas tarda mas não falha e Ho and behole!, hoje é o dia.

 

Este giveaway vem na sequência deste blogue ter feito sete anos. Assim vou sortear sete livros - sim SETE, S-E-T-E - que vão ser distribuídos por sete de vós, um por cada ano. E como?

 

Primeiro - os interessados devem deixar um comentário **NESTE POST** em que manifestam a vontade de participar no sorteio, bem como garantir que o endereço de email no perfil está atualizado, para contacto no caso de serem contemplados.

 

Segundo - A seguir devem fazer um post em que mencionam este blogue e o sorteio, convidando quem vos lê a juntar-se a nós. [Se quiserem dizer que eu sou boa rapariga e este é o melhor blogue do mundo e arredores, podem, mas não precisam (que eu sou uma mocinha modesta)    ]

 

Terceiro - na próxima sexta feira devem responder a uma pergunta que vou colocar a todos. 

 

Atenção: só preenchendo estes três requisitos se podem candidatar ao giveaway.

 

E, perguntam vocês, quais são os livros que vais distribuir por nós? Atentai, pois, na lista abaixo:

 

Nada menos que um milagre, Markus Zusac

Explicação dos pássaros, António Lobo Antunes

O olhar de Sophie, Jojo Moyes

Lembranças macabras, Tess Gerritsen (livro de bolso)

Uma Cançãode embalar, Mary Higgins Clark (livro de bolso)

Relicário, Douglas Preston e Lincoln Child (livro de bolso)

A Princesa de gelo, Camilla Läckberg (livro de bolso)

 

Interessados? Bora lá a comunicar a vossa intenção - é só clicar aqui em baixo, onde diz comentários, e dizer de vossa justiça...

 

Para começar, quero convidar tu, tutututututu, tutututu, tututututu, tu e tu . Avaliem e digam se querm participar...

- venham outros tantos, se fizer sentido!

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Fevereiro é aquele mês: contabilizo os anos de blogging no dia dois e, dez dias depois, dá-se o aniversário deste blogue.

 

Vão sete anos desde que mudei de espaço, "fechei" o dona de casa e "inaugurei" o porque eu posso. 1437 posts, 9471 comentários e 1750 reações depois, encontro-me a teclar de onde o faço de há uns anos a esta parte: alapada no sofá, portátil ao colo. Não é que não haja secretárias nesta casa, mas habituei-me a isto. Geralmente há alguém de quatro patas sobre as minhas pernas, que estão sempre apoiadas na otomana. Outras vezes há dois alguéns. E muitas vezes chega o terceiro, e fechou o expediente, que nenhum dos três tem qualquer pejo em deitar-se sobre o teclado.

 

Estes sete anos têm sido uma jornada fantástica. Conheci gente, ganhei pessoas, perdi pessoas, aqui nestas lides, e neste espaço. Há os que, embora passando e lendo, nunca comentaram, os que comentaram e já não o fazem, e os residentes, que passam e vão ficando. E comentando. É tão bom! Tenho de agradecer a todos, são vocês que fazem este Porque eu posso, o que é.

 

O hiato do ano passado foi positivo, voltei com mais força, e há uma semana o Sapo deu-me um enorme abraço virtual que me soube pela vida, quando me colocou na pagina principal, associada à minha maior paixão, os meus gatos - e todos os outros gatos que não são meus.

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Por tudo isto, só posso dizer que tenciono continuar por cá. Enquanto fizer sentido, enquanto esta comunidade fantástica continuar a comunicar entre si, e sentirmos todos que fazemos parte destes blogues com gente dentro. 

 

Fiquem desse lado que eu fico deste, ok?

 

P.S.: o blogue faz anos e quem dá prendas sou eu. Amanhã (hoje não tive tempo) em post, anuncio um pequeno giveaway. Posso adiantar que são livros. Voltem amanhã, para saber mais pormenores...

 

... e de gente fantástica que escreve coisas brilhantes

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Se vou procurá-los numa livraria quando estas abrirem? Não. Não tenho por hábito ir atrás dos livros, gosto mais que venham atrás de mim.

 

Todos sabem - se não sabem andam distraídos (aqui, ó) - fiquei e continuo indignada, para dizer o mínimo, por ter sido proibida a venda de livros nas grandes superfícies. Ninguém ganha: quem compra livros entre a costeleta e o molho de espinafres, não vai a correr às livrarias físicas, mal estas abram, para os comprar. Há compras que se fazem porque sim, porque o livro nos pisca o olho e vamos atrás, porque o nome do autor nos chama, porque nos perdemos na bancada dos livros com descontos. Ou só porque "hoje vou levar um livro", porque apetece, porque mereço, ou tão só... porque sim. E depois o momento passa.

 

Recebi como, acredito, muita gente, um email do Grupo Presença, que me oferecia quatro livros por €25. Vi o catálogo, e haviam quatro (eram mais seis...) que encaixavam no que apetece ler nestas alturas confinadas, todos da Cecília Ahern (os outros dois eram thrillers de autor que não conheço, nem recordo o nome, mas que me pareceram apelativos). E como sei que as editoras estão a ficar estranguladas por esta nova "lei", enchi o carrinho... e coloquei de lado. E pus-me a equacionar a despesa. Porque já tinha recebido dois livros de uma livraria digital e vinham outros três a caminho. E este ano, ainda nem sequer comecei a ler. E... não completei a encomenda. 

 

Posso garantir que, se fora no hipermercado, teriam vindo comigo. Porque lhes tinha pegado, tinha aberto, lido uma ou duas frases, recordado o que já li da autora, e pesado que se não os levasse naquele dia, quando voltasse provavelmente já não os encontraria. As equações não teriam lugar, quando muito surgiriam à posteriori, e o brilho das novas lombadas afastá-las-ia dum piscar de olhos.

 

Se vou procurá-los numa livraria quando estas abrirem? Não. Não tenho por hábito ir atrás dos livros, gosto mais que venham atrás de mim. Quando há algum que quero comprar, de um autor que gosto, daqueles que ainda vêm quentinhos, acabadinhos de sair, a tinta ainda a acabar de secar... encomendo online. Um ou dois dias depois (uma livraria digital, fora do confinamento, chegou a entregar-me livros 18 horas depois de os ter encomendado, coisa que até hoje me espanta!) tenho-os nas mãos.

 

Desenganem-se pois: os livros que ficaram por comprar já não vão ser comprados*

 

E depois, hoje de manhã li esta crónica no Despertador, um email do jornal Público que recebo todas as manhãs. E achei absolutamente brilhante. Porque para além de falar dos livros que não podemos comprar, fala da outra coisas que só não me traz pelos cabelos porque quando ligo o canal de noticias e estão a dar diretos ou reportagens de vacinas, mudo de canal. Mas que me irrita, irrita.

 

Cliquem aqui ou na foto abaixo para ler também.

 

Ípsilon A.png

* exceções há, mas neste caso vão confirmar a regra. Até porque quem quer um determinado livro ou encomenda online agora, ou provavelmente desiste. Se todos tiverem tanta paciência para esperar, como eu...