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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Eu, aqui no Sapo desde 2005

dona de casa.jpg

 

Há precisamente 16 anos escrevi este post - e passei-lhe hoje o corretor ortográfico (gralhas não, obrigado), por isso podem ir espreitar que é razoavelmente seguro. 

 

O Diário de uma"dona de casa" à beira de um colapso durou nove anos. Nove anos com momentos divertidos, momentos depressivos (tantos!), momentos alegres. Decisões, indecisões, avanços, recuos... de resto como a vida de toda a gente! 

 

Em fevereiro de 2014 mudei de "poiso", e criei este Porque eu Posso, o único segundo blogue a que dei continuidade, até hoje. Nasceu numa altura em que fazia sentido algo diferente, ou se preferirem, não fazia sentido continuar no mesmo caminho, havia situações que me tinham obrigado a avançar, a crescer, a ficar diferente, e mudar o espaço foi a consequência lógica.

 

Tudo somado, já estou há 16 anos nesta plataforma, e gosto mesmo de estar aqui. A comunidade é fantástica, formam-se círculos, elos, estamos aqui para nos motivarmos uns aos outros... e que assim continuemos.

 

Não sei como a blogosfera vai estar daqui a um, três, cinco anos, mas enquanto fizer sentido vou continuar por aqui. Com o carinho de quem me lê e acompanha - e leu e acompanhou - e a alegria de criar algo novo todos, ou quase todos, os dias.

 

Obrigada por estarem aí

- é, também, tão bom estar deste lado!

 

    

 

 

 

- vamos implementar mudanças?

olá Fevereiro.jpg

 

Entrámos no segundo mês do ano.

 

Janeiro é um mês palerma. Ou melhor, eu fico palerma em janeiro. 

 

No rescaldo do final do ano, dos balanços, da euforia de um ano novinho em folha, a estrear e na vontade de fazer mudanças para melhor, não escapo a uma sensação de ressaca no inicio do ano - e não é do champanhe... e fico assoberbada. Já me concedi o dia um de janeiro como dia zero; daí saltei para a primeira semana como sendo a semana (igualmente) zero; este ano alarguei essa tolerância ao primeiro mês, assumindo-o como mês esquece-lá-isso-para-já-que-tens-mais-onze-pela-frente.

 

E eis-me, então, chegada ao primeiro de fevereiro, altura de fazer o que precisa de ser feito.

 

Ponto 1

 

Tenho excesso de peso. E não, não são só cinco ou seis quilos a mais. Por isso quero perder peso - não é o "preciso de" que não leva a nada, nem o "tenho de", que me faz correr (mentira, nada me faz correr...) em direção contrária; é o "quero". Quero porque quero ter mais energia, e deixar de sentir as minhas queridas (#sóquenão) hérnias discais apertadas entre camadas de tecido adiposo - esta é a imagem que faço e que obviamente não corresponde à realidade, as costas não agregam assim tanta gordura...

 

Portanto vou iniciar um regime alimentar cuidado e tomar um drenante, porque faço muita retenção de líquidos. No fim deste mês contabilizo o peso perdido. E depois conto.

 

Ponto 2 

 

Um hábito leva 28 dias para se tornar automático - há quem defenda que é metade do tempo, há quem diga que pode até ser mais. Não sei quanto tempo levei até a primeira coisa que faço quando me levanto ser espremer metade de um limão, misturar com água (da torneira à temperatura que sair, bem sei que devia ser morna, mas don't push your luck...) e beber.

 

Mas é assim que começo o dia já há uns meses.

 

E então, vou acrescentar um hábito novo, a ter lugar logo a seguir a beber a limonada: fazer onze - leram bem, são onze! - minutos de alongamentos. Encontrei esta rotina num dos blogues que sigo no Bloglovin', o Well+Good, e achei que estava à minha medida: de quem já sedentarizou há tanto tempo que nem sabe como é que ainda não ganhou raízes...

 

 

Portanto este mês vai servir para preparar - e iniciar - novos hábitos que quero duradouros.

 

E desse lado, há quem esteja a planear algo novo para este mês? Quem esteja a fazer por perder peso? Contem-me tudo que eu quero saber!

 

- disto de fazermos juízos de animo leve

minimalist cut.jpeg

 

O que é que têm em comum um ex fumador, um ex gordo e um minimalista?

(não é uma anedota, é a sério).

São uns chatos.

 

Passo a explicar.

 

Um ex fumador acha que, se és fumador, só não deixas de fumar porque não queres. Porque se ele conseguiu deixar, tu também consegues. Porque é tudo uma questão de força de vontade.

 

Um ex gordo acha que só tens peso a mais porque queres. Porque se ele conseguiu perder peso, tu também consegues. Porque é tudo uma questão de força de vontade.

 

O minimalista acha que só não simplificas o teu espaço e a tua vida, porque não queres. Porque se com ele resultou, contigo também resultaria. Porque é tudo uma questão de força de vontade.

 

Se eu acho que é preferível ser não fumador, estar em forma e não possuir objetos só porque sim? Sem duvida! Mas também acredito que o mundo não é a preto e branco, existem muitos tons de cinzento. E tudo exige uma dose de esforço que não deve ser avaliado de cor, cada caso é um caso. 

 

Por exemplo, um fumador pode estar a substituir uma adição pelo tabaco. Não sendo saudável, é compreensível e aceitável.

 

Uma pessoa com um IMC de meter respeito pode ter uma disfunção endócrina, um problema de foro psiquiátrico - ou pode tão só estar a passar por uma situação prolongada de ansiedade, que descarrega na comida (quem nunca?). Não é saudável, mas é perfeitamente compreensível. 

 

Alguém que possui objetos de que não necessita e muitas vezes nem gosta, pode ter dificuldade em se desapegar dos mesmos por uma miríade de razões. E se é um facto que desimpedir o espaço de ruído visual pode aliviar uma série delas, às vezes não é tão simples...

 

E outras vezes, sim, se quisesse deixar de fumar deixava, porque eu deixei, se quisesse emagrecer, emagrecia, porque eu perdi tanto peso, se quisesse destralhar, destralhava, porque eu deitei tantos sacos de 120 litros cheios de coisas para o lixo, e dei tantas caixas repletas de objetos. 

 

Mas esses casos, assim de estalar os dedos, são uma minoria.

 

Nunca nos podemos esquecer que só nos sapatos do outro podemos verdadeiramente fazer um juízo dos seus atos.

 

E que isto das generalizações é tão perigoso como o fundamentalismo!

 

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