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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

- ou então, não...

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É verdade: há quase duas semanas que não escrevo nem publico nada por estas bandas. A razão é a menos original: saúde - ou mais própriamente, falta dela. Começou por ser a tensão que se desgovernou - sou hipotensa, mas ela trepou por aí acima que foi uma beleza, #sóquenão, e depois oscilou entre o baixo e o altito. Sendo que a minha mãe tem precisamente esse problema - e não tem excesso de peso, a que habitualmente atribuem todos os males - fiquei um bocadinho assustada. Pronto fiquei um bocadinho grande, nomeadamente no dia em que a vi chegar aos 18-10...

 

Ato continuo falei com o meu médico, ele marcou uma consulta de imediato e eu continuei a registar a medição, que fiz três vezes ao dia. E apercebi-me que aquela subida muito provavelmente tinha a ver com o anti histamínico que estava a tomar à noite - antes de dormir sentia-a bem alta. Parei e esta baixou para níveis normais, ou quase. Agora está estabilizada, felizmente.

 

No entanto o médico mandou-me fazer uns exames (análises e ECG's), idem perder peso - bota mais ansiedade na fervura... 

 

E nisto tudo ao meu sistema nervoso deu um nó, e eu fechei-me. Fiquei passivamente a deixar passar o tempo, a sentir-me deprimida, sendo que a depressão é o meu calcanhar de Aquiles: faz-me companhia desde os 12 anos. Durante muitos anos andei medicada, mas desde setembro passado que não tomo anti depressivos, e gostava muito de continuar assim, mas vacilei. Acreditei mesmo que ia voltar à caixinha das cápsulas verde e brancas...

 

E pronto, este é o resumo das duas últimas semanas. 

 

Tive saudades de todos, estou farta de televisão e de estar a termer nas minhas botas (e juro que não sou nada assim, canudo!)

 

Durante o fim de semana vou fazer o post do novo desafio que é, tambores, please, o desafio dos quadros. Vão passando por cá - mas fiquem tranquilos que notificarei o #GrupoDosLápisDeCor 

 

Obrigada por estarem aí

 

 

... mas é só quase

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cortesia Eurosport

Vão já quase duas semanas que a minha box oscila entre os canais 131 (manhã e tarde) e 143 (fim de tarde e noite). E por isso, há quase duas semanas que o écran da televisão parece Chroma Key, já dava para fazer um filme de grandes efeitos especiais!

 

E já estou a ficar de olhos em bico...

 

Há quatro jogadores que gosto mesmo de ver jogar - Neil thunder from down under Robertson, Mark the shark Selby, Judd ace in the pack Trump e o senhor da foto, Mark welsh potting machine Williams, sendo este  a minha primeira escolha pela postura que assume face ao jogo - dir-se ia que ao contrário de Selby (e do Trump dos últimos tempos) não se leva demasiado a sério. E, perguntar-me-ão, onde é que colocas Ronnie the rocket O'Sullivan? Em lado nenhum. Concordo que é um jogador com rasgos de brilhantismo, mas irrita-me a doença que assola tantos fãs nesta praça, que babam por toda e qualquer movimentação do taco do senhor. Menos, people, menos...

 

E ontem foi assim aquele dia... como se previa, Selby afastou Williams com uma vitória retumbante, e um Robertson muito desalentado foi enviado para casa por um senhor que se chama Kyren Wilson e nunca foi campeão do mundo - Kyren é ingês, tem ar de D'Artagnan, joga que se farta, é hiper resiliente - e eu não gosto dele. Porque sim. E finalmente, Judd foi eliminado por outro inglês, o senhor Sean Murphy, que está agora a jogar com o D'Artagnan de serviço - empatados, um frame para cada lado à hora a que escrevo. E dos dois, goooo Murphy, sempre é uma lufada de ar fresco, já há algum tempo que não o vejo levantar um caneco. 

 

Por isso, que a final seja Murphy-Selby, que eu sorrio seja qual for o desfecho (se tiver em conta os últimos resultados, ainda vamos é ver o Kyren de troféu na mão...)

 

Assim, aqui por casa e até à próxima segunda feira, o écran vai continuar, maioritariamente, verde.

 

Desafio caixa de lápis de cor

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Casara de branco com toda a simbologia inerente. Eram brancos os lençóis de algodão, com cabeção e fronhas bordadas com o seu novo monograma, agulha empunhada com esmero, para que o homem que a tinha escolhido e fora falar com o seu pai das suas boas intenções - casamento e sustento garantido, sem grandes luxos, mas o parco rendimento certinho - não se arrependesse da escolha que fizera. 

 

Assustava-a a perspetiva da noite, daquela, a primeira noite, e envergonhada aproximara-se da mãe e perguntara o que esperar. A mãe, desconfortável, continuara a lavar a loiça com energia renovada na força com que usava o esfregão, e dissera-lhe que os homens tinham certas necessidades e que fazia parte das suas obrigações enquanto sua mulher, satisfazê-las. Disse-lhe tens de lhe dizer que sim! Mas a quê, mãe? Ao que ele te disser. Agora vai dar a lavagem aos porcos, que já deviam ter comido, rai' da rapariga, sempre com a cabeça no ar... 

 

E chegou o dia. Depois dos votos repetidos em ladainha em frente ao senhor padre, depois do almoço que o pai da noiva fez questão de oferecer, um porco inteirinho regado ao vinho que já o seu avô fazia, depois de receber os olhares de inveja das solteiras casadoiras e o olhar sombrio das outras, das casadas com os homens que já bem bebidos as mandavam calar com gestos agressivos - mulheres que quando a olhavam sorriam um sorriso que não lhes chegava aos olhos e repetiam, enquanto lhe apertavam as mãos, o casamento é uma carta fechada, frase que já tinia nos seus ouvidos das tantas vezes que escutara ao longo do dia - depois de se sentir tão cansada, de lhe doerem os pés dos sapatos que a mãe tinha guardado do próprio casamento, e que apertavam os seus, maiores, depois de ouvir os homens a gargalhar, a cantarem canções das quais já nem conseguia entender a letra, o seu Manel aproximou-se dela, acompanhado pelo coro dos outros homens a darem vivas e a encorajarem o homem, pegou-lhe na mão e levou-a com ele a montarem na carroça que os ia levar à sua nova casa, e partiram.

 

Na manhã seguinte, a marca de sangue no branco do lençol que alindara com tanto brio e cuidado, confirmou a dor que sentia, e confundiu-lhe os sentimentos, as ideias, porquê a nudez, porquê o peso sobre ela, porquê a dor, porquê o sangue, ninguém lhe falara do sangue... apressou-se a retirar o lençol da cama e a levá-lo para lavar, para esfregar bem, pôr à cora, o que fosse necessário para tirar aquela mancha, a mancha da vergonha da sua ignorância, do pudor devastado, da raiva que sentia agora...

 

Entrou na cozinha com o lençol entronchado nos braços, e ouviu a porta abrir-se, era ele que entrava, cravou os olhos no chão, e a lembrança da noite anterior fê la tremer. Sentiu-o aproximar-se e os pés colados ao chão não a deixavam fugir nem desaparecer, e o ar que não lhe queria sair do peito, o sufoco...

 

Manel segurou-lhe o queixo entre o polegar e o indicador e levantou-lhe a cabeça, até os olhares se cruzarem. Desculpa, disse-lhe com os olhos tristes. Desculpa que sei que fui desajeitado, que sei que te magoei, só posso ter magoado, grande besta, tinha bebido, sabes, não me medi... desculpa, e estendeu-lhe um molho de flores silvestres apanhadas ali no campo à volta da casa. Nunca mais, disse-lhe nunca mais te magoo, quero fazer-te feliz, tão feliz quanto conseguires ser, foi por isso que quis casar contigo, entendes? Não para seres minha pertença, minha criada, mas para estares ao meu lado e caminharmos juntos.

 

Sofia ouviu a sua avó em silêncio, dentro do seu vestido branco de princesa, e deixou as lágrimas rolarem. A avó aproximou-se e secou-lhas com a ponta do lenço de cambraia, shh, rapariga, não chores, hoje é o dia mais feliz da tua vida! Acredita: eu não sabia, mas foi o meu... agora deixa-me ir, que todos nos esperam... amanha-te rapariga, põe-te ainda mais linda!

 

E a velha senhora saiu, apoiada na sua bengala, aproximou-se da cadeira onde Manel estava sentado e ocupou a do lado. O marido pegou-lhe na mão e levou-as aos lábios. Ela sorriu e ficaram assim, de mão dada durante toda a cerimónia, na certeza da promessa cumprida há tantos anos atrás. 

 

NOTA: este texto é uma republicação, foi publicado pela primeira vez em outubro de 2018, no âmbito de um desafio de escrita criativa. E foi dele que me lembrei quando equacionei criar este, porque gostei tanto da história que criara que o tinha bem presente. Achei que hoje, dia em que acaba este desafio dos lápis de cor, ao usar este conto seria um pouco como fechar o circulo - não que queira fechar o que quer que seja, mas pronto... peço, então, desculpa a quem o tiver já lido, mas para mim faz todo o sentido colocá lo aqui.

- Também deste desafio:

Reguila

Homenagem

Real

Inesquecível

Rosa

Narciso

Ela

Tua

Imortal

O menino de sua mãe

Acalanto da memória

Conforto

 

Neste desafio participei eu, a Olga, a Marquesa a Concha, A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, a Cristina Aveiro, a bii yue,  José da Xã e o João-Afonso Machado, formando o

#GrupoDosLápisDeCor

Todas as quartas feiras e durante 12 semanas cada um de nós publicou, no seu blogue, um texto inspirado nas cores dos lápis da caixa que dá nome ao desafio. Podes lê-los através da tag "Desafio Caixa de lápis de Cor".

 

- e já não era sem tempo!

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E finalmente os livros do passatempo 7 anos de 'Porque eu Posso' estão no correio!

 

Foi um parto difícil... primeiro foram os envelopes: não consegui encontrar acolchoados em lado nenhum - e de correio verde, só havia três... os CTT daqui são um atrofio, mas acabei por ter de recorrer a eles. Depois esperei pelas moradas, e tendo ontem recebido a última, hoje, arranjei tudo, fotografei e depois descobri que dois dos livros não cabiam nos envelopes - e eu nem papel craft tenha em casa para fazer embrulhos... então ao  cair do pano tive de substituir O olhar de Sophie e Nada menos que um milagre por A filha do papa, de Luis Miguel Rocha e O ladrão de sombras, de Marc Levy, ambos em formato de bolso. A Explicação dos Pássaros entrou (com a ajuda de forceps) no envelope porque tinha menos paginas...

 

Então disseram-me que eles serão entregues na quarta ou quinta feiras da próxima semana. 

 

Façam-me o grande favor de me avisarem por email quando os CTT os entregarem, sim? Em principio podemos apontar para a publicação da foto nos vossos blogues na segunda feira seguinte. De qualquer forma, aguardem um email da minha parte a confirmar que todos receberam, e a dar luz verde para dia 26.

 

E é isto.

 

Já sabem do novo passatempo, Livro Mistério (de Abril)? A primeira fase, que consiste nas inscrições, já está a decorrer. Liguem-se e participem!

 

Leituras 2021 - #2

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Toda a minha gente sabe que este ano comecei a ler tarde, nos últimos dias de fevereiro encetei o primeiro, que acabei quatro dias depois, como contei aqui. E depois de O sítio secreto, de Tana French li, pela seguinte ordem,

 

 

e comecei na segunda feira Um Amor na Cornualha, também de Liz Fenwick.

 

O Homem Espelho, que andava a namorar desde que saiu, em novembro, não me desiludiu de todo. É diferente do habitual do casal luso-sueco, é mais gráfico, e fiquei com a ideia de que o final estava decidido quando o livro começou a ser escrito, e o enredo foi construido à volta desse final.

O bom: quando sabemos quem está por detrás do assassínio e demais mortes, ficamos literalmente de queixo caído. Não conheço quem tenha adivinhado quem foi.

O menos bom: acaba por ser a mesma coisa... o desenlace entra um pouco por cunha, ou se preferirem, é metido a pé de cabra. Alguns elos de ligação são explicados de forma pouco convincente, falta ali qualquer coisa (os textos que já escrevi de fim pré decidido em mente, nitidamente custaram a aguentar-se sozinhos. Não sou escritora, mas dá-me ideia que terá acontecido, com este livro dos Kepler, mais ou menos a mesma coisa)...

 

A vegetariana é um livrinho de tamanho, muito diferente do que estamos habituados a ler. Han Kang é coreana, e este livro poderia ter-se "perdido na tradução" - mas não perde. É considerado violento e sensual, embora para mim os adjetivos que o definem sejam pesado, e de uma beleza... diferente.

O bom: é diferente - em bom.

O menos bom: é diferente - e custa-nos um bocadinho a entrar...

 

Os cinco herdeiros é um livro que me deixou extremamente satisfeita. O que gosto mais em Adler é a sua capacidade de descrever de tal forma o cenário que nos sentimos no local. Para além disso, esta verdadeira epopeia de 648 paginas, aguenta-se com a mesma pujança a cada pagina, do inicio ao fim.

O bom: os locais, as histórias (e o tamanho, que gosto mesmo de livros grandes).

O menos bom: assim de cabeça não me ocorre nada. Não é literatura de primeira água, mas gostei mesmo...

 

A casa dos sonhos é mau. Mesmo. Os diálogos praticamente monossilábicos são assim uma coisa inacreditável. Está bem que uma das intervenientes é adolescente, e a segunda, a madrasta desta, mas, vá lá...

O bom: o ambiente, que foi o que me fez levar o livro até ao fim. 

O menos bom: os diálogos. A ausência de uma história que se aguente. Os personagens sem densidade.

 

Desejos de chocolate é Trisha Ashley. Passo a explicar: os livros desta senhora bem espremidos deixam muito pouco ou nada de residual, mas leem-se com um destes prazeres... aqui as personagens têm três dimensões, e lemos o livro de uma ponta a outra numa alegria constante. Não interessa se a história é algo como "ela estava sozinha, a sofrer de um desgosto de amor, conheceu o rapaz, e decidiram casar, fim" (isto é um suponhamos). O que interessa é quem é quem, e que papel cada um representa na vida dos outros - e da cidadezinha.

O bom: tudo. Pronto, está bem, as personagens (todas), o ambiente.

O menos bom: vou pôr a coisa assim: se a autora escrevesse folhetos de publicidade de supermercados, eu era mocinha para os mandar encadernar e pôr na estante. Agora a sério, se há livros que releio com prazer são os desta senhora, por isso é claro que para mim não há aqui nenhum menos bom que se apresente!

 

Do segundo livro de Fenwick, que comecei há três noites atrás, falarei depois. Estou com esperança que seja melhor que o seu primeiro, que referi em cima... mas parece-me que padece do mesmo mal - no entanto, só até ver, parece que não há adolescentes à vista...

 

E, perguntam vocês, se não gostaste do primeiro, foste comprar um segundo porquê? eu conto... comprei os dois ao mesmo tempo. Vendi umas coisas no OLX, e deparei com um anúncio de uma rapariga aqui da minha área de residência que vendia livros, sendo três da Trisha Ashley - e só tinha um deles. Custavam sete euros cada um, e ela tinha também outros títulos, entre eles os dois da Fenwick. Pode ter sido da capa - ela até tinha outros autores, mas a Cornualha é um lugar que imagino belo.

 

E foi assim... comprei os quatro livros por €25. Parece muito para segunda mão - ou pré amados, como lhes prefiro chamar - mas dou o valor por bem empregue...

 

E vocês, contem-me: como têm sido as vossas leituras?

 

Brainstorming da cor branco

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Eis-nos chegados à (desta vez juro que é mesmo) última semana deste desafio caixa de lápis de cor. Já estão com saudades? Não estejam que não vamos ficar por aqui (como aliás já sabem). E é a semana do branco.

 

Há muitos anos atrás, no curso de design de moda que tirei, tinha uma disciplina de seu nome psicodinâmica da cor, e houve um dia que fizemos algo parecido com o que fazemos aqui às quintas:  tínhamos de escrever a primeira coisa que nos ocorria quando pensávamos nas cores que nos iam ser apresentadas. Só me lembro de duas: o azul claro era amor e o branco, liberdade.

 

Por isso, a primeira coisa que me lembro quando penso no branco é de que em tempos o associei a liberdade. Ainda o associo, mas não sou assim tão pragmática, se só pensasse numa coisa, não sei se seria a primeira a  ocorrer-me...

 

Branco faz-me pensar em

 

  • rosas - o que eu gosto de rosas brancas, senhores! 
  • neve
  • algodão
  • nos meus cabelos recentemente assumidos
  • açúcar em pó 
  • farinha - ontem a farinha de trigo que usei para fazer panquecas não era branca, era bege...
  • claras em castelo 
  • suspiros  - ai o que eu gosto de suspiros 
  • o coelho apressado do País das Maravilhas... 
  • noites mal dormidas 
  • a barba do pai natal 
  • recomeço (tela em ______ ) 

 

- eu até diria ovelhas, mas essas só são brancas nos desenhos animados, e nos peluches, quando estes saem da fábrica e chegam às mãos das criancinhas; a coisa muda logo, logo 

 

Agora passo o testemunho a vocês, Olga,  Marquesa,  Concha, A 3ª FaceMaria AraújoPeixe FritoImsilvaLuísa De SousaMaria, Ana D., CéliaCharneca Em FlorMiss LollipopAna Mestre, Ana de DeusCristina Aveirobii yue, José da Xã João-Afonso Machado; o que vos vem à cabeça quando pensam em branco?

 

Todos preparados para o último bota-faladura da tempestade cerebral do desafio da caixa de lápis de cor (eheheh)? Então vá:

 

Partida...

... largada...

... fugida

 

 

O bota-faladura segue nos comentários, como de costume... 

 

 

*é só uma maneira muito presunçosa de dizer extra, extra concurso - onde está concurso, leia-se desafio 

 

O que se vai passar a seguir? Ponto prévio

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E não é que estamos praticamente no cair do pano sobre este primeiro desafio? Mas ainda falta aquela semana extra, a daquele lápis de cor que não estava na caixa e faz tanto sentido: o branco.

 

Portanto não se esqueçam que amanhã é para estarem aqui para o brainstorming do branco!

 

E depois... depois temos a hipótese de fazer, ou não uma pausa. Eu sugeria uma semana, em que a quarta feira serviria para quem quisesse parar e avaliar o que foi este primeiro desafio. E depois começaríamos o próximo desafio na quarta 28 de abril, parece-vos bem?

 

Como vamos prosseguir? Ah, na sexta feira terei um post prontinho para explicar o desafio seguinte, eventualmente dar exemplos, e durante todo o fim de semana recebo de bom grado sugestões, correções... mas preciso de tempo para passar tudo para o papel

 

 

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Este desafio será aberto a todos os que nele quiserem participar, por isso gostaria de solicitar que os membros deste grupo que se formou divulgassem o mesmo, convidando também alguns blogues a se juntarem a nós.

 

Sei que pode ser embaraçoso convidar, no vosso post, A, B ou C, e deixar outros de fora - e sabemos bem que nestas alturas nos esquecemos sempre de alguém. E há sempre o risco de que quem nos visita habitualmente se possa sentir excluído, quando não vê o seu nome ali escarrapachado... para quem o quiser fazer, sugiro que a melhor forma talvez seja convidar nos comentários nesse blogue ou por e-mail - quando recorro a esta forma de contacto, ou pergunto sempre se o email no perfil é visto com regularidade, ou informo num comentário enviei-te um e-mail. Mas são vocês quem decide se ou como o pretende fazer - claro que só o fará quem quiser!

 

Sei que poderá haver dificuldade em ler todos os textos (de todos), em cada quarta feira... mas esse é um problema com que lidaremos mais à frente no tempo, se se confirmar essa dificuldade. Por agora, será muito bom continuarmos a seguir juntos.

 

E então, esta é a altura para se alguém quiser sair, dizer, ou calar-se para sempre

 

O que acham? Chegará fazer um convite genérico, ou devemos fazer um mais personalizado? Lembram-se de alguém em especifico (não é preciso dizerem quem, só se vos ocorre alguém)?

 

Este post é dirigido ao grupo dos lápis de cor e a todos os que se nos quiserem juntar. Por isso, estou a falar com vocês,  Olga,  Marquesa,  Concha, A 3ª FaceMaria AraújoPeixe FritoImsilvaLuísa De SousaMaria, Ana D., CéliaCharneca Em FlorMiss LollipopAna Mestre, Ana de DeusCristina Aveirobii yue, José da Xã João-Afonso Machado. Vá digam-me o que acham disto tudo...

 

07 Abr, 2021

Reguila

Desafio caixa dos lápis de cor

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Acordo e olho para os meus pés, a ver se cresceram durante a noite. E digam lá, se os pés tivessem crescido, eu também seria maior no corpo todo, já que os pés não crescem sozinhos não é? É que nem vos passa pela cabeça o quanto eu quero ser crescido, grande como o meu pai, assim valente, bater-me pelos meus filhos e defendê-los com a minha vida se preciso for - a minha mãe diz que eu sou um bocadinho dramático, mas tenho a certeza toda, todinha, que se fosse preciso o meu pai dava a sua vida por mim. Ou por ela.

 

Oiço a minha mãe a cantar na cozinha, ao mesmo tempo que um cantor canta em inglês. Ela gosta mesmo daquela musica! Já me contou que é a história de um rapaz que gosta muito de uma rapariga (bah, amor e essas coisas belhec), e disse que na canção eles são os dois assim do meu tamanho, mas eu não acredito, que ele tem uma voz parecida com o meu tio Jacinto - só que em inglês! - e o meu tio Jacinto é muito mais crescido que eu! Não é que a minha mãe minta, que não mente, só está um bocadinho enganada, é isso.

 

A minha mãe é a mãe mais linda do mundo, fico todo vaidoso quando chego com ela ao pé dos meus amigos da escola. Quando ela me quer dar o beijinho de despedida fujo, que é para os outros miúdos não gozarem comigo e me chamarem olh'ó menino da mamã! no recreio. Invejosos e parvos, é o que eles são! E tudo porque não têm uma mãe assim linda como a minha, e as deles nem os levam todos os dias à escola. Ela quase nunca ralha comigo... mas fica triste quando não como o lanche. Já lhe disse que o intervalo passa tão depressa que nem tenho tempo para comer, mas ela olhou para mim por cima dos óculos... e ficou triste à mesma.

 

O meu pai trabalha numa empresa muito grande, e eu não percebo muito bem o que faz. Dizem que são projetos, mas o que eu vejo são desenhos em folhas de papel muito grandes, que ele faz numa secretária que fica inclinada enquanto ele trabalha... diz que se chama es... esti... qualquer coisa.

 

Eu porto-me sempre bem. Bom, quer dizer, mais ou menos, falo muito e gosto mais de brincar de que de fazer os trabalhos. Ah, e gosto de pregar partidas! Mas ás vezes faço mesmo asneira, e as coisas não acabam muito bem. Há umas semanas atrás, à hora do lanche, estava com fome e a minha mãe estava a dar de mamar ao meu irmão pequenino - já vos contei que tenho um irmão pequenino? Não? Também não há muito a contar... chama-se Hugo é bebé e passa os dias a fazer quatro coisas: a comer, a sujar a fralda, a dormir ou a chorar; e chora que se farta, o meu mano, vai lá vai!... 

 

Mas estava a contar que a minha mãe estava ocupada, e eu tinha tanta, mas tanta fome que fingi não ouvir quando ela me disse para esperar e pus o pão e a faca para cima da mesa. Abri o frigorifico e quando vi que o Tulicreme estava lá no alto na primeira prateleira, agarrei num banco, pus ao pé do frigorifico e subi para cima. Tinha a caixa na mão e estava a passar o dedo no chocolate, quando o Zorro entrou a correr atrás do gato da minha mãe, que se chama Pompom (belhec), que fugiu por baixo do banco e como o cão é muito maior que o gato, chocou comigo e a caixa do Tulicreme ganhou asas. Primeiro subiu bem alto, e logo a seguir estatelou-se com toda a força no chão... é pá, parecia que se tinha aberto uma fonte de chocolate no chão, ficou tudo, tudo, tudo salpicado de chocolate - e isto aconteceu no momento em que o  meu pai rodou a chave na fechadura e entrou em casa. Ui, que fiquei com um destes cagaços quando ele entrou na cozinha, o gato passou ao lado dele disparado e o cão chocou com as pernas dele, ao mesmo tempo que ele gritou qu'a rai...??? e eu quase caí e a minha mãe entrou na cozinha com o Hugo a fazer beicinho - mesmo a preparar-se para começar a chorar, raio do miúdo - ao colo.

 

O meu pai ralhou, como eu bem sei que os grandes fazem naquelas alturas. Ainda o estou a ver, com o seu casaco de malha castanho, cor do chocolate que estava no chão, nos armários, nas paredes e eu ainda tinha nas mãos, e fora a causa de tal rebuliço, vermelho como um tomate, a ralhar e a dizer que eu podia ter caído, ou ter-me cortado com a faca, ou... não me lembro do resto.

 

Fiquei de castigo, sem comer Tulicreme durante um mês - vocês imaginam o que é isso? Só de pensar que ainda faltam duas semanas... - e fui recambiado para o meu quarto... sem lanchar.

 

Na altura fiquei muito zangado, disse que a culpa tinha sido do gato, estúpido do Pompom (belhec), que deixou o pobre Zorro cego de raiva (não sei o que o gato fez ao cão mas deve ter sido mesmo lixado... ) e se não fosse isso, o Tulicreme não tinha caido ao chão e sujado tudo. Mas eu sei bem que a culpa foi minha, que devia ter esperado que a minha mãe viesse me dar o lanche. Aprendi a lição, nunca mais faço asneiras... pelo menos dessas!

 

- Também deste desafio:

Homenagem

Real

Inesquecível

Rosa

Narciso

Ela

Tua

Imortal

O menino de sua mãe

Acalanto da memória

Conforto

 

Neste desafio participo eu, a Olga, a Marquesa a Concha, A 3ª Face, a Maria Araújo, a Peixe Frito, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, a Cristina Aveiro, a bii yue,  José da Xã e o João-Afonso Machado.

Todas as quartas feiras e durante 12 semanas publicaremos um texto novo inspirado nas cores dos lápis da caixa que dá nome ao desafio. Acompanha-nos nos blogues de cada um, ou através da tag "Desafio Caixa de lápis de Cor". 

 

Livro Mistério de abril

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Este mês dou inicio a um novo passatempo: todos os meses será sorteado um livro mistério entre os participantes, que o vencedor só conhecerá na volta do correio. 

 

E todos só saberão quando o mesmo publicar uma foto deste no seu blogue - com link direto para aqui.

 

Os passos são simples: deixam aqui o interesse em participar - este mês é neste post, no próximo será noutro - e depois têm de responder a uma pergunta, na forma de um pequeno texto que me enviarão por e mail. Publicá-lo-ei aqui no blogue, e o autor fa-lo-á no seu blogue, caso tenha um, ligando-o a este espaço, tal como será aqui linkado o blogue do autor desse dia.

 

Têm dúvidas? Coloquem-nas nos comentários, que eu respondo. Não têm e querem participar? Digam também aqui nos comentários.

 

Vamos a isto?

 

O passatempo Livro Mistério de abril está oficialmente lançado

 

 

E quem participou no sorteio de aniversário, não quer participar?

Ana De Deus Bii YueCéliaCharneca Em FlorCristina AveiroIsabelJoão-Afonso MachadoJosé da XãMaria AraújoMartaMissLollipopRuteÚltimoRita Pinto

 

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