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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

- eu por mim.

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Volvido um ano (ou mais?), estou diferente. Nem é de propósito, mas andar perdida por outras bandas faz-me olhar para mim, no regresso ao mesmo lugar onde fui tão feliz, e notar a diferença. É a impossibilidade do segundo banho no rio: nem a mesma agua, nem a mesma pessoa.

 

Há necessidades que se manifestaram sempre tão prementes, e que passaram para segundo plano, ou quase: as visitas, os comentários aqui no blogue não me parecem ter, já, a mesma importância que sempre tiveram, desde que em 2005 escrevi o primeiro post no primeiro blogue aqui no Sapo. Não descurando o fato de querer ser lida - se não o desejasse, não escrevia num blogue, mas num caderno, textos avulsos agrupados por qualquer principio (ou então, não). Mas aquela sede, se não leem (e comentam) não existe, **puf**, desapareceu. Escrever porque sim, por gostar ou de alguma forma fazer sentido, mas não por necessitar validação, que no fundo foi o que sempre procurei. 

 

Os anos que passei atrás de um teclado trouxeram-me muitas coisas boas - nomeadamente pessoas fantásticas - mas também ansiedade. Agora olho para tudo isso de fora, observo sem pressão, e vejo que, tal como em muitas outras coisas, ultrapassei a necessidade de valorização, de aceitação aqui neste espaço. Isso é um reflexo da minha vida, deixei de querer desesperadamente que gostem de mim a qualquer preço, e passei a assumir que sou como sou, e quem não gostar temos pena. 

 

Nunca olhei para tudo isto deste prisma, mas essa será talvez uma das razões porque parei de escrever: sentir necessidade de dar um passo atrás e avaliar estes anos todos a escrever aqui e a responder à pergunta para quando o livro?, com um dia destes! enquanto me escondia atrás de um teclado. Era como estar dentro de agua a bater os pés para não ir ao fundo, mas sem sair do lugar.

 

Voltarei, sim, mas tranquila. Agora olho para mim de fora - e gosto do que vejo. E chego a estas e outras conclusões e sei que cresci, e que atingi aquela serenidade que ambicionei meia vida. 

 

Voltarei depois das férias, depois de viver mais um mês, de crescer mais um mês, de criar memórias e pintar a minha vida de cores vivas, as cores com que sempre sonhei. 

 

Até setembro, se não for antes !!!

 

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