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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Ontem comecei o dia no hipermercado, indo comprar o bolo e o asti para cantarmos os parabéns ao pikeno, que fez 20 anos no sábado - dia em que celebrámos a três, com jantar e uns cafés na esplanada, numa noite para lá de fantástica - depois do almoço em casa da avó. Ora lembrei-me eu de calçar os flip-flops que não usava há um ano (mais coisa menos coisa) e que tinham feito praia comigo - daqueles com sola grossa.

Ora, ponto prévio: SE CALHAR, (deveria ela ter pensado) as solas terão alguma areia incrustada...

Mas como ela nem sequer ponderou tal isso, estacionou, saiu da viatura e dirigiu-se ao tapete rolante. Ao mudar o peso do corpo de uma perna para a outra 

penso eu, já que foi tudo demasiado rápido

e eis senão quando a sola do chinelo esquerdo não faz qualquer espécie de atrito com o metal do pavimento e escorrega como manteiga, a perna direita dobra graciosamente pelo joelho e acabo sentada sobre o calcanhar. E ei-la, com a perna esquerda esticada em frente e a de trás dobrada sobre o corpo, só me faltou abrir os braços e pareceria que estava a fazer yoga no tapete errado.

Ora não sendo o cenário o mais apropriado, e a escorregadela rápida demais, só ouvi os gritos de uma moça que vinha atrás. E o diálogo inevitável: está bem? e eu,

a levantar-me em contra relógio,que se tiver de me chamar as

atenções que seja pela positiva

estou ótima, tinha areia no chinelo... e ela, mas está mesmo bem? Assustei-me pensei que tivesse sido uma tontura,ou assim...

Entretanto já de pé, agradeci a atenção, pisei terra firme e desandei Centro Comercial dentro, em direção à entrada do hipermercado, a sentir um desconforto no peito do pé. Já depois de passar as cancelas, levanto a calça e solto um eish...! -uma esfoladela feia-feia, tipo medalha mesmo no centro. Salixe e toca a despachar.

Chegada a casa, pé na cabine, cabeça da mangueira de duche na mão: tudo na mesma: a pele terá ficado no tapete. Enrolo o pé numa toalha turca para secar sem esfregar (a ideia ainda agora me arrepia, es-fre-gar...), procuro um penso quadrado - sabem que os pensos da Ikea são altamente? São. - e colo-o por cima da ferida que se encontra já rodeada por um valente hematoma - um autêntico vulcão, em que o esfolado é a cratera.

E como está hoje, dona Fátima? Excelente pergunta. Ainda não espreitei, mas vou ter de o fazer e trocar o penso.

Mas foi a primeira vez que dei uma queda que não foi um esbardalhanço épico com direito a dez minutos de gargalhadas, e a giggles durante todo o dia quando recordo... e de todas as quedas, esta foi que me deixou um resultado mais espampanante - e doloroso.

Conclusão: hoje não há yoga para ninguém... rásparta.

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