O outro dizia "ai aguenta, aguenta". Eu digo ai queixo, queixo. Não contribuí para os pôr lá, fui votar (como vou sempre). Ai queixo, queixo. Agora, o que me deixa sempre furiosa, é não conhecer ninguém que tenha votado neles. NUNCA. Toda a gente assobia para o lado e diz "Eu? Jamais". Acreditas? Fico pior que podre. Então se ninguém votou neles como é que eles ganharam? E a abstenção?! Apesar de ter descido continua tão alta. Não compreendo. É tão, mas tão...não consigo arranjar adjectivo. Enfim. Beijos Inês
É. É mesmo. Ninguém votou neles. É assim um bocadinho como 'eu estava lá, mas não vi nada'. Que se assumam. Para mim é um erro, mas ainda assim, que se assuma o ato. Vivemos em democracia, o resultado final é responsabilidade de todos nós, independentemente de onde (ou se) pusemos a cruzinha. Porque se tivéssemos - e aqui dirijo-me especialmente aos abstencionistas- lá ido e feito o que era suposto, em consciência, o resultado poderia ser outro... mas a verdade é que não foi. E agora vamos gramar com a NOSSA escolha enquanto povo. É assim que temos de ver as coisas, Inês. É que Portugal é um. E, coisa não única na Europa, quase metade não vai às urnas. Como um amigo meu dizia, com alguma ironia, 'quero emigrar para a Grécia'. É que mal por mal lá, eles mexem-se. A gente cá, queixa-se. B'jinhos!