Aldeia de Natal da minha terra...
Tudo quanto é município de norte a sul do país, está este ano está a fazer aldeias natalícias. Aqui o Câmara da minha xafarica não se cortou à coisa e tungas, eis que hoje o trânsito estava um caos quando chegámos do cinema - pipól, ainda não eram 16:30h!!!!
Estacionámos o Rocinante junto a casa e descemos à dita aldeia, murada a branco com três entradas ladeadas por torreões em madeira (diga-se em abono da verdade que os mesmos estão bonitos)
E depois a gente entra e...
... ok...
Há as barraquinhas de artesanato. De doces, de ginginha, de shots (dafaque?), farturas, algodão doce, um circo (!!!) sem animais (yeyyy), uns rapazes vestidos de uma forma estranha - o Victor diz que era de Pai Natal, mas eles eram tão lingrinhas, que nem dei por nada - com aves exóticas, e aqui a menina teve um mocho de 50 cm no pulso (por cima da luva de falcoeiro, luva que tem um nome qualquer mas não sei qual), liiiiiiiiindo de morrer!
Só não tenho prova fotográfica porque eram outros meninos igualmente vestidos de forma estranha - o Victor diz que era de Pai Natal, mas eles eram tão lingrinhas, que nem dei por nada - que disparavam com as suas máquinas e era suposto comprarmos a foto.
Ãhn-ãhn. Quando vi a foto saiu-me um audível Ih o photoshop que isto precisava!!!! E uns filtros de instagram, não??? Jeeeez! E estava mal tirada, mal centrada, mal tudo.
Já para nem falar na tecnologia de ponta utilizada: a cada duas fotos um "fotografo" (eram dois) vinha colocar um cartão SD sobre o balcão e dizia 'olha mais uma!' e bazava para continuar a tirar fotos de assustar os mais sensíveis. Qual BlueTooth, qual Wireless, qual quê! Que confusão, senhores!
Mas independentemente, à falta de dois ou três shots que me toldassem o pensamento, não trouxe a foto. Mas nada me tira a experiência. Acariciei-lhe o peito, e às tantas o moço com quem ele estava só faltou levar uma bicada, que o animal não queria sair do meu braço, tinha uma pata no meu pulso, uma no dele, e está bem olha que já vou. Teve de levar um encorajamento (um puchãozito, nada de violento), e não achou graça nenhuma, refilou sonoramente, e eu ainda lhe fiz mais uma festinha nas costas.
Ganhei o dia!
Andámos mais um pouco e eis senão uma maquina de neve artificial está a despejar neve espumosa sobre meia dúzia de pessoas todas contentes (também para pouco mais dava de que meia dúzia). O mocinho que manuseava a maquina desliga-a e vai a correr para a barraca das farturas fritar as ditas, que era esse o seu papel principal, e o soprador de espuma, uma manobra de marketing para a boa da fartura.
E de fora dos muros da aldeia andava uma charrette puxada por um cavalo, conduzida por um Pai Natal sem barbas - e mais escanzelado que os de dentro - que ia até não faço ideia onde.
E dentro, um rectângulo onde uma rapariga vestida de noiva com uma coroa na cabeça fingia ser uma princesa, e um lobo mau SEM capuchinho vermelho NEM três porquinhos atuava para duas ou três criancinhas boquiabertas em frente.
Mais: havia a casinha do pai natal... (correção a barraca do pai Natal, a necessitar urgentemente de obras), e um burro e um pónei dentro de duas geminadas jaulas (razoávelmente espaçosas) que, PAMORDASANTA, eu não faço ideia do que lá faziam. E definitivamente não deviam estar ALI, principalmente NAQUELAS CONDIÇÕES.
Trouxe o conhecimento travado com a ave, uma fartura no bucho e... uma gripe.
Aquilo está... básico. Básico de preguiça que podia estar estupendamente melhor se preparado com vontade e tempo.
Mas mau, mau, foi ter-me passado uma gripe.
O resto... é pá, em terra de cego...