Até para sempre
Mia, 18/02/2005 - 07/07/2019
Publiquei há dois dias atrás, no Instagram, uma foto acompanhada pla frase "A Mia foi para o céu dos gatos". Ontem imaginei o céu noturno e senti que ela seria uma nova estrela. Todos estes lugares comuns nos veem à cabeça quando nos dói, e queremos fazer uma vida normal. E tomamos fielmente os comprimidos para adormecer depressa.
A noite passada ainda recordei, e quase pude sentir, as costas dela nas minhas, destapadas, como ela fez todas as noites durante 12 anos (os primeiros dois foram difíceis), As duas esticadas. Antecipei a sua falta ao meu colo no Inverno, dentro do edredão.
Queria chorar a falta que ela me faz, a importância, o amor que me deu nestes últimos catorze anos, mas não consigo, a emoção está toda bloqueda cá dentro.
O Ippo e a Piccolina andam tristes. Eu faço mimo, mas não brinco. Pode ser disso, pode ser porque sentem a sua falta... mas esta casa está sombria (a despeito do sol), quando estou sozinha.
E pensar que tive para cima de um ano para me preparar... é que não há como.
Não há mesmo como...