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Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

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10 Fev, 2018

Cinco Coisas Boas

Não consigo entrar na semana útil sem fazer menção ao fim-de-semana - que por aqui se resume ao domingo, já que o marido anda a fazer sábados. 

 

Ora íamos nós a caminho de Sesimbra e vemos uma coisinha preta a atravessar a estrada. Pensei que fosse um papel empurrado pelo vento, mas quando o carro chegou mais perto eu, que ia no banco do pendura, pude ver claramente que se tratava de um pequenino pássaro, de perna longa, que atravessava a estrada a correr.

 

Bom, parecia desenhos animados! O carro nem precisou de abrandar, que quando chegámos junto dele, já estava a sair da estrada. Ainda hoje, quase uma semana depois parece que o estou a ver, muito direitinho, bico comprido, cheio de si, em fast forward. As asas devem meter folga ao domingo... de cada vez que me lembro, rio-me. Não houvera mais nada e teria sido a minha coisa boa do dia... apesar de o domingo não contar para as

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E vai daí, sem mais delongas, vamos a isto! 

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Segunda é dia de atravessar a ponte. Posso dizer que a semana não começou luar e rosas, e que para cúmulo, me trancaram o carro em frente a casa com outra viatura que se lembrou de estacionar com a frente virada para a direita quando todos os carros estavam virados para a esquerda. A lateral deste tapou a traseira do Rocinante, e depois de  10 minutos a transpirar, literalmente, a fazer manobras - para chegar à conclusão de que não conseguiria tirar o carro dali, mas continuar a tentar. Quando chegou o dono da dita viatura, eu que me fico muda e queda a remoer insultos para os meus botões, abri o vidro e pedi explicações. E ficámos num bate boca durante uns bons dois ou três minutos, após o que vociferei um "ó senhor!" com um gesto de desanda! e fechei o vidro do carro.

EU!

Eu que sempre fui aquela coisa que não refila porque não gosta/receia confrontos, descobri que SIM, posso entrar em confronto sem baixar o nível (mas se for preciso, num tem problema não) e despejar a raiva e frustração no momento, lugar, e pessoa certos.

Boa, miúda!

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Terça foi um dia do demo. Segunda começou mal, terça não foi melhor e pronto: deprimi. E deixei-me ir, que quando estou um bocado no chão, logo me levanto (a seu tempo)... 

Ora, o Bebé - o gato do quintal mais doce, que trepa para o ferro onde estão as roldanas do estendal, e vem já para o parapeito da minha janela enquanto lhe faço festinhas, não me aparecia há dois dias inteirinhos. Os outros cinco lá estavam mas do Bebé, o mais dedicado de todos, nem sombra. 

Pois que quando o Victor chegou do trabalho gritou-me da cozinha: tens aqui um à janela!

Até bati com o calcanhar no traseiro! Era o Bebé! Fiquei tão feliz! Matámos as saudades com montes de miminhos... e - juro! - pensei pronto já tenho uma coisa boa para hoje!

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Quinta feira o Rocinante ia para a oficina, por causa da inspeção, e como a gente sabe quando ele vai mas não sabe quando volta, aproveitei a quarta para fazer as coisas que eventualmente só iria conseguir fazer na próxima semana. Inclusive ir ao cinema.

Pois que fui ver A forma da água sobre o que falarei, mas que agora digo apenas: ide ver. A sério é um filme que não esquecemos. Terno, tão terno... 

Depois fui à Nespresso, à Primark - precisava de uns discos de algodão com uma face esfoliante que vendem lá, e comprei umas luvas lindas em faz-de-conta-que-é-camurça (mas faz muito bem de conta!) por €2...

E claro, não podia sair do Fórum sem ir ao Jumbo... saí com um saco de compras - só um, yeah e como o pão de granola dentro! - e fui direto para a Llaollao, buscar o meu Sanum da ordem, que como no carro, no estacionamento, como é hábito. Depois ainda parei no Lidl ao pé de casa que me lembrei que íamos ficar sem água engarrafada (sim a minha pegada ecológica é vergonhosa...) se o carro ficasse fora até segunda... quando cheguei a casa estava tão cansada que tremia (umas vitaminas, não, menina?)

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Autocarro, comboio. Fui a ler o livro que Inez me tinha recomendado, The psycopath test, do Jon Ronson, mas em castelhano que custava metade do preço e até leio mais depressa - tão depressa quanto em português(!!) 

O dia estava bonito e solarengo, comi a bela da torrada e um chá antes da sessão, que correu lindamente. Quando ia do comboio para a pastelaria, um bando de pombos levantou voo e um passou tão perto do meu rosto que senti as pontas das penas das asas e o vento que produziam. Fiquei com um sorriso durante nem sei quanto tempo.

 

Depois voltei, e fiquei 45 minutos na paragem de autocarro com um frio dos diabos, e gelei completamente. Quando já estava no bus, mandei uma SMS ao Victor a pedir-lhe para me fazer um chá de Natal, da yogi (só vendem no Natal, mas é tão bom que bem podiam vender todo o ano). Depois esqueci-me de carregar no botão de paragem, e sai na paragem seguinte. Vim a respirar através do cachecol, e a rir o caminho todo, que há coisas que só a mim... e quando entrei em casa estavam duas canecas de chá quentinho uma para cada um de nós, sobre a bancada :)

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Dia sem carro, dia de ficar em casa. Escrevi, li os blogues do meu feed aqui do sapo, comentei e respondi a comentários, fui ao meu feed do bloglovin e espreitei as novidades... e vi o filme Wonder, aqui no quentinho, com a Piccolina ao colo e a Mia às tantas a servir de cachecol. Chorei que me fartei, de tal modo que tive de colocar a Mia ao meu lado, que cada vez que metia ar deviam entrar 500g de pelos... xoo, deixa-me lá chorar em paz!

Recebo uma mensagem do marido: Temos carro! Pelo que quando chegou com o Rocinante eu fui comprar o que ele precisava para levar hoje para o trabalho - ao Lidl novo, do Fogueteiro, que abrira na véspera e que é diferente dos outros todos. É. Tem estacionamento coberto, tapetes rolantes, elevador... não tem é cafetaria (wtf?) e, como todos,  tem poucas caixas abertas. Mais: não se encontram carrinhos, que devem ser num número irrisório, e o raio do parque de estacionamento deve ter sido projetado por um arquiteto sob influencia de uns whiskies a mais... Aquilo está bonito mas tem muito espaço desperdiçado! Assim a montanha pariu um rato, mas já há rotunda onde antes haviam sinais luminosos.

Depois, vi com o Victor, o filme Daddy's home 2 (mesmo para encher cartucho) e quando me deitei acabei o livro do Jon Ronson.

 

E pronto, foi assim a minha semana, e foram estas as coisas boas (a negrito em cada um dos dias).

E escrevi aqui por uma semana em que pouco postei... enfim...

 

E vocês? Quais foram as vossas coisas boas?

 

 

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