YEP, vi hoje A Cabana, baseado no livro de Wm. Paul Young, que está ali a ganhar pó e bolor na prateleira, e que nunca me consegui decidir a passar da terceira página.
Ponto (semi) prévio: sou ateia. Apesar disso, e de ser profundamente cética (para usar um eufemismo) em relação a coisas que não têm uma explicação racional, i.e., que não são intelectualizáveis - expressão que o meu terapeuta usa para descrever a minha necessidade de entender tudinho - não tenho qualquer problema em ler livros de auto-ajuda de valorização pessoal, motivacionais, que me ensinem a arrumar as gavetas, a limpar a casa, a fazer render o tempo, a criar uma start up em 12 meses, livros espirituais - quando são parábolas bonitas - e mais o que se lembrarem. Mas há (poucos) livros que não "encaixo" e este foi um deles.
Mas pronto, o filme estava em stream à distância de um clique, já "lá" tinha passado umas quantas vezes, e pronto-tá-bem-que-é-hoje-se-não-gostar-desligo.
E não desliguei...
Pronto, vamos lá abstrair-nos da ideia de Deus, e da Santíssima Trindade como o catolicismo nos transmite - inclusive é referido que as religiões são pouco mais de que uma desculpa para andar à batatada.
A mensagem é bonita, o filme é agradável de se ver, e para quem acredita que há sempre alguém algures a olhar por nós/connosco, fará todo o sentido.
A história: o homem tem uma filha pequena que é raptada e morta, e não consegue viver com o turbilhão de emoções que a situaçãolhe provoca - "não vendo" a dor dos outros filhos que também estão indiretamente ligados à situação.
E então a viagem à cabana, o encontro com Deus, Jesus e o Santo Espírito - nenhum deles é tratado por estas referências - com a Sabedoria à mistura, serve para ele se libertar da(s) culpa(s).
Gostei. Não aplaudo de pé, mas tem uma história bonita e bem contada.