Dunkirk, corrida aos Óscares #3
Vi o trailer deste filme há largos meses no cinema e decidi que era pelicula a não perder; aparentava uma fotografia espantosa, planos abertos (para IMAX), e O Keneth Branagh, grande senhor do teatro inglês - que ali está fundamentalmente para nos inserir no contexto da II Grande Guerra.
A história da Operação Dínamo conta-se facilmente: estando um contingente de cerca de 4000 homens na região de Calais e perto de 40.000 em Dunkirk, a estratégia consistiu em atrair e entreter os alemães em Calais (dizimando as 4000 almas que ali se encontravam), por forma a tornar possível uma arriscada e aparentemente impossível evacuação dos homens em Dunkirk. Para que esta acontecesse foram requisitadas todas as embarcações civis pelos militares, e todas, inclusive algumas pilotadas pelos proprietários, foram até à frente de batalha onde se encontravam os soldados a resgatar. Nessa mesma noite, 30 de maio de 1040, foram resgatados 33 000 soldados.
É esta parte da História que Nolan decide mostrar-nos, o envolvimento dos civis no resgate desses soldados.
E o herói dentro de cada um de nós que está sentado na poltrona a ver o filme emociona-se com a coragem do outro e imagina-se capaz de fazer o mesmo... a banda sonora assinada por Hans Zimmer vai acompanhando em crescendo os momentos a compasso da emoção.
Honestamente, este filme não me convenceu. É uma boa película, com uma excelente cinematografia, uma banda sonora de respeito, mas arrisco dizer que Nolan ao aventurar-se por este novo campo, deu o passo maior que a perna. Gosto demasiado da cinematografia do realizador para considerar que faz um trabalho digno de Óscar com este filme...
Como em tudo, as opiniões divergirão, e por alguma razão o titulo ombreia com os outros nove... mas eu não o nomearia.
A minha famosa regra dos tres dias, aqui soçobrou: 24 horas depois já não havia réstia de emoção relativa ao filme na minha memória...