E então, no dia 16, celebrámos assim:
O que fazer quando se comemoram 25 anos de casamento?
a) uma renovação de votos, com tudo a que temos direito;
b) trocar as alianças com que casámos por outras mais "atuais";
c) fazer uma viagem;
d) nenhuma das acima;
A nossa intenção sempre foi a terceira. Tínhamos um pequeno pé de meia e tudo - mas outros valores mais altos se impuseram, e o dito cujo teve de ser canalizado em necessidades mais prementes.
Vai dai que a que escolhemos (qual escolher, foi mesmo por via das circunstâncias!) foi a alínea
d) nenhuma das acima;
Mudámos de ideias uma mão cheia de vezes, porque queríamos uma coisa diferente e especial. Noite fora? Que zona, que hotel... mas já enfiámos tanto barrete que a hipótese de isso acontecer nesta altura era um risco que decidimos não correr. Ainda colocámos a hipótese de ir para um onde já estive e cujo espaço e amenities são agradáveis - e os quartos são fantásticos! - e o melhor de tudo (se possível) era o restaurante... fui ao site, mudaram de chef, agora aquilo é gourmet (i.e. doses mesmo mínimas), pelo que o jantar ficava bem mais caro que o quarto.
Nota:Se me dispuser a gastar €200 num jantar, vou ao michelin-do-Avilez, onde, optando pelo menu de degustação, a experiência até é mais completa e agradável (e não tenho qualquer intenção de ir ao michelin-do-Avilez, para que conste).
Marcámos mesa no Jamie's Italian, porque gostei tanto do restaurante, e da comida! MAS uns amigos que lá foram há pouco tempo disseram que estava barulhento, e recordo-me bem que as mesas para dois eram todas extremamente próximas... pelo que não era o melhor para a intimidade que queiramos para este tipo de jantar.*
Ou seja, segunda-feira eu estava com uma mona descomunal. Terça-feira eram os Huge 25, e eu sem vontade de decidir nada, e cheia de vontade de ir jantar fora JÁ!, que queria encher o vazio que sentia com comida.
Valeu-me S. Victor.
Sugeriu que fossemos onde íamos quando namorávamos - e onde retomaramos o hábito de ir em todos os aniversários de há uns anos a esta parte, desde que descobrimos que o restaurante ainda existia.
E eu pensei.
E sim, parecia o melhor a fazer. Ali não tínhamos surpresas (que era a última coisa que queríamos!)! Bónus: na segunda ainda fomos jantar ao nosso restaurante indiano, e assim, calculando com alguma certeza o que pagaríamos no jantar do dia, pudemos acrescentar o jantar da véspera. E - como é habitual, aquele indiano é fantástico! - foi tão bom!
No dia D começamos por ir tomar o pequeno almoço ao café onde vamos aos sábados (sim temos um café-dos-sábados, e?), passeámos e no final da tarde lá fomos ao nosso restaurante. E foi excelente! Até os erros foram antecipados, o que nos fez dar umas risadinhas discretas... mas nada a dizer, as funcionárias deram o seu melhor.
O jantar (o prato que pedimos é sempre o mesmo, bife pimenta) estava cinco estrelas, o vinho muito bem escolhido (ahem... sou eu quem escolhe sempre o vinho...) foi tudo perfeito!
Ficaram bem assinalados, de forma simples mas ao mesmo tempo especial, os nossos 25 anos juntos!
- depois,e porque o chão, naquela bendita terra, é calçada no passeio e pavé fora dele, e aquilo e mais irregular que deus nos valha, eu dei um tralho daqueles... felizmente, fiquei apenas com o tornozelo magoado - e só senti dores enquanto dormia e durante o dia de ontem - e hoje, ainda um pouco, mas nada de grave. Trambolhão épico, para uma noite que se quis inesquecível...
*claro que liguei a cancelar a mesa, na manhã de dia 16. É o minimo que se pode - e deve - fazer!