Ensaios sobre a cegueira
Isto de ter um gato cego leva a que me façam uma serie de perguntas, que se repetem à exaustão. Mas há algumas que são mesmo para queijinho.
Por exemplo:
- então não podes mudar as coisas de sítio, tem de estar tudo sempre nos mesmos lugares?
- nada a ver, o radar, nos bigodes e não só, funciona lindamente, tal como a audição e em caso de duvida, ele pára e usa as mãozinhas para perceber o que tem à frente. Claro que quando lhe dá a louca e desanda a correr e a brincar como se não houvesse amanhã, não se livra de umas valentes cabeçadas... mas a Piccolina e a Mia também as davam - e a Piccolina vai deter o recorde durante muuuuito tempo...
- tens de lhe pegar ao colo para o pôr sobre o sofá/cama/whatever?
A primeira vez. Levanto-o, poiso-o e desço-o, para ele perceber que é seguro. Depois ele faz tudo sozinho... e nada o trava, que curiosidade é o seu nome do meio...
- e ele encontra a comida e o caixote de litter (esta é das melhores #sóquenão)
O Ippo não vê. Mas cheira...
Mas a melhor de todas, a que tem direito a queijinho (nas fuças) é a fantástica:
- Oh! Tens um gato cego! Tadinho... e o que é que ele faz?
- MIAU.