Entalei o dedo na mola da roupa.
Ou com a mola da roupa. Semântica, basicamente. Ou não.
Bom, a verdade é que estava a apanhar a roupa e houve uma mola que achou que o meu dedo precisava de ficar no estendal e alapou-se à bochecha do meu indicador direito.
tanto quanto sei, o osso chama-se falange, mas a
carninha é bochecha, tá bem???
Ora a minha reação automática é engraçada - e só reparei nisso à bocado, nos microssegundos em que segurei as lágrimas que se me assomavam aos sacos lacrimais, prontinhas a gritar aiaiaiai por mim bochecha abaixo, não fora eu lesta a remover a atrevida pinça: seguro a respiração enquanto dói. E percebi, nesse tempo que quase não existiu - eu sou mais rápida de que a minha sombra a pensar (não as sombras não pensam, eu é que... olhem, deixem lá...) - que é porque enquanto eu não respiro, inconscientemente, o tempo pára.
Assim como o husky da minha irmã que punha a cabeça debaixo da mesa e ficava eufórico de felicidade porque achava que a gente não o via...
Bom, para cortar a história que não tarda a estar mesmo longa, desprendi a preguinha da bochecha do dedo, da puta da mola, e o planeta voltou a girar.
Agora digam lá que não é disparate? Dos grandes?
Mas... criativo, hã ???