No dia da mãe o pai dos meus filhos ofereceu-me um marcador de livros em inox escovado.
Quer isto dizer que SE eu tinha as referidas, elas extrapolaram. Senão vejamos: dos 50 obrigatórios eu li até agora...
(...ai!...)
oito. O que quer dizer que faltam 42
(isto já nem contando com o facto do 'Senhor dos anéis' e do 'Harry Potter' serem uma serie deles, mas pronto...)
E então contabilizemos: destes tenho aqui em casa sete (sim, mas os 'pacotes' do Tolkien e da Rowling estão completos e só contam por um cada...), pelo que daqui até "pontapear o balde" tenho uma mão cheia de livros para comprar (e vou começar a pesquisar nas feiras de segunda mão e no OLX). Para já procuro o '1984' do Orwell - afinal, tenho de começar em algum lado... e 'A guerra dos mundos' do H.G.Wells
(se alguém tiver para vender a baixo preço, deixem nos comentários)
Dívidas antigas... não me parece. Acho que acabei o que comecei, e o que não acabei foi porque não pegou - e eu não desisto às primeiras tentativas, de modo, que não tenho regrets.
Tenho planos e desejos, ler Saramago, muito Saramago, ler todo o Lobo Antunes, travar conhecimento (vá, batam-me, que eu até acho que devo merecer) com Philip Roth, e mais uma mão cheia de 'monstros' que incrivelmente me têm passado ao lado.
A mãe era uma fervorosa leitora de romances de cordel* (os verdadeiros) que colecionava e depois mandava encadernar a pele com lombadas gravadas com carateres a ouro (a herege!) . Aquela devassidão literária (e literária tão só por ter letras), comungava com Dumas, Dickens, Göethe (este último eu sei que nunca leu), - que me recorde, e sei que estou a esquecer de imensos - Emile Brontë, a irmã Charlotte Brontë... de modo que das duas últimas, que estão na Lista dos 50 os 'Monte dos Vendavais' e 'Jane Eyre', tenho noção de ter lido, embora não os contabilize por não me lembrar, de todo, dos mesmos (claro que conheço as histórias,mas não é isso que faz o livro).
Portanto, se por acaso não sinto que tivesse dívidas literárias, desde dia quatro deste mês tenho uma serie delas...
*a literatura de cordel, que teve origem por altura do Renascimento, com a popularidade da impressão em papel, começou por ser constituída por versos, poemas, rimas, evoluindo mais tarde para o romance. Este, a que me refiro e de que a mãe gostava particularmente, era vendido em fascículos, e obteve o seu apelido pela forma como era apresentado para venda, como se pode ver na foto abaixo.