Escapadinha à Ericeira - parte 1
Nos últimos dias de fevereiro estava de tal modo exaurida, quase a ter um tareco, que resolvi tirar uns dias de me time - peguei em mim e fui passar uns dias num hotel que tinha debaixo de olho há algum tempo.
E Rocinante abastecido, mala(s) feita(s), pus-me a caminho da Ericeira. Ali chegada, rásmaparta, que as ruas estreitas não ajudam nada, primeiro que desse com a entrada do hotel foi um atrofio. Acabei por estacionar junto ao mercado e ir à praça ao lado, onde comi um iogurte com müesli e frutos vermelhos (delicioso) e tomei um café no Pãozinho das Marias que me soube pela vida - e me ajudou a fazer tempo para o check in.
Depois de acalmar a nervoseira (caramba!) das voltas que tinha dado até chegar ali, lá voltei ao Rocinante. Antes de sair de casa, esqueci-me de aplicar o suporte do GPS, pelo que só lá ia de ouvido... e perdi-me outra vez. Saí da Ericeira e a p*** da menina só me dizia "virar para norte" a cada dez segundos. E eu lá sabia onde era o norte?????
Bom, pensei, só posso estar a ir para sul. Primeira oportunidade e faço inversão de marcha - e risco a frente do carro nos ramos de uma daquelas plantas que estão no meio das autoestradas, que desta feita estava numa berma. Nesta altura tudo o que me saía pela boca era censurável a100%.
Volto à estrada na direção oposta, e diz-me a gaja: vire para oeste. E eu a continuar a debitar o chorrilho de asneiras - todas as que me lembrava.
Nota: eu falo com o GPS... melhor, insulto-o, embora às vezes também elogie... mas esta não era uma dessas vezes! PQP mais os pontos cardeiais!
A pérola seguinte: vire para sudoeste... ah não! Agarrei no píííí do telemóvel e pu-lo debaixo do traseiro, para não ouvir a menina e mais os malditos pontos cardeiais. Ah eu vou lá ter, mas vou por minha conta.
Verdade seja dita que já tinha estado ao lado do hotel, mas não descobrira a entrada... finalmente descobri!!!! Tinha um muro e tanto a estrada como a entrada eram empedradas, com aqueles paralelepípedos a que os franceses chamam pavé. No centro do muro, do lado mais estreito havia uma entrada. Entrei e estacionei. Estava tão esgotada de ir a conduzir desde o Seixal e de jogar ao tentativa-e-erro, que as pernas tremiam como gelatina. Cinco minutos depois saí do carro - deixa lá estar a bagagem, canudo! - e fui fazer o check in.
Precisa de ajuda para a bagagem? - soou bem mas declinei com o meu melhor sorriso.
Fui à bagageira, pus a mochila do PC às costas, agarrei na mala e no vanity, que encaixa na pega, e ó que lá vai ela. Os casacos ficaram no carro, depressa lá ia. A temperatura estava fantástica.
Subi, entrei no quarto e decidi: fui tomar um looongo banho de imersão, e banho tomado, cama com ela - deixaria a exploração do hotel para o dia seguinte.
Hum, caminha confortável e soninho bommmm...
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