Eu fui...
... ao mecânico.
O problema do Rocinante, é que a porta do condutor deixou de abrir com a chave.
Por isso, se um dia destes viram uma caramela a abrir a porta do pendura, a pôr o joelho sobre o banco, a espichar-se através do habitáculo até chegar ao botão que destranca as quatro portas, a sair do carro, fechar a porta, dar a volta ao carro, abrir a outra porta e sentar-se... era eu.
Vai daí, lá foi ela ver se descobriam que diacho se passava com a fechadura. Calcei umas sandálias baixinhas (ah, santinha! Cá beijinho!) e lá entreguei o carro ao senhor, que me disse "uma hora". Como tal resolvi ir tomar o pequeno almoço ao sítio do costume, que fica nem muito longe nem muito perto, mas perfeitamente fazível. A meio do caminho lembrei-me que hoje era o dia de descanso daqule café... segui e fui a outro, ao lado. Para inicio de conversa, a torrada de pão de forma que me serviram estava tão rija que foi um castigo comer aquilo. O sumo de laranja era minúsculo - e paguei o mesmo que no espaço habitual. A meio do pequeno almoço, liga-me o Victor, já que o mecânico não tem o meu número, a dizer que o carro tem de lá ficar pelo menos mais umas horas. Ok, eu vou a pé para casa. digo. Antes, porém, ainda fui ao supermercado buscar duas coisas que precisava e - MUITO IMPORTANTE! - uma garrafa de água.
E fiz-me ao caminho mais longo. Passava (bem) do meio dia. Sem apanhar sombras de lá até aqui - cerca de três quilómetros à torreira do sol, coisa pouca (ai se não fora a água...); cheguei a casa, e de tanto sol na moleirinha nem conseguia pensar.
Desfaleci (literalmente) em cima da cama e deixei-me estar até arrefecer as ideias - e o corpo...
Agora alegadamente poderei receber uma chamada atão venha buscar o carro.
Atão irei mas de autocarro - já apanhei calor que chegue, dasse!
(se for mais para o fim da tarde, o homem faz de caminho... assimcumássim o dia já está fechado...)