Fences
Caramba.
Este ano Hollywood terá patrocínios de laboratórios farmacêuticos que comercializam antidepressivos e ansiolíticos. É que é um atrás do outro! E ainda me falta Moonlight - que dizem ser o mais depressivo.
Como em tudo, sentir o filme (neste caso) como depressivo, não está no filme mas em nós e na perceção que temos do mesmo, bem como do nosso contexto emocional no momento em que o vemos.
Denzel Washington está fantástico (e arrepiante nas entrelinhas) e Viola Davis... bom, ela ganhou TUDO por esta interpretação!
Mas o trabalho de todos os atores está numa sincronia perfeita.
No inicio disse ao Victor: "podia ser uma peça de teatro". No final confirmou-se que era a adaptação de uma (é no que dá ir ver um filme sem fazer os trabalhos de casa: sabia duas coisas - que Troy, era um jogador de basebol que não tinha conseguido seguir o sonho, e que o filme era candidato ao Óscar na categoria de melhor filme, melhor atriz, melhor ator e melhor argumento adaptado. De resto, fui ver o filme às escuras...
Acabei com aquela sensação de entranhas embrulhadas. De ter ar para respirar mas precisar de mais.
Podia agora dizer que 'até tenho medo de ver Moonlight' mas a verdade é que já nem tenho!
Este Fences foi uma daquelas coisas que nos estão na pele, é como vislumbrar num espelho pequenos flashes que nem conseguimos situar, mas que nos incomodam. Mesmo muito, mas discretamente - assim como se nem lá estivessem.
Acho que nem vale a pena dizer, mas cá vai:
de ver.