19
Nov17
Há dias assim
... e depois nós permiti-mo-nos desabar sob o peso das coisas que nos sufocam, prendem os movimentos, embaraçam os pensamentos. E encostamo-nos na almofada e deixamo-nos ir até onde for, para ser possível recomeçar a continuar os dias.
E o cinzento antracite dos dias duros, a exaustão que não foi possível driblar dá tréguas, e o casulo do edredão pesa-nos nos olhos e quando os voltamos a abrir, já não há a angústia pungente, nem o esgotamento que nos rói as canelas.
Fazemos reboot, levanta-mo-nos e eles, aqueles que nos amam, estão ali, à nossa espera.
E vale tudo a pena. Outra vez.