Penúltimo filme a ter visto; ah... não me parecia que fosse entusiasmar-me, e coiso...
Pois, meus amigos, foi a surpresa do ano (não devia ter sido assim uma surpresa tão grande, mas deem desconto à velhota que ela não anda muito bem...)
Apaixonei-me completamente pelo filme. Por tudo: a interpretação de Willem Dafoe é irrepreensível (como de resto, já no ano passado tinha sido no The Florida Project, onde encarnava uma personagem doce como o mel, de forma perfeita) e o olhar do realizador, soberbo. Já para não falar numa cinematografia tão-perfeita-quanto-é-possível. Uma master piece!
Julian Schnabel consegue, não apenas mostrar o quanto a pintura é importante para Vincente Van Gogh, como, e isto é extraordinário, nos mostra o que o pintor sente quando o faz. A sua bipolaridade é-nos mostrada na forma como vê o que pinta, onde o preto e branco e a cor se intercalam tal como os estados de espírito.
Sem mais delongas, afirmo aqui a pés juntos: este é o meu filme destes Óscares, e Willem Dafoe devia levar a estatueta para casa.
Honestamente, há outra mão cheia de filmes bons, e que vou ficar satisfeita se ganharem. Adorei, com maiúsculas, o Green Book, um road/feelgood movie que nos mostra tanto nas entrelinhas, e tem um final muito fechar o circulo.
Fiquei passada com BlakKklansman, que foi o filme que mais mexeu comigo, e é um tema que deve mesmo de ser abordado fórmula murro-no estômago (isto é a parte final, o filme até tem momentos em que nos rimos com vontade). Spike Lee no seu melhor;
The Favorite: sai uma pessoa descansadinha de casa, esta semana é um filme leve, divertido, e sai-me o filme com uma carga de violência psicológica que vai lá vai...
Bohemian Rhapsody é Queen. Quem gosta mesmo de Queen, gostou do filme. Quem como eu viu o Live Aid em direto, não pode deixar de sentir um arrepio quando entramos com eles no palco.
A Star is Born é fantástico. Bradley Cooper é o homem dos sete instrumentos e está muito bem, tal como Lady Gaga (mas a verdade é que como atriz faltou-lhe um bocadinho assim...). Shallow leva a estatueta de melhor canção, e na minha opinião poderá não levar mais nada...
Vice é um filme com um peso imenso (e não estou a dizer que é um filme pesado, nada de confusões). É um relato que choca - gostava de saber se aquele cabrão consegue dormir bem à noite, mas claro que pessoas assim conseguem sempre. Ficamos a olhar para Bush filho como um tipo burro que só serve para aparecer e tem um poder de decisão nulo. Christian Bale faz um Dick Cheney inacreditável.
De Roma falei no último post. Não entendo, aquele México está distante do atual, a história é banal (empodera duas mulheres, é essa a punch line?) A cinematografia é bonita mas fica aos calcanhares de At Eternety's Gate. E o titulo, senhores??? Ok, a Netflix conseguiu levar um filme aos Óscares, o que só por si é histórico e memorável. Mas vamos com calma, sim?
E agora o elefante na sala: vi Black Panther no dia 22 de Fevereiro, em 4DX, portanto antes da cerimónia dos Óscares 2018. Achei um filme muito bonito, esteticamente falando. Já não tenho paciência para filmes da Marvel, mas gostei da história e deste novo super herói. Fim.
Meaning: Black Panther não devia estar nomeado. Houve tantos filmes a merecer estar a ocupar aquele espaço: Beautiful Boy (grande, grande Steve Carrel!)... ou The wife. Talvez Tully?
So para fializar:
Melhor ator, Willem Dafoe, embora aposte no Rami Malek, Bohemian Rhapsody
Melhor atriz, Glenn Close, The wife.
Melhor actor secundário, Richard E. Grant, Can you ever forgive me?
Melhor atriz secundária, Amy Adams, Vice
E pronto,estas são as minhas apostas para a cerimónia de amanhã. Eu vou estar deste lado do blogue, a acompanhar em direto. Se alguém quiser fazer companhia,por aqui ou no messenger do FB - da minha conta pessoal, https://www.facebook.com/fatima.bto eu aceito as amizades todas que surgirem até começar o espetáculo.
Ah, e não se esqueçam, é na Fox, com direito a red carpet desde as 23:30h