Pior a emenda que o soneto, irra! Nem nas minhas piores antecipações... vai lá vai...
Não sei se se lembram daqui a menina ter jurado a pés juntos que não ia DE TODO ver o "Noah" nem que me pagassem o bilhete - foi aqui, lembram-se?
Pois que este sábado lá vi o filme.
Ora para quem conhece a história original do Noé, que me desculpem os crentes, aquilo só de si já é um disparate pegado. Só consigo aceitar tal isso como uma alegoria, ou uma parábola, ou outra qualquer figura de estilo que está mesmo debaixo da língua (onde não faz falta nenhuma). É essa e a do Jonas e da baleia - o Antigo Testamento está cheio de histrionismos hiperbólicos, senhores! Então e o desgraçadinho do Job que passou as passinhas do Algarve (e do sul de Espanha, da Côte d'Azur e da Riviera italiana), só porque, prontx, era preciso provar que o seu amor a deus era ilimitado e superava qualquer obstáculo. E nem vou falar do Abrão de facalhão em riste prontinho a degolar o Jacob, seu filho, só porque deus se lembrou de rénar com ele e ver até onde é que ele ia. Lá intreveio no último minuto, e o Jacob só teve pena de não ter vestido umas calças castanhas naquela manhã...
Bom dizia que, se no original olharmos bem para a história ela é mais que inverosímil, nesta versão não sei de quem (deixa lá ir ver), de Darren Aronofsky, a coisa é de puxar os cabelos, rebolar no chão e dar cabeçadas na parede. Isto para quem se preocupar o suficiente, que não é o meu caso.
É uma aventesmísse de tamanho, para a porcaria que é, e ali NADA está BEM.
Canudo...
Vimos aqui sentadinhos no sofá e no fim vaticinámos em coro:
g'anda merda de filme!
e fomos dormir.