Post mimimi das 7:32h
Ai meus amores, aturem-me lá um bocadinho,que isto já passa (mas passa mesmo, não sou eu a a armar-me em valente...)
Acordei, pouco passava das 7:00h, com a ressaca antecipada de que hoje não ia ao cinema. É impressionante, o hábito de irmos ao cinema ao domingo é recente, mas eu já o enraizei de tal modo que a imprevisibilidade de um dia em que não sei o que vou fazer, mas sei que não é o habitual, me deixa a sentir à deriva.... e se vocês seguem a conta de Instagram sabem que eu não tenho razões de queixa, se há espaço que tenho frequentado, é esse!
Mas intelectualizando um pouco o que estou a sentir - vício que me vem de antes de fazer psicoterapia, mas que se refinou entretanto, e que se pauta por ter de dar uma explicação mais ou menos obviamente lógica a tudo - sei que esta inquietação não advém da quebra daquilo que já se tornou uma quase rotina para mim; é mais um reflexo da turbulência que vai aqui dentro com a aproximação do meu aniversário (48 horas and counting...).
Este ano não estou particularmente eufórica com o dia (não gosto do número, 51 é mnhé, enquanto que 52, por exemplo já é um número mais apresentável - e sim, eu bem sei que sou estranha), e decidi fazer uma coisa simples, ir almoçar a um restaurante de que gostamos, a três. Sem bolo (bom, já não tenho um bolo de aniversário há uns anos - e eu gosto tanto de bolo de aniversário...) sem velas nem parabéns.
Mas o chato, o mesmo chato, é que o cérebro, esse querido (#sóquenão) faz - ainda que em background - sempre, uma retrospetiva. E como é mesmo fofinho (#sóquenão), não se limita a fazer uma do último ano: vai recuando, recuando, até que nos começamos a sentir realmente desconfortáveis e não sabemos bem porquê...
De forma que se instala uma inquietação inexplicável, que nos corre nas veias, não nos deixa estar relaxados - e cada vez menos com a aproximação da data. É o não ter posição de estar no sofá quando estamos ver um filme na tv, é o adormecer tarde e o acordar cedíssimo porque a caixinha dos pirulitos não descansa.
E então vem aquela vontade de ir a correr enfiar-me numa sala de cinema porque naquelas duas horas é só o écran negro e eu, que me limito a ser a espetadora da vida alheia. A minha fica em compasso de espera.
Para seguir, inevitavelmente, dentro de momentos...