Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

Porque Eu Posso 2.0

... e 'mái nada!

{Pois que quanto ao Acordo Ortográfico, acho que já toda a gente adivinhou - ou leu por aqui algures - que sou a favor, ou pelo menos não tenho nada contra. As consoantes mudas são uma coisa que me faz espécie desde miúda, por isso abaixo com elas. E então, obviamente, o título em epígrafe não contempla o mencionado acordo}

 

Adiante, pois.

Se há coisa que me encanita - mas é que encanita MESMO! - é esta mania - podem chamar-lhe moda, que acredito que seja disso que se trata - de tanta gente se borrifar para as maiúsculas.

 

que os meses do ano não tenham direito a maiúsculas até advogo,

AO oblige

 

mas que comecem um texto com minúscula, e a seguir a cada ponto final se siga outra, põe-me quase fora de mim. Não consigo ler assim.

Aliás, conseguir LER, até consigo, o que me é particularmente doloroso é tentar criar lógica no que estou a ler.

Tropeço nos pontos finais como se estes fossem vírgulas, levanto-me, volto atrás a ler a mesma frase e pauso devidamente porque AQUILO É UM PONTO. Porreiro. E depois aparece outro, mais um, e lá volto eu atrás, a reler, a procurar o buraco da agulha onde devo enfiar a linha que é a ponta da meada. 

Até que chega aquela altura em que DESISTO.

Porque não vale a pena, um livro, um texto, um post, não merecem a trabalheira que tanta tentativa e erro me dão. A sério: há tantos, mas tantos livros, textos e posts que são bons - ou até razoáveis - que não vale o equilibrismo cognitivo.

A primeira vez que me deparei com o "estilo" foi num livro do Walter Hugo Mãe - perdão, walter hugo mãe. E não, não "consegui" ler a obra - porque mesmo ao lado estava outra escrita de uma maneira... digamos clássica. Ou se calhar alguns até defenderão, "arcaica".

A mim, tanto se me dá.

Nunca mais comprei um livro do senhor por isso não sei se foi caso único ou se é habitual e costumeiro. 

A seguir a um ponto final segue-se uma letra grande. Eu sei isso desde a primária, quando batismo ainda se escrevia baptismo. E vá, saia de lá essa prerrogativa de que faz mais sentido continuar a fazer uso das consoantes mudas como se "actor" fosse mais acurado de que "amanhã. ele disse-lhe que voltaria amanhã. e fê-lo por saber que ela estaria de novo de novo sozinha. ela sorriu e aquiesceu".

A mim atrofia-me. 

Mesmo, mesmo a serio.

14 comentários

Comentar post