Screen Actors Guild (SAG) Awards - o fim do tabu
Esta noite foram entregues os SAG awards 2017 (que, como todos os prémios, são referentes ao ano anterior, i.e., 2016).
{ Parecerá um pouco estranho que se proceda a festejar e distribuir prémios em meio a toda esta instabilidade que se plasma num imenso ponto de interrogação cor de laranja. Mas há que ver o assunto de outro ângulo: é desta forma que as vozes se continuam a fazer ouvir, de cada vez, com mais força. E que se espalham à escala mundial. }
E caiu de vez o tabu, aquela coisa de que todos, ou quase todos, os prémios valem o que valem porque há muito mais envolvido de que filmes/series - implicando que se misturam coisas como política com os mesmos.
Pois este ano misturar política e prémios de cinema/televisão é assumidamente não só real, como aceite, recomendável - e vou mais longe, necessário. Kerry Washington, em poucos segundos disse o porquê, logo no inicio da transmissão:
E foi a isso que se foi assistindo no desenrolar da noite: a discursos de aceitação profundamente assentes em princípios políticos que gritam nas entrelinhas
NÓS NÃO TEMOS MEDO
de falar, de assinalar, de apontar o dedo, de defender os nosso direitos. Mesmo não sabendo o que daí vem ou pode vir. Este é também o nosso papel.
Abaixo, o discurso mais emotivo da noite.
2017 é o ano em que o politicamente passou a mais que correto numa sociedade a desconjuntar-se porque O POVO AMERICANO (obrigadinho!) deu a um homenzinho o poder de fazer o que lhe aprouver, não porque saiba o que está a fazer, mas porque pode.
Para a lista de premiados, espreite aqui:
(para ver outros discursos, vá a you tube e procure por SAG acceptance speeches)