Lembram-se dos gatinhos do quintal, aqueles seis a quem arranjei uma casota (feita a partir da maior caixa plástica de arrumos que encontrei à venda no Continente)? Três machos e três fêmeas, sendo que estas têm estado prenhes até às orelhas?
A primeira, a Princesa, terá dado à luz, sabe-se lá onde, na quinta-feira. Apareceu no sábado, qual Carolina Patrocínio, ela que tinha um barrigão que até já lhe custava a andar, agora elegante como uma Barbie, para comer. Cada vez que vou dar comida, lá está ela.
Ontem quando cheguei, a minha vizinha do lado disse-me que achava que as crias estavam dentro da casota. E eu, fiquei entre o emocionada e o descrente, que trazer recém nascidos para ali, onde dormiam os seis-adultos seria incrivel, sendo as mães-gata tão protetoras... fui espreitar e estavam lá quatro pequeníssimos bebés.
Então fiquei realmente emocionada! Aquilo é mesmo sinónimo de confiança!
Mas pareceu-me que a MiniMi estava coma barriga mais vazia, embora ainda grande e estranhei ela estar a comer e a olhar para dentro da casota... hoje levantei-me e ouvi que estão a desmontar os andaimes. Pensei ai que ela entra em pânico e move as crias, com a ansiedade sabe-se lá o que acontece... e fui à janela (quando só costumo ir da parte da tarde, já que nós, as que alimentamos as criaturinhas, estamos bem organizadas, e eles sabem a que horas devem estar todos juntos para pedinchar - e onde), para ver o que se passava.
Pois que estava a Oínhos, cá fora com a sua mega barriga e a MiniMi sai da casota. Pedem, pedem, aparece a Princesa. logo seguida pelo Bolinha Preta. Lá lhes dei de comer. Fiz uma pausa entre duas couvettes, e a MiniMi voltou imediatamente para dentro da casota, voltando a sair quando abri a segunda. Ou seja:
A MiniMi pariu ontem dentro da casota, porque é ali, debaixo da minha janela, que se sente mais segura. Querem coisa mais rara e ternurenta?
Eu estou tão derretida que nem vos conto!
E não acreditaria nisto se me contassem...
P.S: escusado será dizer que só ela e as crias dormem dentro da casota agora. Os outros passam, olham para dentro e seguem...