Há um par de dias disse ao Victor tenho de voltar ao blogue, já é altura de colocar de novo na minha vida as coisas que me fazem bem. E hoje vou olhar para o relógio e já é dia seis! Não é de todo fácil fazer uma resenha do que se passou durante esta ausência. O que estava estragado, estragado está, o dia do pai passou e nós tentámos esquecer que o era, depois a minha cirurgia foi adiada para 31, e eis que já passou. Correu tudo lindamente, e dia 21 vou saber o (...)
Fui há pouco ao post de abastecimento. Disse o que queria, bomba quatro, gasolina, etc. de enfiada, e a mocinha ficou branca como uma folha de papel liso. E repetiu? ... e quer mil euros??? E eu, de olhos esbugalhados: eu disse isso? Ela só agitou afirmativamente a cabeça. Não, disparate, trinta! Estava a ler o titulo daquele livro (Eu mileurista me confesso) e baralhei os fusíveis!... Claro que tive de repetir tudo, o número da bomba e o tipo de combustivel. Ist (...)
... e depois nós permiti-mo-nos desabar sob o peso das coisas que nos sufocam, prendem os movimentos, embaraçam os pensamentos. E encostamo-nos na almofada e deixamo-nos ir até onde for, para ser possível recomeçar a continuar os dias. E o cinzento antracite dos dias duros, a exaustão que não foi possível driblar dá tréguas, e o casulo do edredão pesa-nos nos olhos e quando os voltamos a abrir, já não há a angústia pungente, nem o esgotamento que nos rói as canelas. (...)
Ontem tive terapia, coisa que parou com as férias - foram 5 sessões de interregno. Geralmente, por mais leve que esta seja, no dia seguinte estou sempre mais mole, acordo mais tarde... mas hoje estava determinadíssima a ir à praia (depois do fiasco de ontem...), nem que chovessem canivetes abertos, e coiso... deixei o cesto preparado, de manhã era só juntar-lhe a água, pegar nas chaves e dar à sola. Acordei e pelas frestas do estore parecia cinzento - como parece sempre. Fui (...)
Todos temos daqueles problemas, maiores ou menores, que se abatem sobre nós qual trovoada e nos tornam os pensamentos barulhentos. E no meio do ruído, acabamos por não conseguir ouvir a resposta às dúvidas mais básicas... esquece-mo-nos até de sentir fome, ou sede (a segunda é a mais comum)... e outras pequenas coisas do mais habitual e costumeiro... Habitualmente levo o Rocinante ao posto de abastecimento, no máximo, a cada duas semanas, e dou-lhe de comer. Isto perfaz o bonito (...)
Vou desligar a cabeça e pôr tudo no papel. E vou passar a andar de cábula. Estabelecer prioridade e usar os blocos de notas como os burros usam as palas: só olho na direção que me é indicada. Estou cansada com as voltas que a cabeça dá atrás dos devi desta vida. Aliás, estou cansada. Tout court.